Wednesday 26 December 2012

Lisboa III

Na quarta-feira era dia de irmos embora de Lisboa, então arrumamos as coisas e fizemos check-out do apartamento. Fomos  ver a Torre de Belém, que é um monumento que fica na beira do Rio Tejo, perto de onde ele desemboca no mar. Não é uma torre alta, mas é bonitinha de fora. Como a maioria no grupo já tinha entrado nesta torre em outra oportunidade não entramos. Ficamos caminhando pela beira do rio aproveitando o sol, que me lembrou o sol de inverno do Brasil. Estava super agradável e o sol aquecia de uma forma gostosa, que dá vontade de ficar "lagarteando".
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Torre de Belém
Monumento em homenagem aos navegadores
Mosteiro dos Jerônimos por fora e por dentro

Finalmente visitamos o Monastério dos Jerônimos, que era ali na frente. É uma construção muito bonita por fora, todo branco, e por dentro lembra os monastérios aqui da Inglaterra com a diferença de que não está todo preto por causa da umidade. Isso porque sempre pega sol, então não é um lugar sombrio. As colunas e paredes eram bem bonitos esculpidos com detalhes, e a catedral do monastério também era impressionante.
Depois disso foi hora de eu dizer Adeus a Portugal. O André me deixou no aeroporto onde embarquei de volta pra Londres, enquanto que ele e os pais dele continuaram a dirigir por Portugal. Vão passar o Ano Novo em Madri e depois continuar a viajar por outros países.
Eu só não fui junto porque vou usar minhas férias pra ver minha família no Brasil no começo de janeiro.
Nem preciso dizer que mal posso esperar. Cheguei em Londres o metrô em greve, está frio, escuro e chovendo, como tem estado nos últimos 2 meses.

Estou contando os dias pra ir pro Brasil de férias!

Tuesday 25 December 2012

Lisboa II


Neste dia acordamos mais tarde e eu e o André fomos passear por Lisboa. Ele já estava lá desde quinta-feira então me levou pra ver os lugares que ele já conhecia. Como o apartamento era no centro nós fomos caminhando até a estação Rossio e dali fomos até a Praça do Comércio, que fica na beira do Rio. Como era dia de natal estava quase tudo fechado, mas o sol estava brilhando e não estava muito frio, dava pra andar só com 1 casaco e nem precisei de cachecol.
Infelizmente como eu ainda estava me recuperando de uma gripe (essas gripes que eu pego na Inglaterra são um inferno, normalmente demora mais de 1 semana pra começar a passar) eu comecei a passar mal e não pude aproveitar como gostaria de ter aproveitado, tive que ir bem devagar que nem uma pessoa de 60 anos.

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Praça D. Pedro IV
Chegando na Praça do Comércio
Praça do Comércio

Fomos até o Largo do Chiado e passeamos pelas ruazinhas ali do lado.
No almoço comemos no único lugar que vimos aberto ali no centro, e eu comi um prego no pão, que é um sanduíche de pão de trigo com um bife dentro, mas não gostei. Em Porto comi um muito melhor! Comemos também uma porção de salgadinhos que tinha bolinho de bacalhau, coxinha e croquete. Estes até estavam bons.
Depois do almoço fomos até a Catedral da Sé pra eu ver por dentro, e dali até Praça da Figueira e pegamos o bondinho 12 que é uma rota circular que passa por algumas das atrações turísticas e foi bom porque pude me recuperar.

O bondinho é super antigo e e até engraçado ver os condutores terem que sair pra arrumar o cabo de conexão com a linha que se solta de vez em quanto, tudo meio precário.

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Largo do Chiado e proximidades
Esperando o bondinho 12

Resolvemos voltar pro apartamento e lá eu dormi um monte. Saímos de casa pelas 8 da noite pra jantar e um dos meninos (um casal de amigos deles que passaram o natal conosco) sabia de um restaurante de frutos do mar ali perto e fomos todos lá. A comida estava bem gostosa e bem mais barato que em Londres.

Monday 24 December 2012

Lisboa I

Mais uma vez fui para Portugal passar o natal, pois em Londres não fica ninguém. Passei o natal em Porto em 2008 e desta vez fui pra Lisboa passar o natal com o André e meus sogros.
Como marquei a passagem com milhas só pude ir no domingo de noite, chegando em Lisboa depois das 11 da noite. Ainda bem que desta vez tinha alguém pra me buscar de carro no aeroporto!
Nós alugamos um apartamento no centro de Lisboa e foi bem conveniente e bem mais barato do que ter ficado em hotel. Quando a viagem dura alguns dias acho que vale a pena ficar em apartamento pois aí pode-se cozinhar e socializar melhor do que quando se hospeda em hotel.
Naquele dia fui dormir bem tarde pois até falar com todo mundo, me arrumar pra dormir já eram 1 da manhã.
No dia seguinte acordamos antes das 9 e logo depois do café fomos visitar a cidade de Sintra, que fica 20 min de carro de Lisboa. Fomos dia 24 pois dia 25 os lugares que visitamos eram fechados. Vimos a parte antiga de Sintra, que e´um lugar charmoso e bem arborisado, e parece que super cheio no verão!

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Sintra – Palácio Nacional

Começamos a visita pelo Palácio Nacional, que fica bem no centro da cidade antiga. Lá compramos um ingresso pra visitar os 2 palácios que segundo nos informaram mais valiam a pena de ser visitados: este e o Palácio da Pena. Tem outras coisas a serem vistas lá, mas não chegamos a ver, como o Palácio dos Mouros e a tal da Quinta da Regaleira.
O Palácio Nacional só tem uma sala que eu gostei. Comparado com outros palácios que eu já visitei não achei nada demais. Como falei só teve uma sala que eu gostei, uma bem grande que tem as paredes decoradas com azuleijos e o teto tem brasões e é todo decorado a ouro, possivelmente ouro brasileiro levados pelos portugueses.

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Sala mais bonita do Palácio Nacional com detalhe das paredes e do teto


As tapeçarias são bem pobres e sem graça, mas a arte em azuleijo compensa e é muito bonita!


Dali fomos de carro até o Palácio da Pena, que fica no alto de um morro e lá em cima tinha uma neblina incrivelmente espessa que não nos deixou admirar o palácio pelo lado de fora, mas o pouco que vimos já demonstrou ser muito bonito.
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Palácio e Parque da Pena cobertos pela neblina 

Por dentro este palácio é muito bonito e vale a pena visitar. Era um monastério que foi convertido que palácio em algum momento, e o que eu mais gostei foi o quarto da rainha (não vou saber dizer qual rainha), que tinha o teto e as paredes minuciosamente decorados com um tipo de gesso, e pintado à mão, e a madeira da cama foi talhada na cabeceira e era muito bonita!

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Sala de jantar
Quarto da rainha
Detalhe de um dos quartos
Violino de azuleijo


Eu recomendo que visitem este palácio, e durante o verão deve ser muito gostoso passear pelo parque ao redor, mas no inverno e com aquela neblina não tinha como. Aviso que o vento lá em cima é insuportável e foi a única vez que passei frio nesta viagem.
Almoçamos num restaurante em Sintra, onde comi um prato de carne, arroz, feijão e batata frita, tudo o que brasileiro gosta. Aliás muitos lugares lá tem comida brasileira e vendem guaraná.
Depois voltamos pro apartamento e minha sogra foi preparar a ceia de natal e cada um se ocupou de alguma forma. Eu tive que trabalhar por umas 2 horas.
Lá pelas 9 estávamos prontos pra comer a ceia, que estava deliciosa. Foram 2 pratos de bacalhau e tinha também arroz. De sobremesa teve doces portugueses e brigadeiro. Estava tudo delicioso!
Entregamos os presentes e gostei de tudo o que eu ganhei!! Mais tarde consegui falar com a minha família pelo skype e isto completou o meu natal, que pra mim só tem sentido quando é passado com família e pessoas que se importam com a gente.

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Eu em Sintra

Saturday 17 November 2012

Casamento Inglês

Aqui na Inglaterra eu tive a sorte de trabalhar com vários ingleses que me incluíram em grande parte da vida social deles. Normalmente é difícil estrangeiros fazerem amigos entre os nativos, pois estes já têm seus amigos e familiares como parte da sua vida e não têm mais espaço pra ninguém. Comigo foi assim nos Estados Unidos e na Nova Zelândia, onde todos os meus amigos eram estrangeiros, normalmente europeus.
Na empresa onde eu trabalho a maioria são ingleses e apesar de muitos já terem partido pra outro emprego continuamos em contato. Um destes amigos convidou algumas pessoas do trabalho para o casamento dele, no leste da Inglaterra.
Ele e a noiva são ambos de uma cidade chamada Norwich, na região de Norfolk, e foi lá que ele se casou.
Eu e o André alugamos um carro sexta-feira depois do trabalho e às 6 da tarde estávamos a caminho com o nosso GPS, pois senão não teríamos chegado nunca, pois estava noite (agora 4 da tarde já é completamente escuro) e tinha um nevoeiro que dificultava a visibilidade, mas fomos com calma e não pegamos muito trânsito. Passamos bem pelo centro de Londres, ao lado do parlamento e da torre de Londres. Estava tudo muito bonito iluminado, nunca imaginei que passaria lá de carro que não fosse táxi.
Chegamos em Norwich eram quase 9:30 da noite e nos hospedamos num hotel chamado Premier Inn, tipo um Ibis. Jantamos no pub exatamente ao lado do hotel e a janta saiu super barata (esquecemos que saindo de Londres tudo é mais barato) e só tinha pessoas locais, tudo bem típico inglês.
Cansados por causa da semana cheia nós fomos dormir logo, e no dia seguinte fomos até o centrinho de Norwich tomar café e dar uma olhada. Não tem nada demais, não é legal como Cambrige mas tem seu charme.
Casamentos no Brasil se o horário marcado é 7, nada começa antes das 7:30. O casamento estava marcado pra começar às 2 (da tarde, pois aqui é Inglaterra) e nós chegamos às 2:10 e já estavam todos na igreja e já estavam trocando os votos!
Ainda bem que nossa chegada não chamou a atenção, mas reaprendi a lição que eu achei que já havia aprendido: não se chega tarde!
A missa foi bem curta e depois da saída dos noivos e pais todos ficaram na frente da igreja (que era também bem típica inglesa e não estava decorada) e distribuíram uma bebida chamada sherry, que eu não gosto muito

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Convidados na frente da igreja depois da missa

Dali fomos até o local da recepção e festa, que depois descobrimos que era na casa da noiva.
Por motivos familiares eles resolveram adiantar o casamento deles então algumas coisas eles tiveram que improvisar pra conseguir organizar em 2 meses.
Tanto o noivo quanto a noiva são de famílias de dinheiro com pais empreendedores, e o jardim da casa da noiva é bem grande, então mandaram instalar uma tenda branca bem grande e bonita, com aquecimento e tudo, que foi onde aconteceu a festa.
Na chegada serviram champagne e alguns canapés e havia um quarteto de cordas tocando. Todos ficaram em pé ali ao redor conversando, e quando chegou pelas 5 da tarde foi servida a janta.
Os lugares dos convidados são escolhidos pelos noivos, que decide quem vai sentar onde e eles com antecedência haviam enviado o menu pra gente escolher o que iria comer, não era buffet.

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Eu e André ao chegar na festa


A comida tava super gostosa, eu acabei comendo carne de porco (que raramente como) com batatas e vegetais, comida super tradicional inglesa.
Os noivos sentaram numa mesa comprida de frente pros convidados unto com os pais e os "best-men" (normalmente é um só, mas ele teve 2). Depois da janta teve discurso do pai da noiva, do noivo e de cada um dos best-men, e o discurso de cada um destes últimos foi bem engraçado.

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Na mesa do jantar


Depois teve sobremesa e então veio uma banda e tocou várias músicas bem atuais. Às 10 da noite teve fogos de artifício que foram organisados por amigos. Foi bem bonito, e como estava frio eles deram quentão pra tomarmos enquanto assistimos.
Tinha bebida à vontade e depois colocaram vários snacks numa mesa no canto, como pães e queijos.
Uma coisa que eu reparei é que muitas das mulheres não estavam bem vestidas. A maioria estava com roupa bem simples, que eu nãousaria pra um casamento.
No total tinham 12 pessoas da empresa que eu trabalho, muitas já saíram, mas foi muito legal encontrar com eles todos, dançamos um monte, alguns beberam um monte, conversamos sobre ocasiões passadas, todo mundo dançou um monte, foi realmente muito legal!

Facebook

Bagunça com o pessoal da empresa

Eu e o André fomos embora perto das 11 e a festa foi até 1 da manhã.
Domingo saímos de lá às 9:30 pra chegar cedo em Londres e evitar trânsito. A viagem de volta foi tranquila e foi um lindo dia de sol.
Eu adorei o passeio e a festa! Foi bom ver as diferenças pros casamentos do Brasil. Tem coisas que prefiro aqui e coisas que prefiro no Brasil. Por exemplo o fato da banda obviamente não ter tocado sertanejo ou pagode ou essas músicas de dancinhas ridículas foi algo fantástico, e outra coisa é que a decoração estava bem bonita, mas nada para ostentar. Eles têm dinheiro mas não ficaram inventando moda pra mostrar que têm dinheiro. E a maior diferença é que apesar de ter família deles no casamento, a maioria eram amigos. Eles convidaram quem eles queriam, ao invés de convidar primo e tio que não sabe nem o nome porque a gente não tem contato mas precisa convidar "porque senão fica chato".
Tomara que mais amigos meus aqui casem e me convidem :)

Aqui vai um vídeo que eu fiz na volta:

Monday 8 October 2012

Napoli

Nossa última parada antes de retornar a Londres foi Napoli. Saímos da Costa Amalfitava era 8:30 da manhã, e depois de uma viagem tranquila chegamos em Nápoli eram perto das 11 da manhã. Nosso hotel foi marcado com milhas e era próximo ao aeroporto pois nosso vôo na terça-feira saía super cedo. O hotel em si era decente, mas o bairro era um lixo! Parecia inclusive perigoso, tudo sujo e abandonado, não foi uma boa impressão.
Depois do check-in dirigimos até o centro pra devolver o carro. O trânsito foi o pior que eu já vi na vida, não só eram muitos carros, não havia organização nenhuma, cada um faz o que quer, não existem regras praticamente. Depois de dar umas 3 voltas na praça central finalmente conseguimos achar o escritório da Herz e foi um alívio ter saído daquele trânsito infernal.

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Via Santissima Annunziata, parece uma favela
Ruota onde bebês eram abandonados aos cuidados de freiras
Il Duomo di Napoli por dentro e por fora

Estávamos perto da estação de trem, e como só teríamos aquele dia em Nápole fizemos uma caminhada sugerida no Lonely Planet, que começava ali perto da praça central. Aquela região parece uma favela! Praticamente por toda a cidade só se vê prédios arruinados e varais pra fora das janelas, é parte do “charme”  de Napole, mas perto da estação era demais.
Vimos rapidinho a tal da igreja da Santissima Annunziata e estava tendo um casamento. Ali do lado tem um ex-convento e abrigo de menores, onde ainda existe a tal da ruota, uma roda de madeira onde bebês não desejados eram colocados para serem criados por freiras no abrigo.

Dali vimos rapidinho o Duomo e ali perto tem um museu que tem uma pintura original de Caravaggio, mas tinha que pagar pra ver essa obra então resolvemos não ir. Já era fim de viagem e já havíamos gastado bastante, sabe como é.

Já eram 1 da tarde e estava morrendo de fome. Fomos então na pizzaria Di Matteo, que fica ali perto. Vimos no guia que era pra ser das melhores de Napoli. Chegando ali parecia um boteco com um balcão somente, mas entrando tem mesas e escadas. São 3 andares de restaurante, que é bem simples. Os garçons não são dos mais simpáticos nem dos mais eficientes, mas foi a melhor pizza que eu já comi na minha vida! Era simplesmente fantástica, deliciosa e todos os adjetivos bons que se usa pra comida saborosa! Só um imbecil que não entende nada de pizza, ou alguém que deu azar e pegou uma pizza mais ou menos, pra não gostar. Quem for a Napole tem que ir nessa pizzaria!

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A melhor pizza do mundo!
Uma das ruazinhas de Napoli
Rua das lojas de presépio
Obra de um artista local

Estava super quente, perto de 30 graus, e como a cidade é apertada com ruazinhas minúsculas, e cheio de gente e trânsito, as motos pra tudo quanto é lado, eu já fiquei cansada.

Caminhamos por várias ruazinhas, passamos por várias piazzas pequenas, e visitamos Napole subterrânea.
A cidade de Napole foi construída em cima de construções romanas, como anfiteatros, ruas e prédios todos da época dos romanos, que por sua vez haivam construído coisas em cima das obras dos gregos. De qualquer forma neste passeio aprendemos bastante sobre a história de Napole. Os túneis que visitamos foram usados como depósito de lixo no começo do século passado, mas na época da guerra foram usados como abrigo. São escuros, úmidos e é até um pouco friozinho lá embaixo. A gente passeia com o guia por vários túneis, alguns até meio claustrofõbicos e escuros e aprende sobre a história da cidade. Também incluído no tour está a visitação de casas onde foram encontradas relíquias romanas. É muito interessante e vale a pena fazer esse passeio.

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André numa rua de Napoli
Passeio por Napole subterrânea

Depois caminhamos por uma rua onde existem muitas lojas vendendo presépios feitos por artistas locais. Eles são lindos e os artistas são muito talentosos, mas também são caros, como se é de esperar.

Passeamos mais pela cidade, mas chegou pelas 6 da tarde eu já não aguentava mais. É uma cidade muito louca, barulhenta e suja. Tudo o que eu queria era voltar pro hotel. Comprei algo pra jantar no hotel e pegamos um táxi, porque de forma alguma eu iria de metrô praquele bairro!

Lá fiquei pensando em tudo o que vi e aprendi e resolvi que se tiver oportunidade de voltar eu voltaria pra explorar melhor a cidade, pois existem ainda muitos mistérios a serem desvendados, mas ficaria num hotel em melhor lozalização.

Foi o fim de uma viagem maravilhosa, com paisagens lindas, muito rica em história, e comida deliciosa. Não tem como não gostar da Itália Smile

Sunday 7 October 2012

Ilha de Capri

No domingo apesar da previsão do tempo ser nublado resolvemos visitar a ilha de Capri. Esquecemos que o nublado da Itália é igual ao nublado da Grécia, onde é sol a maior parte do tempo e algumas nuvens no céu, ao contrário de Londres onde nublado significa absolutamente nada de sol.
No nosso hotel (chamava-se Torre Saracena por sinal, e recomendamos!) pedimos para marcarem pra nós um barco que sai de Praiano e vai até Capri. O preço é meio salgado, 60 euros por pessoa, mas o passeio foi ótimo. Saímos da Marina di Praia às 9 da manhã e o barco era pequeno. A vista da costa de dentro do barco é linda, conseguimos ver de longe e de outra perspectiva lugares que já havíamos visto (como Positano). O barco passou por umas ilhas hoje em dia particulares, mas onde diz a lenda existiam sereias, e foi indo em direção a Capri.

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No barco em direção á Capri
Ilha de Capri e os Faraglioni vistos de longe
Se aproximando de Capri


De longe conseguimos ver as rochas chamadas Faraglioni, que são meio que um símbolo de Capri, ficando cada vez mais perto, mas antes de chegar nelas passamos pelo groto branco e pelo groto verde, onde a água é ridiculamente transparente. Nunca vi água mais bonita na minha vida! Ao redor da ilha toda a vista era maravilhosa grande parte por causa da cor da água.
Continuando em direção á Marina Grande passamos pela Marina Pequena, pelo farol, e pelo Groto Azul, que é uma das maiores atrações turisticas de lá. É uma gruta onde a água é de um azul indescritível. A entrada é minúscula,´só se consegue entrar de canoa e se abaixando dentro da canoa. A fila pra pegar um destes barquinhos é de mais ou menos 1 hora, e paga-se mais de 12 euros. Ninguém no nosso barco se empolgou em ir, então vimos só de for a e fomos direto pra Marina Grande.

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Groto branco
Água incrivelmente azul em Capri
Arco Natural visto do barco
Faraglioni vistos do barco
Groto verde


Uma vez lá tínhamos 4 horas pra explorar Capri, o que eu achei que seria tempo demais, mas foi tempo de menos, pois tem bastante coisa pa ver! Da marina pega-se um bondinho pra chegar até a cidade, que fica em cima. Fomos até o tourist office pegar um mapa e decidimos fazer uma caminhada de mais ou menos 1 hora ao redor da ilha. Fomos seguindo o mapa e as placas indicando “Arco Naturale”, que é um arco natural de pedra. Já eram mais de meio-dia e resolvemos almoçar num restaurante no meio desta caminhada, que por coincidência tinha vistas lindas para o mar. Todo os rstaurantes que comemos na costa amalfitana tinham vistas lindas, pois eles estão por todos os lugares.
Caminhamos até o Arco Natural, de onde vê-se o mar e os barcos de turistas bem lá embaixo. De lá continuamos a caminhada e passamos pea gruta Matermania, e dali descemos VÁRIOS degraus. Encontramos pessoas fazendo a mesma caminhada no sentido contrário e deu até pena, pois a quantidade de degraus não era fácil de contar muito menos de subir. Esta caminhada passou pelo meio de árvores e ia contornando a costa sul da ilha. Ela durou cerca de  uma hora e nós saímos na Marina Pequena, e de lá caminhamos de volta ao centrinho.

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Arco Natural visto da ilha de Capri
Caverna Matermania
Vistas da caminhada que fizemos ao redor da parte sul da ilha
Após a caminhada, chegando novamente na cidade


Visitamos os jardins Augustus e depois ficamos andando pelas ruazinhas vendo as lojas.
A Ilha de Capri é muito popular com celebridades e tem muitos hotéis lindíssimos e também caríssimos lá, e como tem clientela tem também lojas de alta costura lá perto e também restaurantes frequentados por pessoas de muito dinheiro, que vão mais pra aparecer do que pela comida, porque comida boa lá tem em todo lugar. De repente estes restaurantes servem alguma coisa especial, sei lá.
Vimos a loja onde as primeiras calças Capri foram confeccionadas, a Jaquelline Onassis era cliente.

Lá pelas 3:30 pegamos o bondinho pra descer até o porto pra pegar o barco de volta. Lá comprei uma blusinha escrito Capri, e uma bolsa. Fiquei com raiva da mulher que vendeu a bolsa, pois ela disse que ia pegar uma nova no depósito, então deixamos a que eu havia pegado lá e levamos a “nova”, e assim que tirei da embalagem vi que era defeituosa e estava suja. Voltei lá pra ela trocar, e ela pediu desculpas, mas temos certeza que ela fez de propósito pra tentar se livrar daquela bolsa. Bem coisa de país latino esse tipo de atitude.
A viagem de volta foi longa e cansativa pois a essa hora já estávamos super cansados. Chegamos em Praiano era 5:30 da tarde e fomos pro hotel descansar. Era nossa última noite na costa Amalfitana e voltamos no restaurante Marina di Praia onde eu comi o melhor risoto de frutos do mar que eu já comi na vida.

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Passeando pelas ruazinhas de Capri
Jardim Augustus em Capri
Bruschetta na nossa última janta na Costa Amalfitana

A Costa Amalfitana é maravilhosa e eu recomendo a todos, mas procurem ir logo após a alta temporada como fizemos pra evitar as multidões.

Saturday 6 October 2012

Sorrento

Sábado foi um dia mais calmo. Dirigimos até a cidade de Sorrento cerca de 1 hora de Praiano. O trânsito é ruim até Positano, mas a partir daí não tem mais cidades turísticas então foi bem tranquilo chegar até Sorrento.

Uma vez lá não tínhamos certeza de onde estacionar, nem se iríamos visitar a ilha de Capri naquele dia, pois existem balsas que partem de Sorrento (assim como de Amalfi, Positano e Napole) que vão até Capri. Acabou que deixamos Capri pro dia seguinte e ficamos só em Sorrento mesmo.
Estacionamos perto da estação de trem e foi uma boa escolha pois foi conveniente e o preço razoável.
Começamos visitando o centrinho de Sorrento, que é uma área onde as ruas principais se encontram, onde todos os turistas se concentram, e onde tem várias lojas e restaurantes, então é super movimentado!
Fomos caminhando pela cidade vendo as igrejas e as ruazinhas cheias de comércio. Numa loja de chocolates nos deram pra experimentar chocolate com licor de lemoncello. Adoramos e acabamos comprando uma caixinha pra nós!

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Rua que leva até o Porto de Sorrento
Uma casa interessante no centro de Sorrento
Vista do porto e da “praia” de Sorrento
Centrinho de Sorrento
 


As ruazinhas são bem estreitinhas e cheias de turistas e restaurantes. O porto fica bem embaixo da cidade, e de cima tem-se uma vista bonita do porto, do mar e das coisas ao redor.
Almoçamos num restaurante que não foi muito bom. Pedi uma pizza que veio cheia de queijo, parecia pizza feita no Brasil, nao comi quase nada! Mas foi o único restaurante na viagem inteira que eu não gostei.
Bem no centro da cidade tem um buraco gigantesco, que foi aberto por um terremoto há muito tempo, e nele antes existia um moinho que agora foi abandonado. É bem estranho estar caminhando na cidade cheia de gente e carros e do nada chegar neste vão enorme, cheio de árvores e plantas e o moinho abandonado. Coisas de Itália, sempre tem alguma ruína, mas este é um dos charmes do país.

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Ruazinhas de Sorrento e o moinho abandonado no buraco causado pelo terremoto


De sobremesa eu comi o maior sorvete que eu já vi na vida! Simplesmente não acreditei no tamanho do sorvete na casquinha, era o equivalente a 5 bolas de sorvete! Pecado, mas joguei quase metade fora, apesar de ser delicioso.
Voltamos pra Praiano e neste dia só ficamos relaxando no hotel, vendo a vista e aproveitando as férias no sol!
Escrevendo este post não consegui evitar de ficar ouvindo o Pavarotti cantando Torna a Surriento, fantástico!

Friday 5 October 2012

Amalfi e Ravello

No segundo dia nós fomos visitar as cidades de Amalfi e Ravello. Foi bom ter ficado em Praiano pois fica no meio do caminho de vário lugares interessantes.
Saímos bem cedo de Praiano para evitar o trânsito intenso de ônibus de turistas e fomos até a cidade de Amalfi. Estacionamos no porto de Amalfi e caminhamos até a pracinha principal, onde tem a catedral.
A cidade de Amalfi foi das mais importantes e poderosas da Europa há muitos séculos atrás. O porto era dos maiores e muito movimentado, pois fica em posição boa para o comércio com o mundo árabe. A cidade em si é pequena, mas no seu auge parece que moravam umas 70 mil pessoas lá, enquanto que hoje parece que sao 5 mil.
Visitamos a catedral de Amalfi e também o Chiostro del Paradiso, que fica ao lado e era onde eram enterrados membros das famílias mais importantes da cidade. A influência árabe na construção é bem visível. Entretanto a catedral já é do estilo Europeu. Tem uma cripta onde foram enterrados os ossos do apóstolo santo André e todo ano tem um tipo de procissão lá.

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Catedral de Amalfi
Cripta onde estão os ossos do apóstolo André
Dirigindo para Ravello
Cidadezinha de Ravello


Não passamos muito tempo em Amalfi, logo saímos e fomos visitar a cidade de Ravello, que é uma cidadezinha bem no alto do morro e de acesso mais difícil. Em Ravello visitamos a Vila Ruffolo, que são jardins famosos com umas das vistas mais bonitas da Costa Amalfitana. Estes jardins inspiraram muitos artistas, inclusive o compositor Wagner, pois realmente as flores e plantas naquele visual são de deixar qualquer um inspirado. Hoje em dia muitos concertos são feitos neste lugar.

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Villa Ruffolo, das vistas mais bonitas da Costa Amalfitana

Almoçamos num restaurante com vista muito bonita para a cidade de Minore, e o plano do André era fazer uma caminhada de 40 min de Ravello até Minore, que até seria interessante, mas seriam 40min descendo, e depois teríamos que subir tudo de novo. Fiquei feliz quando ele desistiu, ainda mais porque estava quente neste dia. Caminhamos por Ravello e vimos várias lojas de artesanato. A costa amalfitana tem muitos fabricantes de artesanato então existem várias lojas de artesanatonespalhadas por todas estas cidadezinhas.
Depois de passar um tempo caminhando pelas ruazinhas da cidade voltamos para o hotel para descansar e eu resolvi ir até a Marina di Praia pegar sol. Até tentei entrar na água da mini praia, mas estava muito gelada, mas tinha várias pessoas nadando lá.
Resolvemos jantar na cidade de Positano mais tarde. A auto estrada passa por cima da cidade e o visual é bem bonito. Não sabíamos onde estacionar, então fomos dirigindo pela rua cheia de curvas que leva da auto estrada até a cidade de Positano lá embaixo e estacionamos no meio do caminho. O resultado foram mais escadas a serem descidas e depois subidas de novo. Depois descobrimos que tinha estacionamento lá na cidade pelo mesmo preço.

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Visitando a cidade de Positano
Vista do nosso restaurante ao entardecer


De qualquer forma caminhamos pelo centrinho, que é CHEIO de lojas de roupas. O nível sócio econônimo de quem frequenta lá é mais alto do que em Amalfi, por exemplo, e a cidade é mais bonitinha e bem cuidada. Como toda cidade européia tem a sua igreja principal, mas não visitamos. Ficamos caminhando pela orla vendo as lojas e o movimento. As lojas de cerâmica em Positano vendem coisas lindíssimas! Vimos mesinhas e cadeiras de varanda que era muito bonitas, adoraria ter delas se eu tivesse uma casa num lugar quente, mas teria que preparar o bolso pois eram mais de 1000 euros. Mas entregam no mundo inteiro!
Jantamos num restaurante do outro lado da cidade, que depois de subir mais um morro tinha uma vista maravilhosa e como já era o pôr-do-sol jantamos com vista privilegiada. Enquanto esperávamos a comida eu acabei comprando um vestido na loja do outro lado da rua hehehe
Depois da janta mais uma caminhada de morros e escadas até chegar no carro, e chegamos em Praiano já era noite.

Thursday 4 October 2012

Costa Amafitana–Dia 1

O café da manhã foi um dos piores que eu já tive. A única coisa boa era o croissant, que estava fresco e quentinho, mas como não posso tomar café não consegui achar nada decente pra ir junto com o croissant. O suco era hossível, a única fruta era ameixa enlatada, a única coisa passável era um iogurte.
De qualquer forma começamos a dirigir pela Costa Amalfitana felizes, pois o dia estava lindo de sol e cerca de 25 graus.
Cada curva oferece uma vista lindíssima e existem vários pontos de vista onde pode-se parar para bater fotos.
Paramos numa cidade chamada Cetara há poucos quilômetros de Vietri Sul Mare e lá estacionamos o carro e descemos pra dar uma olhada. È uma vilazinha bem charmosa, onde todo mundo se conhece e onde a vida vai devagar. Mas mesmo assim um dos restaurantes que dizem ser o que tem o melhor peixe da costa amalfitana é encontrado lá. Fizemos reserva pra janta, mas infelizmente não conseguimos voltar lá mais tarde.
Continuamos dirigindo e admirando a vista, passando por cidadezinhas e algumas um pouco maiores. Chegamos numa chamada Minore, e lá ficamos 30min presos no trânsito. Saí do carro pra ver porque nada se mexia e perguntei pra alguém (foi bom pra praticar meu italiano) o que havia acontecido, pois conseguia ver muita gente na praça principal (por onde a estrada principal passa) e muitas coroas de flores. O cara da caminhonete (obviamente era dali) me informou que era o funeral de uma menina que havia morrido, e que em 10 minutos terminaria. Isso é algo inconcebível para nós turistas, como que uma autoestrada pára por causa de um funeral? Mas no fim das contas aquela cidadezinha é pequena, todo se conhecem, e um funeral é algo que pára a cidade inteira, então pra eles isso é normal.

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Cetara, uma cidadezinha charmosa
Vistas da estrada da Costa Amalfitana
Varanda do restaurante Locanda Casa Diva em Praiano

Depois de muito esperar finalmente continuamos viagem.
Chegamos na cidade que dá o nome pra essa área, a cidade de Amalfi. Neste dia só passamos por ali, mas a partir dali o trânsito se transformou em algo bem complicado. A rua ficou mais estreita e começaram a surgir vários ônibus de turismo, o que deixava tudo devagar e difícil de passar.
Chegamos em Praiano, cidade onde nos hospedamos, era pouco mais do meio-dia.
Nosso hotel era simples, mas adoramos! Os quartos todos têm vista para o mar, e é a vista! Tínhamos nossa própria sacada com 2 espreguiçadeiras e uma mesinha com 2 cadeiras, onde era ótimo ficar sentado vendo o mar até onde o olhar alcança.
Almoçamos num restaurante ali do lado do hotel chamado Locanda Costa Diva, que tem vista maravilhosa, e a comida e fantástica. Comi uma pasta caseira com camarão, de lamber os dedos! Eu não sou de apreciar comida, mas na Italia tudo muda, e nesta parte da Itália então eu viro uma glutona! Até raspei o prato com pão, coisa que não faço nunca!
Depois do almoço e de uma descansada caminhamos até o centrinho de Praiano, que não tem nada pra ser sincera. Descemos até uma praia chamada Praia da Gavitella pra descobrir que de praia não tem nada, é uma laje na frente do mar onde tem espreguiçadeiras, sombrinhas e um restaurante, mas praia em si não tem.
O problema foi voltar, pois eram 3 da tarde, estava perto de 30 graus e tivemos que subir uns 200 degraus e um morro pra chegar até a rua principal de novo, e depois caminhar mais uns 15 minutos pelo asfalto pra chegar de volta no hotel. Aí resolvemos ficar no hotel aproveitando a vista.
Ali mesmo em Praiano tem a Marina di Praia, uma das “praias” mais charmosinhas da costa amalfitana. Era perto do nosso hotel, bastava descer um morro e uns degraus (aliás como em todo lugar na costa amalfitana) e em 15 min estavamos lá.
Ali jantamos no restaurante Da Armandino, o melhor que eu já comi na Itália. É super simples, mas a comida é deliciosa. Eles têm os próprios pescadores que trazem frutos do mar frescos e saborosíssimos! Neste primeiro dia jantei um ravioli de espinafre com ricota que estava excelente!
Fomos dormir de barriga cheia.
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Praia  da Gavitella
Marina di Praia
Ristorante da Armandino
Mais uma vista bonita da Costa Amalfitana

Wednesday 3 October 2012

Viagem para a Costa Amalfitana–Itália

Nos próximos posts vou relatar nossa viagem para a Costa Amalfitana, no sudoeste da Itália.
Saímos de Londres numa quarta-feira de manhá super cedo. Nosso vôo saiu de Gatwick às 6 da manhã, então nosso dia começou às 3 da manhã.
O vôo até Napole foi de 2:30 horas e bem tranquilo, pois fora dos céus ingleses o resto da Europa estava com tempo claro de sol.
No aeroporto pegamos num suttle até a Herz onde alugamos um carro, Pagamos uma fortuna ridícula pelo seguro do carro, pois como na Itália os motoristas são loucos, e como naquela área da Itália batidas e arranhões são comuns preferimos pagar a quantia a ter que se incomodar depois, mas foi um roubo!
Com o GPS chegamos fácil ao nosso primeiro destino: Ercolano.
É uma cidadezinha do lado de Napole, que primeiramente foi destruída por um terremoto, e depois pela erupção do vulcão Vesúvio, que fica ali perto.
As ruínas são bem interessantes, e os estudiosos conseguem dizer o que era cada construção, se era uma casa de alguém rico, ou um mercado, ou um templo, e muitos destes lugares ainda têm pinturas sobreviventes daquela época. Algumas claro foram restauradas, mas outras estão na sua condição original, mais de 1000 anos!
Depois fomos ver o causador de tanta destruição, dirigimos até o Vesúvio, dá uns 30min de Ercolano, e deixamos o carro no estacionamento que tem lá em cima, perto do ticket-office. Paga-se 8 euros e aí é possível caminhar até a cratera do vulcão. A caminhada é de cerca de meia-hora e em partes é bem íngreme, e é bom ir com sapato de caminhada porque vai sair de lá sujo. A cratera é bem grande e em alguns lugares tem uma fumacinha saindo. Tem vários instrumentos em áreas diferentes da cratera monitorando a atividade do vulcão. A vista lá de cima é bem bonita e a temperatura uns 4 graus mais baixa do que na cidade, tanto que precisei de um casaquinho apesar de na cidade estar 28 graus.
O vulcão era na verdade uma montanha bem mais alta e maior, mas depois da erupção (a última parece que foi nos anos 60) ficou uma montanha só.

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Ruínas de Ercolano e pinturas que sobreviveram estes anos todos
Subindo até a cratera do Vesúvius
Praça principal de Pompéia

Dali visitamos então a cidade de Pompéia, que também  foi destruída pela mesma erupção que destruiu Ercolano. A diferença é que Ercolano era bem pequeno, enquanto que Pompéia era uma cidade muito grande! São ruas e mais ruas para serem exploradas, cada uma com suas histórias.  Pode-se passar o dia inteiro visitando as ruínas. A cidade de Pompéia foi completamente coberta pelas cinzas do Vesúvio, cerca de 3 metros parece, então tudo desapareceu. Deve ter demorado um tempão até descobrirem tudo novamente, e os estudiosos aprenderam muito sobre como várias coisas era feitas naquela época à medida que iam redescobrindo a cidade.
É possível ver também maquetes feitas de gesso de vítimas da erupção, da forma como elas foram encontradas. Realmente é impressionante.

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Maquetes de gesso de vítimas do Vesúvio
Queijo gigante na delicatessen onde jantamos
Cidadezinha de Vietri Sul Mare vista do nosso hotel

Depois dirigimos até uma cidade chamada Vietri Sul Mare, cerca de 1 hora dali, que é o começo da estrada pela Costa Amalfitana.
Nos hospedamos num hotel que acabou sendo bem decepcionante, ainda bem que era só por uma noite. Visitamos o centrinho da cidade de noite, que é bem pequena e não muito interessante na minha opinião. A cama era desconfortável, mas o cansaço era tanto que dormi bastante.

Saturday 25 August 2012

Último feriado antes do natal

Fim de agosto foi o último feriado antes do natal. Infelizmente por motivo de trabalho não conseguimos decidir nada com antecedência e acabamos viajando aqui pela Inglaterra mesmo.

Alugamos um carro e na sexta-feira fomos para o sul da Inglaterra.

Fomos até a cidade de Brighton, que fica na costa. Eu já havia estado lá há 3 anos atrás com amigas, mas era em pleno inverno e muito frio. Desta vez fui no verão pro André conhecer, mas apesar do sol estava longe de estar calor. Caminhamos pelo Pier, vimos parte da praia, almoçamos, fomos até o The Lanes, que são as ruazinhas com as lojinhas, e é claro que começou a chover e decidimos seguir viagem. Não é uma cidade muito interessante.

Nos hospedamos num hotel chamado Nuftield Priory, que é uma daquelas casas bem antigas, lá dos 1800, que agora se tornou hotel. Eu li a história da casa, acho que no começo era casa de pessoas muito ricas, banqueiros e homens de negócio, que foi passando de um pra outro, até que em 1900 e algo se tornou um colégio para crianças com deficiência auditiva, e perto de 1990, com o fechamento da escola, se tornou um hotel.

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1. Em Brighton, onde a praia não tem areia, mas sim pedras. Não é uma praia interessante.
2. Praça em Brighton
3. Lounge do nosso hotel
4. Fachada do nosso hotel

A decoração era super bonita, o prédio bem bonito, tudo bem típico no estilo inglês, o quarto era grande e confortável. O serviço deixou a desejar, tanto que reclamei, mas o ambiente em si era agradável.
No sábado o tempo estava absolutamente abominável, com uma chuva dos infernos, então ficamos no hotel lendo e descansando, fui na academia, usei a piscina térmica, e depois saímos pra jantar.

Domingo de um dia bonito de sol com temperatura bem agradável e então fomos até a cidade de Dover, onde fica o porto de Dover, de onde partem balsas para a França e Espanha. A travessia até a França é de cerca de meia-hora parece. Tem uma estrutura bem grande pra pessoa chegar de carro, fica na fila esperando a hora de embarcar na balsa, tudo bem eficiente. Mas nós fomos lá pra ver os White Cliffs of Dover, ou seja, os Penhascos Brancos de Dover.

Eu não sei porque são brancos, parece que é giz, não sei direito, mas como o dia estava bonito fizemos uma caminhada muito bonita que vai até um farol, tudo na beira do mar. Nesta caminhada conseguimos ver os penhascos e a vista do mar, foi muito legal.

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Caminhando pelos White Cliffs of Dover, com o porto de Dover ao fundo

Depois fomos até uma cidade chamada Canterbury, que é também bem típica inglesa, com as casas daquele estilo tradicional, e visitamos a catedral de Canterbury. É bonita, mas pra ser sincera eu prerefi a de Gloucester, que é mais imponente e é de graça pra visitar, enquanto que nessa tivemos que pagar.

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Catedral de Canterbury

Almoçamos por lá e depois voltamos pro hotel, onde continuei a ler o livro Crime and Punishment, do Dostoievski, aquele que comentei que fiquei com vontade de ler depois de ter visitado São Petersburgo.

Segunda-feira voltamos pra Londres e foi o fim desta viagem curta, mas que foi boa pra descansar.

Feriado agora só no natal!

Sunday 5 August 2012

Olimpíadas de Londres–Os Jogos

No sábado e domingo nós ficamos em casa, pois pra nossa sorte o ciclismo passou na frente da nossa casa. Sábado deu um dia muito bonito e as ruas estavam lotadas de pessoas assistindo a corrida, que saiu do The Mall e foi até Richmond, onde eles ficaram dando 10 voltas em Box Hill e depois voltaram. A gente acompanhou pela tv pra ver onde eles estavam e quando vimos que estavam chegando perto de casa corremos lá pra fora pra vê-los passar. O ambiente estava festivo e com o dia ensolarado foi muito bom! os homens pedalaram por 250km e quem ganhou foi um cara do Kazaquistão. A gente viu ele passando na volta, estava um pouco na frente dos demais.
Domingo foi a vez das mulheres, que fizeram o mesmo percurso, mas deram menos voltas em Richmond, totalizando 160km parece. Na ida uma brasileira estava bem na frente, mas na volta haviam 3 ciclistas bem na frente das demais, uma holandesa (que acabou ganhando), britânica e russa. Entretanto o dia estava absolutamente horrivel, choveu um monte e quando passaram na frente de casa na volta estava derramando água.

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1. Acompanhando pela TV
2. Quando estava chegando perto da nossa casa fomos pra rua esperar
3. Lá vêm eles!
4. Tudo é muito rápido!

Domingo de noite acabou que eu e o André fomos assistir jogo de vôlei por sorte. Eu fui sorteada e ganhei ingressos pra ver o Brasil jogar vôlei! Bastante sorte mesmo!!
O jogo de vòlei é relativamente perto de casa (comparado com o leste de Londres) em Earl´s Court. O primeiro jogo foi Polônia contra Itália e foi um jogo bem emocionante, com os 2 times muito bons. O estádio estava tomado por poloneses, estava todo vermelho e branco! Então a torcida deles estava em maioria absoluta, apesar de alguns brasileiros estarem torcendo com os italianos. A cada toque na bola no lado polonês eles contavam: 1, 2, 3! em polonês, era engraçado de ver. E no fim do jogo eles cantavam "Obrigada" em polonês, pro time e pro técnico.
Foi um jogo demorado e o jogo do Brasil só começou às 10:30 da noite. Foi contra a Tunísia, um time bem fraco. Acabou que o jogo foi super chato! O Brasil jogou mal e mesmo assim ganhou, de tão ruim que era o outro time. Mas foi legal ter visto os jogadores de perto. A maioria dos poloneses havia saído do estádio e mudamos de lugar pra sentar mais perto ainda.
Foi bem legal e com certeza uma experiência fantástica ter podido presenciar mais este evento olímpico!

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1. Eu e André junto com a torcida da Polônia
2. Polônia vs Itália
3. Vendo o jogo do Brasil vs Tunísia
4. Aquecimento do time do Brasil

Fizeram muito alarde dizendo pra ninguém ir pro centro de Londres porque seria impossível chegar lá devido a quantidade de pessoas. Entretanto acabou que não foi tão ruim quando previram, acabou inclusive que começaram a fazer propaganda pras pessoas irem pro centro de Londres, pois ficou vazio! Os turistas e atletas estavam todos no leste de Londres, e o pessoal que mora aqui não foi pro centro com medo da multidão, então não tinha ninguém lá e os restaurantes e lojas começaram a reclamar. Estive no centro de Londres algumas vezes durante a olimpíada e não vi nada além do normal. Estava cheio, mas nada exagerado.

Uma coisa que deu o que falar foi a distribuição de ingressos, pois os organizadores falaram que todos os lugares dos estádios já estavam cheios, e acabou que em todos os jogos da primeira semana estava CHEIO de lugares vazios. Descobriram que estes lugares haviam sido reservados para patrocinadores e técnicos e atletas, mas a maioria simplesmente não ia nos eventos. O que aconteceu foi que os organizadores foram forçados e redistribuir estes ingressos então diariamente milhares de pessoas iam no site london2012 pra tentar ingressos, mas como já havia falado o site é um lixo. A gente achava ingressos e na hora de comprar ele desaparecia. Mas muita gente conseguiu comprar ingressos, apesar da maioria ainda ter ficado decepcionada.

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Os assentos “VIP” vazios

 

Como aqui na Inglaterra os esportes famosos não são particularmente do meu interesse (ciclismo, remo, vela) eu assistia tudo pelo site da BBC, que fez valer a pena a taxa mensal que todos pagamos aqui na Inglaterra, e disponibilizou TODOS os esportes no site deles em tempo real, e também dava pra assistir depois que tivesse terminado. Excelente! Assisti meus esportes preferidos por lá!

No fim de semana do dia 4 nós assistimos mais jogos de vôlei (cada ingresso era pra 2 partidas), desta vez Austrália x Itália e depois Rússia x EUA, do masculino. O primeiro jogo foi estranho, pois a Itália é um país de tradição do vôlei e perdeu os 2 primeiros sets pra Austrália, que eu nem sabia que tinha time de vôlei. Mas depois começaram a jogar voleibol decentemente e acabaram ganhando por 3 a 2, o que foi ótimo porque atrás da gente tinham australianos MUITO CHATOS, que passaram o jogo inteiro gritando no nosso ouvido! O segundo jogo foi fantástico! A Rùssia e os EUA tem times muito bons, sem a menor comparação com os times anteriores, e também foi até 5 sets, com a Rússia virando o jogo quando estava 24x23 pros EUA no terceiro set, sendo que os EUA haviam ganho os 2 primeiros sets. Muita gente foi embora achando que o jogo ia terminar e acabou que perderam metade do jogo. Foi um jogão!

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1. Chegando em Earls Court pra ver o jogo
2. Itália vs Australia
3 e 4. EUA vs Rússia
5. Rússia ganhou de virada
5. Entretenimento na hora do intervalo. Todos querem aparecer no telão.


Agora que ja está chegando o fim dos jogos os britânicos estão super orgulhosos do desempenho deles, que realmente foi muito bom. Só perderam da China e EUA, mas se considerar que a população daqui é bem menor que a desdes 2 países eles se saíram muito bem!

Agora vou ver e torcer pros meninos e meninas do vôlei, que ~vão disputar a final, tomara que eles ganhem!
Adorei esta experiência de estar na cidade das olimpíadas e se tiver oportunidade vou na do Rio em 2016 Smile

Friday 3 August 2012

Olimpíadas de Londres – Os preparativos

Lembro quando cheguei aqui há 4 anos atrás estava acontecendo a de Beijin e quando terminou teve uma cerimônia na frente de Buckingham Palace passando a tocha olimpica pra Londres. Nestes 4 anos os preparativos sempre estiveram nas notícias.

As construções necessárias para os diversos esportes geraram muitos empregos nestes 4 anos, o que acabou ajudando com a economia, pois a Inglaterra está faz tempo numa recessão e não se sabia se haveria dinheiro para terminar tudo.

Já faz 1 ano que as construções para sediar os eventos foram finalizadas, o que foi impressionante!

Um dos grandes projetos foi o trabalho feito no sistema de transporte, foram 4 anos de metrôs fechados nos fins de semana para que pudessem modernizar as linhas do metrô. Não foi fácil pro pessoal de Londres lidar com isso, estas obras todas geraram muitos atrasos e inconvenientes para todo mundo, mas eram necessárias.

A organização em torno do sistema de transporte foi realmente bem grande, com mapas disponibilizados na internet indicando quais áreas evitar em quais períodos porque estavam prevendo muito fluxo de pessoas, pois certas linhas levam diretamente ao parque olímpico, no leste de Londres. Eles enviaram ano passado para as empresas questionários perguntando o trajeto dos funcionários (não era obrigado a preencher) para poderem se planejar e ver quais estações de metrô teriam maior congestionamento.
Foram criadas também as tais das "Game Lanes", ou seja, Faixa dos Jogos, por onde somente carros oficiais podem transitar e qualquer outra pessoa transitando nela paga uma multa de mais de £100. Isso foi para facilitar o transporte de atletas e oficiais dos jogos para os diferentes lugares de competição.

No fim foi uma campanha bem grande pas pessoas evitarem o centro de Londres durante os jogos, porque estavam prevendo uma quantidade absurda de gente usando o sistema de transporte, pediram pras pessoas mudarem o horário de trabalho ou trabalhar de casa se possível.

Ano passado ou retrasado começou a contratação de voluntários para ajudar nos jogos. Precisavam de todo tipo de pessoa, desde tradutores até especialistas em redes de computadores, gente só pra ficar na frente dos estádios dando informação e controlar a multidão.
O que também já faz mais de 1 ano, mas que nao foi impressionante, mas sim decepcionante, foi a liberação de venda de ingressos para as olimíadas. O site oficial no qual compramos os ingressos era absolutamente horrível! A gente não conseguia ver quantos ingressos estavam disponíveis para cada sessão de cada esporte, simplesmente tinha que escolher o que gostaria de ver sabendo que a regra era: se você conseguisse todos os ingressos para o qual aplicasse, teria que comprar todos! Ou acabava sem nenhum. Aí é claro que a maioria aplicou pra 1 ou 2 esportes, pois a maioria dos ingressos era relativamente cara, e acabou que quase ninguém conseguiu ingresso nenhum! Até agora não se sabe como foi decidido quem conseguiu o que, mas tiveram pessoas que conseguiram todos os ingressos que pediram (ultrapassando 5 mil libras de valor) e teve gente que não conseguiu nenhum! Sou muito fã de voleibol, que costumava jogar na escola e universidade, esporte que aqui não tem atrativo, então acabei conseguindo ingresso pra ver 2 partidas de vôlei masculino.
Mas nem tudo foi perfeito na organização, 2 semanas antes do começo dos jogos descobriu-se que a empresa contratada para fornecer segurança pros jogos (algo de extrema importância), que foi paga vários milhões de libras, não conseguiu contratar pessoas o suficiente e acabou que tiveram que trazer as forças armadas para ajudar. Foi o maior escândalo e os chefes desta empresa tiveram que depor no parlamento e vão ter que pagar pelo serviço das forças armadas, o que é mais do que justo. Afinal em país de primeiro mundo é assim que as coisas funcionam.

Outro problema foi a imigração no maior aeroporto de Londres, o Heathrow. Logo antes do começo das olimpíadas tinha pessoas que esperavam até 3 horas na fila pra passar na imigração, e os funcionários estava ameaçando fazer greve.
Agora teve uma coisa que eu e muitas pessoas achamos simplesmente ridículo, que foi o contrato que a empresa organisadora fez com os patrocinadores, como McDonalds, Visa e Adidas. Eles se venderam 100% para estes patrocinadores! Nos estádios só se podia pagar por coisas usando dinheiro ou cartão da Visa, não se pode usar roupa ou mochila que tenha qualquer símbolo que não seja dos patrocinadores, e haviam especulado que somente a Mc Donalds poderia vender batata frita, fazendo com que ninguém pudesse comer o tradicional fish and chips inglês!

Mas finalmente chegou o dia de começar as olimpíadas e estava todo mundo bem alegre e ansioso. As últimos detalhes começaram a se acertar, e a chuva que durava 2 meses foi embora, presenteando Londres com dias quentes e secos de verão!

Nós assistimos a cerimônia de abertura em Hyde Park. A BT, a maior empresa de telecomunicações do UK, teve um festival com música (Duran Duran e Snow Patrol tocaram) e telões, no qual assistimos a cerimônia de abertura.  Foi na sexta-feira passada e tinha bastante gente. Como a segurança é algo levado muito a sério e com razão, havia bastante fila pra entrar, pois cada pessoa precisava passar por detector de metal. Lá dentro tinham barraquinhas com comida, telôes e um palco. Entre as apresentações das bandas teve a abertura passando nos telões e foi bom ter assistido lá pois deu pra sentir a reação de todo mundo com cada coisa que acontecia.
Agora é acompanhar os esportes pela TV e pela internet. Promete ser uma Olimpíada fantástica!

Saturday 14 July 2012

Visita a Auschwitz

No segundo dia acordamos cedo pois faríamos uma visita até o ex campo de concentração nazista Auschwitz. Foi pra completar nossa educação sobre o holocausto, pois agora já visitamos vários museus e memoriais nas principais cidades afetadas pelo holocausto. Mas de todos os museus e memoriais nada foi tão impactante quanto esta visita até Auschwitz, pois ali realmente se consegue ter idéia do tamanho da monstruosidade doz nazistas.
É possível pegar trem até Oswiecim, que é o nome polonês da cidade onde o campo de concentração foi instalado. A pronúncia em polonês é parecida com a pronúncia de Auschwitz. Os alemães mudaram o nome pra uma versão em alemão porque queriam que o idioma deles prevalecesse.
Nós acabamos indo com uma empresa que faz tours com guias. Existem várias dessas, e a nossa era chamada SeaKrakow.
Foi 1 hora de viagem até o campo de Auschwitz I, que foi o primeiro a ser criado. Neste campo os prédios estão todos conservados e muitos deles são museus contando alguma parte da história do que se passou por lá. Todo mundo sabe que alemão é um povo muito organizado e eficiente. Infelizmente este organização e eficiência foi utilizada para algo incrivelmente maligno: exterminar pessoas, e o resultado foi catastrófico.
Eles não só mataram as pessoas quanto roubaram tudo o que elas tinham. Os judeus (entre outros grupos como ciganos e homossexuais, mas 90% dos que foram mortos foram judeus) foram mandados para os campos de concentração e cada um podia levar uma mala com até 50 quilos. Claro que qualquer pessoa vai pegar seus bens mais preciosos, tudo o que a pessoa mais gosta, e colocar naquela mala. Chegando lá os alemães pegaram e catalogaram tudo. Eles sabiam exatamente quantas pessoas estavam lá, o que cada uma fazia, membros da família, tudo era catalogado! E fica pior! Eles pegaram até muletas e próteses de pessoas com problema, e numa dessas casas se pode ver montanhas de sapatos, de malas, de roupas, de óculos, de tudo o que eles tomaram dos judeus. Não contentes com isso eles raspavam o cabelo das pessoas pra fazer meias e outras coisas! E quando a pessoa morria eles arrancavam dentes de ouro, derretiam e mandavam pra Alemanha. As roupas eram "desinfetadas" e mandadas para a Alemanha. Não só eram assassinos eram também ladrões! Numa das salas de um dos prédios tinham pilhas enormes de cabelo que foi raspado das pessoas.

Nas paredes dos corredores de algumas casas tinham centenas de fotos das pessoas que foram mortas, pois os alemães catalogavam cada um e batiam fotos de cada um, a organização era tanta que fazia tudo ainda mais doentio. Existem lá listas com os nomes das pessoas mortas, e do lado de cada nome tem um sinal feito a caneta, denotando que a pessoa foi morta.

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Em cima: Entrada do campo de Auschwitz I, roupas que os prisioneiros usavam
Embaixo: Lista com os nomes de algumas pessoas mortas, foto com pessoas que acabavam de chegar no campo e seriam mortas


Em outro museu mostravam como as pessoas dormiam, no chão em cima de palha, como se fossem animais, todos amontoados.
Os prisioneiros eram forçados a trabalhar de graça em fábricas alemãs, cerca de 10 ou 12 horas por dia, e na volta sempre havia contagem deles e se tivesse alguém faltando haviam vários tipos de punição, assim como se alguém tentasse escapar. Se a contagem não fechasse eles era obrigados a ficaram em pé na rua, independente se era -20 graus ou 30 graus por várias horas, enforcamentos de grupos de prisioneiros era comum, para "servir de lição" para os demais.
Mas o pior de tudo é o tal de bloco 11, que era a prisão dentro da prisão. Num pátio do lado desde bloco tem uma parede de cimento usava para execuções assim como um poste para enforcamento. Dentro deste bloco 11 tem as salas de julgamento e dos "chefes" da SS, assim como as salas onde as pessoas tinham que tirar a roupa antes de serem mortas, com porta para o pátio de execução.

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Em cima: Latas com o gás que matava as pessoas nas câmaras de gás, pilha de malas dos judeus

Embaixo: Sala onde os homens tinham que se despir antes de serem fuzilados na parede ao lado


Descendo uma escada nesse bloco 11 ia-se para um lugar escuro e com grades, com várias salas onde as pessoas passavam por todo o tipo de tortura. Uma sala era pros condenados a morrer de fome, eram trancados lá sem água nem comida até morrerem, em outra era uma sala sem janela e a pessoa morria sufocada sem ar, e em outra haviam tijolos formando mini salas minúsculas, onde vários prisioneiros eram obrigados a passar a noite em pé, trancados ali dentro, depois de terem passado o dia trabalhando. Eu ia passando ali e pensando em quantas e quantas pessoas tiveram que morrer de forma tão cruel, tudo porque alguns loucos chegaram ao poder e resolveram que eles era melhor do que os demais e por isso os demais mereciam morrer.
E pra finalizar fomos até a câmara de gás e crematório, onde é possível entrar na câmara de gás. Logo ao lado tem os fornos que eram usados para queimar os corpos. A única coisa "boa" foi ter visto o pódio onde um dos comandantes foi enforcado depois de ter sido julgado pelo tribunal de Nuremberg. Na minha opinião ele teve uma morte fácil, primeiro deveria ter sido deixado em pé naquela sala apertada por alguns dias, e depois ter sido deixado na sala pra morrer de fome e de sede. Aí talvez enforcar, ou deixar morrer lá mesmo...
Essa visita em Auschwitz I durou até depois do meio-dia, quase 3 horas, e isso que não deu pra ver tudo!

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Em cima: blocos onde os prisioneiros eram mantidos, torre de controle

Embaixo: Onde o comandante nazista foi enforcado após ser julgado, câmara de gás onde tantas pessoas morreram


Depois de 10 min de pausa para almoço (esse é o problema de ir em excursão) fomos até Auschwitz Birkenau.

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Estrada de ferro chegando em Auchwitz Birckenau, vagão onde as pessoas eram transportadas
Como o plano dos nazistas era exterminar os judeus o campo de Auschwitz I era "muito pequeno", então eles construíram Auschwitz II (Birckenau), e era para lá que os trens com milhares e milhares de judeus que viajavam por dias sem água nem comida e nem janela, chegavam.
Uma vez lá alguns "médicos" decidiam se cada um seria morto ou se iria trabalhar nas fábricas. E eles ainda tentavam não desesperar as pessoas dizendo que não era para se preocuparem, que elas seriam bem tratadas, com trabalho e uma vida melhor, tudo pra não causa pânico. Se as pessoas acreditavam ou não eu não sei! Pessoas de cidade, crianças e pessoas consideradas não próprias para trabalho eram mandadas pra uma fila, e as demais pra outra. A primeira fila ia diretamente para a câmara de gás.
O tamanho daquele lugar é algo indescritível. Eles tinham 4 crematórios pra "dar conta" de se livrar de todos os corpos. Todos foram destruídos pelos nazistas quando viram que iam perder a guerra. O único que sobrou foi o que Auschwitz I.
Mas mesmo destruído pudemos ver de cima o corredor onde as pessoas tinham que se despir, com a desculpa que iriam tomar banho somente, e onde era a câmara de gás. E a morte com o gás não era instantânea, era liberado aos poucos e as pessoas começavam a sufocar e iam morrendo aos poucos, e os que demoraram mais pra morrer começavam a subir nas pilhas dos corpos dos que já haviam morrido tentando pegar ar que ficava perto to teto. Não vou contar detalhes do que o guia falou, mas era realmente algo repudiante...

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Em cima: Crematório destruído, corredor onde as pessoas tinham que se despir antes de serem mortas

Embaixo: Barracos onde os pririoneiros moravam, dentro de um dos barracos


Visitamos então os barracos onde eles eram mantidos e comparado com ali Auschwitz I parecia menos pior. Ali era tudo de madeira e haviam 2 plataformas que formavam 3 níveis para que as pessoas pudessem dormir. Em cada nível eram 6 pessoas dormindo. O chão era de terra e obviamente aquilo se transformava num lamaçal quando chovia. No inverno se era -20 lá fora, era -20 ali também, e se era 30 lá fora era 40 ali dentro. As pessoas morriam ali de tudo quanto é doença, pois as condições eram realmente inimagináveis. Num outro barraco era o "banheiro" onde as latrinas eram uma dos lados das outras e cada pessoa tinha cerca de 20 segundos pra fazer as suas necessidades. 3 mil pessoas dividiam aqueles banheiros, para se lavar também não havia água quente no inverno e no verão às vezes não havia água, ponto.

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Este banheiro era dividido por 3 mil pessoas


Enfim, os nazistas simplesmente resolveram quem os judeus mereciam ser exterminados e por isso não tinham direito nem de serem tratados como seres humanos. A lógica deles era que eles iriam ser mortos então não fazia diferença se eles eram tratados daquela forma.
Realmente a visita foi uma visita educacional, mas não tenho palavras pra descrever o que a gente sente quando está num lugar daqueles e escuta o que aconteceu por lá. Quem quiser ter uma idéia do que realmente se passou no holocausto deve visitar Auschwitz, pois nenhum outro lugar dá uma idéia tão realista.
Temos que tomar cuidado pra que este tipo de lixo humano = nazistas nunca mais esteja no poder para que nada parecido se repita.

Friday 13 July 2012

Cracóvia – Polônia

Meio que de última hora marquei uma viagem pra Polônia, pois o André iria passar uns dias lá trabalhando até o fim de semana.
Tirei sexta-feira de férias e de manhã bem cedo embarquei pra Cracóvia. Fiquei feliz de ter saído de Londres, pois este está sendo o pior verão desde que começaram a registrar temperaturas e níveis de chuva. Tem chovido absolutamente todos os dias e a temperatura não chega a 20 graus na maioria dos dias.
Tá certo que na sexta-feira não foi muito diferente em Cracóvia, pois choveu a tarde inteira. Eu odeio chuva!

A capital da Polônia é Varsóvia, mas Cracóvia é a cidade mais interessante para turistas, tem melhor infra estrutura pra o turismo.

O nosso hotel era bem localizado, do lado de um shopping moderno e perto da estação de trem e da parte antiga da cidade.
Foi super fácil chegar, pois no aeroporto de Cracóvia tem um ônibus grátis que te leva até a estação de trem (fica  300 metros do aeroporto) e uma vez lá tem um trem que te leva até a estação central. O ingresso compra-se dentro do trem mesmo, super prático.
Almocei no shopping ali do lado do hotel e saí pra explorar o centro histórico, que é bem bonito e bem preservado. Comecei pelos portôes da cidade antiga e fui caminhando pela Royal Walk, que vai destes portôes até a praça principal, onde tem uma catedral bem bonita e um mercado. Tinham também várias charretes puchadas por cavalos, bonitos e bem tratados.
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Em cima: Royal Walk, Igreja de St. Mary´s

Embaixo: Dentro de St. Mary´s e cabeça em Market Square


No mercado não vi nada demais, entrei na catedral e lá dentro tem uns vitrais bonitos.
Dali fui visitar um prédio da universidade que é das mais antigas do mundo, que teve Copérnico entre seus estudantes.
Visitei mais alguns lugares ali no centro e caminhei até o bairro judeu, que tem um mercado e uns restaurantes.
Caminhei então até o rio e fui até o castelo. Lá em cima visitei a catedral (que é de graça) e o pátio do castelo.
A cidade tem várias estátuas do papa João Paulo II, pois ele era polonês e foi bispo em Cracóvia parece.

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Em cima: Universidade de Cracóvia, uma das igrejas

Embaixo: Carro pintado no bairro judeu, castelo de Cracóvia


Depois disso voltei até o centro histório e parei num café pra tomar um chá e comer um bolo de chocolate, que estava bem gostoso.


Fui até o hotel encontrar o André, que havia passado o dia trabalhando, e jantamos num restaurante típico no centro histórico, com comida caseira e barata.
Realmente Londres é um lugar ridiculamente caro, o único lugar mais caro que Londres que eu já fui foi a Suíça.
Meu primeiro dia foi de descobertas, mas muito chuvoso.
O segundo dia será relatado no post seguinte, pois tem bastante coisa pra contar, então termino este post falando que no domingo voltamos pra Londres no começo da tarde, mas não sem antes ter feito uma massagem fantástica no hotel, por metade do preço cobrado em Londres!

Sunday 24 June 2012

Berlin–Dia 3

Neste dia nós decidimos visitar uma igreja bem antiga (Gedächtniskirche) que foi bastante afetada na guerra e está ainda em ruínas. Fica na direção do jardim zoológico. Chegando lá vimos no mapa onde seria a localização dela, mas nada de vermos a tal igreja, só tinha prédio ali. Procuramos em vários mapas e não tinha como ela ter sumido! Depois de um tempo o André reparou que estão renovando a igreja, mas ao invés de colocar por fora o desenho dela como se faz nas obras de ruínas aqui da Europa, colocaram ela dentro do que parecia um prédio comercial branco! Ou seja, não vimos nada!!
Depois caminhamos até o momumento Siegessäule, ou coluna da Vitória, que foi erguida depois de alguma guerra da Prússia parece. Como foi uma caminhada longa eu fiquei sentada num banco ali na frente e os demais resolveram subir nesse monumento pra ver a vista, só que desistiram quando descobriram que era pago. Tudo que é atração é pago, incrível…

Depois disso pegamos o ônibus 100, que é um ônibus que passa por todas as atrações turísticas, e trocamos pro ônibus 200, que também passa por atrações turísticas (mas são ônibus de linha normal, não de empresas de turismo) e descemos em Potsdamer Platz, que tem uns prédios modernos, mas nada demais além disso. Procuramos um lugar pra comer mas não achamos nada que nos agradasse, então pegamos o metrô até Prenzlauer Berg e almoçamos num restaurante italiano que tinha por lá.

Fomos então até o mercado de pulgas que tinha ali perto e tinha barraquinha vendendo de tudo: móveis, roupas novas, roupas usadas, sapato velho, coisas pra casa, jóias, me lembrou algumas feirinhas que aconteciam na UFSC de vez em quando. Tinha música e comida, foi interessante. Este mercado de pulgas acontece todo domingo no Mauerpark.

Mercado de pulgas em Berlin

Não longe dali fica um museu a céu aberto sobre o muro de Berlin. Este museu se extende por algumas quadrasna Bernauer strasse e conta a história do muro de Berlin, mas de uma forma muito completa e interessante. Tem vídeos da construção, de que como no começo era só alguns tijolos e arame farpado, e depois foi progredindo pra um muro mais alto, aí colocaram umas coisas atrás do muro pra impedir que as pessoas tentassem quebrar o muro com um carro, e no fim das contas acabou sendo 2 muros separados por alguns metros, e nesse espaço tinha arame farpado, cachorros, e torres de controle, tudo pra impedir que as pessoas fugissem do lado comunista! Se comunismo fosse bom as pessoas não iam querer fugir!
Tem entrevistas com oficiais e pessoas que contam como era controlada a vida das pessoas que moravam perto do muro, porque de uma hora pra outra o que aconteceu é que elas não podiam mais ir e vir pra certa parte da cidade, tinham que ter certos documentos provando que moravam ali perto do muro, senão não podia chegar perto.
Parte do museu é uma construção meio nova, que é onde ficava uma igreja que foi destruída pelos comunistas, que ficava exatamente no muro, e ali tem uma exposição de fotos da como o muro afetou a vida de crianças que moravam ali perto, que elas não entendiam pra que servia o muro, e acabou que pra elas era um playground, e tinha foto de crianças se pendurando na construção do muro e correndo por ali, pra elas era algo normal, parte do dia-a-dia delas.
onde a Bernauer strasse se encontra com a Ackerstrasse tem fotos dos prédios que ficavam exatamente no muro, e conta como as pessoas usavam as janelas pra pular pro lado ocidental, e que aí forçaram as janelas a serem lacradas, mas que não adiantou, e no fim mandaram demolir os prédios.
Logo ali do lado deixaram parte do muro em pé, junto com uma torre de observação e do outro lado da rua dá pra subir numa espécie de torre e ver como era de cima.
Foi realmente incrivelmente instrutivo e aprendi muito com esse museu, recomendo pra quem se interessar em aprender o que e por que as coisas aconteceram daquele jeito.

Como era o muro de Berlin

Depois as meninas resolveram visitar uma loja de chocolates e eu e o André fomos encontrar nossa amiga da faculdade e Friedrich strasse. Enquanto a esperávamos eu fui num museu, também de graça, que conta a vida das pessoas na DDR e o que eu mais achei interessante foi um mini cinema ali dentro, que mostra certos eventos que aconteceram e como foram relatados nas notícias da Alemanha Ocidental e nas notícias da Alemanha Oriental, como cada um puxava pro seu lado a versão das notícias, como se o outro lado fosse “do mal”. Mostrou que chegou uma época os comunistas deixaram que cidadãos da Alemanha Ocidental pudessem entrar para visitar parentes, pois imagina que com a construção do muro muitas famílias foram separadas, já pensou não poder mais visitar os pais porque algum louco mandou construir um muro?

Fomos num restaurante ali na beira do rio tomar uma taça de vinho e esperar as demais e o tempo fechou, começou a chover. FIcamos de papo por um tempo e aí voltamos pra Prenzlauer berg pra achar um lugar pra comer e ver o jogo da Itália contra a Inglaterra. Como o tempo tava ruim não tinha o charme da noite anterior, com as pessoas sentadas na rua e tal, no fim fomos num restaurante grego e vimos o jogo dali, que foi por sinal um jogo chato decidido nos pênaltis com vitória da Itália.

Eu adorei Berlin, está na lista de cidade que eu gostaria de voltar um dia, é muito rica em cultura e história, oferece bastante opções de lazer e é também uma cidade bonita.

Saturday 23 June 2012

Berlin – Dia 2

No segundo dia nós visitamos um lugar chamado Potsdam, que fica 40min de trem a partir do centro de Berlin. A minha irmã queria ir lá porque haviam falado pra ela que é muito bonito e que tem vários palácios e parques. Eu pra ser sincera não estava muito empolgada pra ir, mas fui. A nossa amiga também falou que queria conhecer, então fomos num grupo de 7 pessoas. No fim de semana é possível comprar um passe de transporte para viajar até 5 pessoas, então sai super barato, saiu 3 euros por pessoa no nosso grupo.
Chegando lá pegamos um ônibus que passa por vários palácios. Parece que o mais bonito é o tal de Sanssouci, que foi o que visitamos. Ele tem um parque bem grande e bonito atrás, e este parque se extende por vários outros palacetes. É possível entrar nesse palácio, mas é ridiculamente caro pelo que ele oferece. Custou 12 euros por pessoa e realmente não é grandes coisa. Como eu já vi palácios lindíssimos por tudo quanto é lugar achei realmente muito fraco, mas pra quem nunca viu um palácio por dentro aí até vai ser uma experiência interessante.

Palácio de Sansouici


Almoçamos num restaurante muito gostoso no centrinho de Potsdam que tinha comida boa e barata. Pedi uma salada com porção grande e foi 6 euros, e o André comeu um prato muito gostoso de biffe roullet com nhoque de batata, estava muito bom!
Voltamos pra Berlin e fomos para a Warschau strasse, que tem parte do muro de Berlin que foi decorada por artistas do mundo inteiro com murais bem interessantes. Tem um lugar ali também que carimba o passaporte das pessoas com um carimbo da extinta Alemanha oriental por uma pequena taxa.

Parte do muro de Berlin


Depois dali voltamos pra Alexander platz e jantamos num restaurante ali, o tempo havia fechado e estava frio por causa do vento.
Voltamos pro hotel e mais tarde o tempo ficou agradável de novo e eu e o André saímos pra passear por Prenzlauer Berg, a área da cidade onde nosso hotel ficava. É uma área muito legal, adorei!!! Tem vários restaurantes e cafés e estava passando jogo da uefa e todo mundo nas mesinhas nas ruas vendo o jogo e se divertindo. Os prédios são bonitos e as ruas arborizadas, muito legal mesmo aquela área.

Pessoas assistindo jogo da UEFA em Prenzlauer Berg