Saturday, 2 August 2014

Alicante–Espanha–Dia 4

No último dia inteiro em Alicante eu cometi vários erros: concordei em visitar uma ilha chamada Tabarca. Pesquisando na internet você encontra blogs e relatos de pessoas falando que a ilha é fantástica, que todos que vão a Alicante têm que conhecer, que é típica e quieta com águas cristalinas e é reserva marinha e isso e aquilo. Certos relatos entretanto falavam que não era tudo isso que a maioria descrevia. Como a Jinny tava "cansada de ficar só na píscina e na praia" eu resolvi ir com ela na tal ilha. Ainda bem que a convenci a pegar o barco de 12:15 ao invés de o de 10 da manhã, pois deu pra tomar café tranquilamente e dormir na beira da piscina um pouco antes de ir. Comprei um sanduíche pra comer na viagem de barco até a ilha e uma máscara de snorkel e fomos pegar o tal barco. Foram cerca de 50min de viagem, nada muito interessante. Durante a viagem o vento levou meu boné pro mar e fiquei sem proteção pra cabeça, ainda bem que estava de óculos escuros e com bastante protetor solar.
A ilha é realmente minúscula como havíamos lido. Vimos a única praia da ilha, que é minúscula e sem atrativo nenhum. Estva a maior ventania que parecia que ia levar tudo. As pessoas na praia tinham que cobrir o rosto pra areia levada pelo vento não entrar no olho. Vimos o centro histórico da cidade, que não tem nada de especial, e fomos até a parte onde as pessoas estavam fazendo snorkelling.
Era extremamente difícil chegar até alguma parte onde desse pra entrar no mar. Não só o vento estava impossível, levando tudo, tinha que ficar caminhanho por cima de pedras, muitas delas extremamente escorregadias. A Jinny queria ir numa certa parte onde tinham várias pessoas fazendo snorkelling (quando penso que ela não chegou lá até achei bom, pois aquela parte era funda e ela não sabe nadar) e eu tentei ir junto, mas desisti no meio do caminho pois eu não tinha sapatilha pra proteger os pés dos corais e as pedras escorregadias e o vento fizeram disso uma experiência horrível! Voltei até onde havíamos deixado as coisas, pois era um lugar mais protegido do vento, e era mais fácil também de entrar no mar. Lá fui eu fazer o tal snorkelling. Eu já havia feito isso uma vez em Fiji, mas lá foi uma experiência diferente, pois entravávamos no mar pela praia e não tinha vento nenhum. Além destes obstáculos a máscara que eu comprei é meio grande pra mim, e o resultado é que ficava entrando água o tempo inteiro. Tentei por bastante tempo ajustar a maldita máscara, devo ter ficado uma meia hora vendo os peixes e outras coisas no fundo do mar tendo que parar acada 2 minutos pra tirar água da máscara. A Jinny nem quis continuar, desistiu e foi comer alguma coisa. Eu resolvi que não gosto de snorkelling pois não gosto de ficar vendo aquelas plantas e pedras que eu não sei o que tem embaixo.

Eu fazendo snorkelling em Tabarca
E tendo que parar pra tirar a água da máscara


*Não sei o que aconteceu com o blog pois agora as fotos são postadas todas minúsculas, então estou tendo que fazer upload delas em tamanho maior, o que significa que tem que clicar nelas pra ver tudo

Nisso eram cerca de 3 da tarde e o primeiro barco a sair da ilha só saía às 4:30 da tarde. Pegamos nossas coisas e fomos de volta até à praia, onde tinha um chuveiro, para tirar o sal do corpo. Ao abrir o chuveiro tinha que dar uns passos pra frente pois o vento levava a água toda embora, o que dificultava ficar embaixo do jato de água.
Achamos um lugar mais protegido do vento onde a Jinny armou um guarda-sol barato que ela comprou e ficamos ali. Eu reparei então que várias pessoas já estavam no terminal de barco e resolvi ir lá esperar. Cheguei bem na hora, pois logo uma fila gigante se formou. Acho que ninguém mais aguentava aquela ilha maldita e queria dar o fora de lá o mais rápido possível!! Os russos que estavam lá todos furando a fila, eita povo aproveitador!
Eu mesmo não recomendo este passeio pra ninguém, deveria ter ficado em Alicante. Isso que não gastamos dinheiro lá, pois dizem que os restaurantes são caríssimos.
Fiquei aliviada quando chegamos novamente em Alicante e fui pra praia, onde não tinha aquele vento dos infernos.
De janta fomos num restaurante que havíamos visto na subida do morro no dia anterior, que parecia legal. Na noite anterior, quando eu tava mostrando o caminho das casinhas com flores pra Jinny, passamos por um lugar com música animada e várias pessoas. Outro erro cometido neste dia foi ter comido ali. Pedi uma paella de frutos do mar que não gostei nem um pouco, pois tinha polvo e eu detesto polvo!
De sobremesa meu último erro do dia: ao invés de comer o sorvete que eu já sabia que gostava, fui experimentar um que dizia ser o terceiro melhor sorvete da Espanha, porque a Jinny queria provar e eu fiquei na fila com ela, e quando chegou a nossa vez eu tava com vontade de comer sorvete. Pela primeira vez que eu lembro joguei o sorvete fora depois de 2 mordidas. Era creme puro, absolutamente enjoativo!!
Não foi o melhor dia das férias e a lição que eu tirei é fazer o que eu quero e comer onde eu já sei que é bom, mesmo que eu fique sozinha! Foi o que fiz no dia anterior e foi ótimo!
Depois da janta ficamos caminhando pelas ruelas do morro e foi muito legar ver os moradores e famílias todos sentados em mesas na rua, na frente de suas casas, vendo televisão, bem coisa de cultura orientada a família e com clima bom. Apesar da situação da Espanha não ser boa eles têm qualidade de vida com certeza! Engraçado que lá em cima não vi nenhum turista… Acho que isso ajudou no charme.
Na volta pro hotel passamos no mercadinho que tem na praça do lado do hotel e por ser sábado estava cheio de gente, todo mundo aproveitando a noite por não ter que acordar cedo no dia seguinte.
Adorei o passeio e voltaria pra Alicante no futuro, valeu a pena esta viagem!
]Blog4
Eu no barco a caminho de Tabarca, não muito feliz
Exporando a mini ilha de Tabarca
Eu na praia de Alicante, bem mais feliz
Eu e a Jinny na última janta em Alicante

Friday, 1 August 2014

Alicante–Espanha–Dia 3

No segundo terceiro dia em Alicante eu mais uma vez fui pra piscina assim que acordei. Desta vez infelizmente não consegui acordar tão cedo e por isso não consegui pegar guarda-sol. Fiquei no sol até perto das 11 e tive que levar minha cadeira pra uma sombra depois disso. A Jinny nem apareceu na piscina, só foi depois avisando que ia pegar o trem pra ir pra uma cidade chamada Benidorm. Ela ia demorar quase 2 horas pra chegar lá usando trem e ônibus. Eu já cortei na hora falando que não ia, mas aceitei de encontrá-la numa praia chamada San Juan no fim da tarde.
Depois de ficar lendo meu livro na piscina por um tempo, quando deu fome eu voltei no restaurante que fomos no primeiro dia e comi a mesma paella de frutos do mar, que mais uma vez estava muito gostosa. Resolvi então caminhar de novo pela cidade, apesar do calor. Valeu a pena, pois descobri uma parte bem bonitinha da cidade, onde as casinhas são pequenas e têm vasos de flores na frente, ou no chão ou pendurados na parede do lado de fora, que por ser no alto tinha vista bonita pra cidade. Era como se eu estivesse caminhando por uma favela do no sentido de que eram ruelas sem nome e minúsculas, com casas por todos os lados, mas não eram casas pobres e havia eletricidade e saneamento. Continuei subindo o morro até chegar num parque que tinha vista bonita pro mar. Só que eu fiquei meio receosa, pois não tinha ninguém lá além de um cara meio estranho, então eu saí.
Fui novamente tomar um sorvete e depois disso pra praia, onde fiquei nadando um tempão. Como eu gosto de nadar! É uma coisa que vem naturalmente pra mim. Ficar flutuando é extremamente fácil e eu gosto de ficar nadando pra lá e pra cá e depois descansar boiando, deixando a água me levar e de vez em quando olhando pra ter certeza que não estava muito no fundo.
Uma vez de volta no hotel tomei banho pra tirar o sal e areia (a pior parte de ir pra praia é a areia, ainda bem que a praia era do lado do hotel) e a Jinny voltou. Acabou que eu não fui encontrá-la pois resolvi ficar pelas redondezas e aproveitar a cidade e a praia. Claro que ela chegou falando que a outra praia é "praia de verdade" (como se a que estávamos não fosse) mas eu realmente não poderia me importar menos com a outra praia, pois a última coisa que eu quero nas férias é ficar em transporte público por mais de 3 horas pra ver outra praia só porque alguém disse que era mais bonita (e eu vi a foto depois, e a única diferença é que a faixa de areia era maior).
A janta neste dia foi num restaurante típico chamado La Taberna Ibérica, que tinha boas review no site do tripadvisor. A decoração era bem bonitinha e os donos nem falam inglês. Nos trouxeram várias tapas deliciosas, mas foi uma janta mais cara, de 20 euros por pessoa.
Resolvemos então ir até a boate a qual os senhores nos haviam falado, que era cerca de 15 minutos de caminhada do hotel. O problema é que parte da caminhada era por um lugar escuro e no meio da rua. Ficamos com medo e resolvemos mudar de plano e nos sentamos num barzinho bem na areia da praia que tinha um DJ tocando. Tomei uma caipirinha bem gostosa e ficamos vendo as pessoas fazendo luau e aproveitando a noite com clima ameno. Lembrou a época que eu morava no Brasil...

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Casas típicas de Alicante