Saturday 9 November 2013

Edinburgo–Dia II

No sábado acordamos cedo para aproveitarmos o dia. O café da manhã no hotel era muito gostoso, com um bufet bem servido e com um menu de café da manhã inglês cozido na hora muito gostoso. A sala de café da manhã, assim como nosso quarto, tinha uma vista fabulosa para o castelo de Edinburgo.

Começamos a visita subindo o The Mound, até chegar ao castelo de Edinburgo. Este castelo é um castelo medieval, e eu não sou fã de castelos medievais, e já vi tantos castelos que eu decidi não entrar. Os demais também não se empolgaram em ver o castelo por dentro.
Passamos então pelo museu do Whisky pra ver como era, mas não chegamos a visitar o museu por dentro. Só passamos na loja do museu onde comprei um presente de natal pra alguém da minha família.
Dali fomos descendo a Royal Mile, que é a rua principal da parte antiga da cidade de Edinburgo. Passamos pela Catedral de St. Giles, que tem o estilo típico das catedrais aqui do Reino Unido.

Num dos becos que passamos entramos pra ver a vista e foi quando percebi que a paisagem de Edinburgo é a paisagem que eu sempre tive como referência pro Reino Unido, e que por isso estava gostando muito da cidade. Aquela área da cidade é cheia de lojas de cashmere, onde eu acabei comprando uma blusa de cashmere por metade do preço numa promoção. Com o frio que dá aqui tem mais é que ter roupa quentinha mesmo!

Aparentemente fudge (tipo doce de leite) é bem comum aqui e numa das muitas lojinhas que vimos pelo caminho estavam fazendo fudge na hora e ficamos vendo como se faz.

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The Mound
Castelo de Edinburgo
Dentro da loja no museu do Whisky
Catedral de St. Giles
Caminhando pela cidade de Edinburgo
Homem fazendo fudge

Continuamos a descer a Royal Mile e passamos pelo prédio do parlamento escocês, que é um prédio bem moderno que me lembrou os prédios da Nova Zelândia. Não sou fã de arquitetura moderna, mas achei interessante e por isso a foto abaixo.
Visitamos então o palácio de Hollyrood, residência da rainha quando em Edinburgo. A família real sempre vai pra Escócia no verão pois eles não gostam do “calor” da Inglaterra. O palário lembra o de Windsor, mas a visita valeu a pena por ter visto onde a rainha Mary dos escoceses morou. Eu havia visto um documentário sobre a vida desta rainha há um tempo atrás, e o meu guia na sexta-feira também deu detalhes da história dela, então estava tudo fresquinho na minha memória e adorei ter visto os aposentos dela e lugares onde aconteceram fatos importantes da história dela.

Dali fomos até o Scotts Momument, um monumento bem alto na frente da estação de trem principal, o qual subimos pra ver a vista. A subida não é em si difícil se não fosse tão claustrofóbica. No fim a escada é super estreita e difícil de passar. Lá em cima é tudo aberto e estava super frio com bastante vento, mas a vista era bonita.

Uma vez lá embaixo a Jinny e o Raymond foram às compras e eu fui fazer uma tatuagem. Sim, é isso mesmo. Quando eu tinha 18 anos eu estava nos Estados Unidos fazendo intercâmbio e fiz uma tatuagem, a qual eu ainda gosto muito. Isso já faz mais de 10 anos. Quando estava em Berlin me veio inspiração pra uma outra tatuagem, que representa algo pra mim, mas resolvi esperar até voltar pra Londres pra fazer. É bem pequeninha e tem significado só pra mim, o que a faz muito especial. Muita gente tem preconceito contra tatuagem, o que eu acho ridículo. Cada um sabe o que faz consigo mesmo. A gente não escolhe a aparêcia que tem, às vezes não gosta de algo no corpo e faz cirurgia plástica (isso eu nunca fiz, e é engraçado que com isso não tem tanto preconceito), mas uma tatuagem a gente escolhe o que quer e dá a aparência que quer. O lugar foi recomendado por um amigo e eu gostei bastante do resultado.

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Parlamento Escocês
Palácio de Holyrood
Abadia no Palário de Holyrood
Scott’s Monument
Castelo de Edinburgo visto de Scotts Monument
Estátua do Sherlock Holmes

Fui pro hotel descansar e mais tarde a Jinny e o Raymond chegaram e fomos num bar no centro, recomendado pelo meu guia, onde havia um grupo tocando música folclórica escocesa. Eram várias pessoas de idade tocando e não era tão animado quanto eu gostaria, mas foi legal. Tomei um pouco de whisky (desde o casamento da minha irmã que eu não tomava, mas desta vez o fiz com responsabilidade), pois a escócia é famosa por seu whisky. Descobri que não gosto mais de whisky. Smile

Dali fomos jantar num restaurante na redondeza, que acabou sendo uma comida deliciosa. A comida na Escócia é milhares de vezes melhor do que a comida na Inglaterra, sem sombra de dúvida! Gostei de todas as minhas refeições lá.

Ao sair do restaurante estava MUITO frio, e vimos a temperatura marcar –1 grau. Hora de voltar pro hotel pra se aquecer e dormir.

No domingo após mais um café da manhã cheio de energia e calorias eu fui visitar a escultura do Sherlock Holmes, que fica na frente da casa onde nasceu Sir Arthur Conan Doyle, o autor que escreveu as histórias do detetive. Desde o começo da minha adolescência eu lia as histórias deste detetive e o meu sonho era ser detetive quando crescer. Acho que foi daí que eu sempre tive curiosidade de conhecer a Inglaterra e a Escócia. Eu gosto do estilo dos prédios, das roupas xadrez de lã, da esperiência de visitar lugares históricos e antigos, e acho que por isso gostei tanto da Escócia.

Li que o Conan Doyle escreveu as histórias do Sherlock em Edinburgo e por isso em cada canto eu identificava os lugares com as histórias que eu lembro ter lido. Ele colocou o cerário como Londres nas histórias pra vender mais livros, o que foi uma boa idéia.

Adorei ter conhecido a Escócia e já quero planejar voltar pra conhecer a Scottish Highlands!

A viagem de volta a Londres foi tranquila e cheguei a tempo de fazer compras pra semana que estava pra começar.

Friday 8 November 2013

Edinburgo–Dia I

Na sexta-feira eu tomei café no hotel por conveniência, fiz check-out e fui para a parte antiga da cidade fazer a minha tour. Existem várias empresas que fazem tours a partir de Edinburgo para vários lugares interessantes na Escócia. Um passeio famoso é para a Scottish Highlands, que passa pelo Lago Ness, onde a lenda diz que existe o famoso monstro do lago Ness. O problema é que este passeio dura 12 horas e como as distâncias são muito grandes passa-se o dia inteiro dentro do ônibus. Por isso resolvi fazer outro passeio, que dura menos e passa-se mais tempo explorando os lugares. O nome da empresa que eu escolhi era Rabbies e eu fiz o passeio para Scottish Borders e Capela Rosslyn. Vou deixar pra fazer o outro passeio quando alugar um carro e tiver mais tempo. 
O mini ônibus era confortável e o guia era bem simpático e nos contou histórias da cultura escocesa a viagem inteira. Realmente fez diferença no passeio ter alguém nos explicando sobre a cultura, contando histórias interessante e divertidas.

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Paisagem durante a viagem
Vista que Walter Scott mais gostava
Abadia de Melrose
Rio que passa na vila de Melrose


O dia estava bonito de sol e a paisagem da fronteira escocesa é bem tranquila e bonita. A primeira parada foi na área onde um escritor escocês famoso chamado Walter Scott morava. Nesta área tem um ponto de vista muito bonito, onde dizem que ele sempre visitava procurava inspiração. O guia contou que na procissão do enterro do escritor os cavalos dele pararam naquele lugar, de tão acustomados estavam de parar naquele ponto para ele admirar a vista.
A segunda parada foi numa vila chamada Melrose, onde ficamos por 1:30 horas. Lá era cada um por si. O guia deu dicas do que tinha pra ver e fazer, e o resto do meu grupo (éramos em 4 somente, um casal americano, uma americana, e eu) e eu fomos ver as ruínas de uma abadia. Lá nos separamos e eu resolvi ir até o rio e cruzar a ponte que o guia falou. A paisagem era bem bonita, havia pessoas caminhando com seus cachorros, tudo muito tranquilo. O oposto de Londres.

Resolvi então ir almoçar e eu fui num açougue que o guia falou que fazia tortas de carne muito boas. Aqui no Reino Unido tortas de carne são muito famosas e eu nunca como, então desta vez resolvi experimentar. Foi a melhor coisa, a torta era absolutamente deliciosa! A carne dentro era super macia e saborosa, fico com água na boca só de pensar. Pra quem me conhece sabe que isso é especial pois não existem muitas comidas que me dão água na boca.

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Capela Rosslyn por fora
Eu comendo a steak pie
Ruínas do palácio
Dentro da Capela Rosslyn
Paisagem de outono

A próxima parada foi na Capela Rosslyn, que ficou famosa no filme do Código Da Vinci. Não lembro muito bem a história do fime e o que eles acharam lá, mas depois que este lugar apareceu no filme o número de visitantes por ano pulou de 30 mil para 300 mil, e passaram a cobrar entrada. O bom é que com esse dinheiro os trabalhos de manutenção conseguiram renovar e manter o lugar que já chegou a ficar abandonado.

A tal capela é pequena, mas muito interessante. Existe muito mistério sobre as simbologias todas lá dentro, inclusive de como alguns símbolos foram parar lá. Não se pode bater fotos lá dentro, mas o motivo não é porque fotos prejudicam o lugar, como acontece em alguns museus, mas sim porque algum turista idiota caiu ao bater foto e processou o lugar, que teve que pagar algo pro tal turista, e por isso resolveram proibir fotografia no geral. Como o motivo da proibição é fútil eu bati algumas fotos escondida.

Ao sair dali eu corri até as ruínas de um palácio que havia ali do lado, pois havia somente mais 10 minutos até ter que voltar ao ônibus, e logo voltamos pra Edinburgo. A paisagem de outono nesta parte do passeio estavam muito bonitas.

Uma vez de volta a Edinburgo eu subi em Carlton Hill, um morro no meio da cidade, que tem a vista bem bonita pra cidade de Esinburgo. Já estava escurecendo e não consegui ficar muito tempo lá em cima, mas consegui bater fotos e apreciar a vista por uns 20 minutos. Desci o morro pelo outro lado pois descobri que dava pra rua do meu hotel. Lá peguei minha mochila e fui pro meu outro hotel, onde dividi quarto com o Raymond e a Jinny, que chegaram na cidade de noite.

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Área na frente da estação de trem ao entardecer
Vista de cima de Carlton Hill

Thursday 7 November 2013

Edinburgo–chegada

Quando eu cheguei em Londres eu fiz uma lista de países que eu gostaria de visitar. Desta lista restavam 2 lugares, um deles a Escócia. Eu havia programado ir pra lá logo antes de eu ter me mudado pra Berlin, mas não consegui. Então assim que tive oportunidade uma vez de volta a Londres, marquei um fim de semana prolongado para conhecer Edinburgo, a capital.

Quinta-feira saí às 4 do trabalho pensando que demoraria umas 2 horas pra chegar até o aeroporto de Gatwick, e pra minha surpresa tudo deu certo e eu demorei somente 50 minutos. Foi bom porque tive tempo de relaxar no aeroporto antes do vôo. Fui no Eat e comi um misto quente que eu adoro e estava super feliz de estar novamente fazendo as viagens que eu tanto gosto!

O vôo dura cerca de 1:20 e com o ônibus Aerolink é super fácil chegar do aeroporto até o centro da cidade, na estação central.

O tempo estava bem ruim, cheguei debaixo de bastante chuva e como estou sem internet no celular não tinha a menor idéia de onde ir. Eu havia imprimido um mapa, mas já estava escuro e com aquela chuva não estava facil de localizar. No semáfaro ao lado da estação mostrei o mapa pra uma menina perguntando pra que direção eu deveria caminhar e ela foi bem querida e disse que ia na mesma direção e que eu poderia caminhar com ela. Depois eu descobri que os escoceses são simpáticos e hospitaleiros, bem mais do que os ingleses, que são reservados demais. Depois de 3 dias em Edinburgo, baseado nas interações que eu tive com pessoas de lá eu concordo com isso.

Consegui chegar no hotel, que havia sido recomendado por um colega que havia ido a Edinburgo no mês passado, fiquei feliz de ter recebido um quarto quádruplo com bastante espaço e meu próprio banheiro. Me fez ver como eu detesto o lugar onde estou morando temporariamente e que nunca mais quero dividir casa com estranho, quero meu próprio espaço com as minhas coisas.

O hotel chamava-se Cairn e havia internet de graça no quarto e era super limpo, pelo menos meu quarto era, e bem silencioso. Era tarde e fui logo dormir. Pena que tive pesadelo com fantasma a noite inteira, possivelmente porque o hotel é numa casa super antiga e meu subconsciente deve ter inventado coisa, ou então o meu quarto era assombrado.

Sunday 3 November 2013

Londres e Guy Fawkes

Depois de 4 meses em Berlin resolvi me mudar de volta pra Londres. Gostei muito de Berlin, achei a cidade muito legal, com um estilo de vida calmo e por vezes interessante (por falta de uma palavra melhor).

Acontece que eu estou acostumada com Londres, com os lugares, o estilo de vida, meu trabalho, as pessoas… Fiz muitos amigos queridos em Berlin, mas fiz um plano pros meus próximos 2 anos e Berlin não está no plano no momento.

Estou muito feliz de estar de volta em Londres. Uma pena que a maioria dos meus amigos já deixou a cidade. Londres é uma cidade temporária pra muita gente, pois não é uma cidade fácil e quem quer ter família acaba saindo daqui, o que eu entendo perfeitamente.

Desde que cheguei já fui em vários dos meus lugares preferidos, encontrei amigos, fui em peça de teatro, show de comédia, tenho feito tudo o que eu quero. Aluguei um quarto em Richmond, que não fica longe do meu trabalho e tenho saído pra caminhar por aqui nos finais de semana, pois é uma área muito bonita, perto to Tâmisa, com parques e casas muito bonitas.

Este sábado eu comprei ingresso pro show de fogos de Guy Fawkes. Esta é uma data comemorativa nos países de colônia inglesa, e a história conta que Guy Fakes foi um homem que fez parte num complô para explodir o House of Lords aqui em Londres em 1600. O complô foi desdoberto e ele acabou morrendo, e por algum motivo todo ano no dia 5 de Novembro (ou perto) tem um show de fogos de artifício. Pela primeira vez eu resolvi assistir este show, que é realizado em vários bairros diferentes de Londres. Eu escolhi o de Battersea Park. Encontrei meus amigos Jinny e Raymond para jantar em Clapham Junction e depois nos juntamos à multidão a caminho de Battersea Park.

O show de fogos foi muito legal, coordenado com música, e durou uns 20 minutos. Gostei muito e valeu a pena! Repetiria a experiência. Eu não gosto de fogos de artificio a não ser que seja um evento grande e organizado pro profissionais. Detesto aqueles fogos que só são barulhentos ou aqueles imbecis que compram uma caixinha e se acham os tais acendendo 2 fogos minguados, que por sinal é perigoso!

Estou muito feliz de estar de volta em Londres e estou aproveitando cada dia!

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