Monday 23 September 2013

Halberstadt

Aproveitando meus últimos dias na Alemanha eu resolvi fazer uma viagem até a cidade de Halberstadt, na região de Sachen-Anhalt. O motivo desta viagem é que meus antepassados por parte de mãe saíram desta cidade no começo dos 1900 para imigrar para o Brasil, onde nasceu meu avô.

Sempre tive muita curiosidade com relação à descendência alemã, tanto é que aprendi alemão, então não podia deixar esta oportunidade passar.

Apesar da distância resolvi ir e voltar no mesmo dia, o que foi bem cansativo, pois foram 3 horas de viagem na ida e mais 3 na volta, tendo que trocar de trem, mas valeu a pena. O único problema é que eu infelizmente escolhi o pior dia da semana pra fazer esta viagem: segunda-feira. Nas segundas-feiras é tudo fechado. Eu não esperava isso pois aqui em Berlin domingo é que é tudo fechado. Por isso infelizmente não consgui ir até o arquivo da cidade procurar informações sobre os meus antepassados, e as pessoas com o mesmo sobrenome que moram em Halberstadt, que eu achei na internet, não tinham informação nenhuma sobre a história da família, então por enquanto vou me contentar com o que eu vi na cidade e o que a minha imaginação projetou quando estava caminhando pelas ruas de Halberstadt.

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Chegando na estação de Halberstadt
Catedral vista da praça
Catedral vista de for a
Dentro da catedral
Eu ao lado da Frauliebkirche

Comecei a visita passando pelo centro de informações, que tem um mapa grátis com 3 roteiros para visitação, num tempo total de 3 horas. Existem várias igrejas na cidade, mas só consegui entrar em duas delas.

A primeira foi a catedral, ou Dom, em alemão. Fiquei surpresa com o tamanho dela, assim como o tamanho da cidade, pois achei que seria uma vila e na real são mais de 45000 habitantes. A catedral é muito bonita por fora e por dentro, com muitos detalhes nas paredes e no altar.

A catedral fica de um lado de uma praça chamada Domplatz, e no outro lado fica a igreja Liebfraukirche, que não é grandiosa como a catedral, mas é famosa por ter um painel muito antigo, do ano de 1200, que está pra ser renovado.

Fui também até a biblioteca da cidade ver se havia algum livro sobre famílias de Halberstadt mas não havia nenhum. A biblioteca inclusive está num lugar que era uma capela antigamente, então parte do prédio tem aquela curvatura que as capelas têm, o que deixa a sala de leitura bem charmosa.

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Casinhas típicas alemãs, que parecem cenário de filme
Caminhando por um dos parques da cidade
Na frente de um monastério

Halbertadt tem muitas Fachwerkhäuser, aquelas casinhas típicas alemãs,  algumas de madeira colorida e muitas inclusive parecem casas de boneca de tão pequeninhas que são as janelas e portas, e os enfeites todos, as flores, realmente muito bonitinhas!

Estas casas ficam na parte antiga da cidade, o Altstadt, comum na maioria das cidades alemãs. Fiquei várias horas caminhando pelas ruazinhas do centro antigo, imaginando que de repente meu tataravô deve ter passado pelas mesmas ruas ou de repente até morado em alguma daquelas casas.

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Prédio da prefeitura
Casinha que parece de boneca
Casas da Vogtei, a rua mais antiga

Caminhei por um parque até chegar na igreja Buchardi, que é famosa por ter uma música de um compositor chamado John Cage, cuja música deve ser tocada da forma mais devagar possível, e o resultado é que a cada ano uma nota da música é tocada e a música inteira só vai ser finalizada em 300 anos.

Não longe dali encontrei o lugar onde mora uma das Wagenführ, mas esta mesma pessoa, já de idade bem avançada, demonstrou não ter interesse nenhum em ajudar, então nem insisti e resolvi continuar a caminhada.

Passei pelo prédio da piscina pública, que foi aberta em 1900 e funcionou até 1990. De repente meus parentes distantes iam nadar nessas piscinas nos dias de calor.

Caminhei então pela rua Vogtei, que é uma das ruas mais antigas da cidade, por onde passa o bonde. As casinhas nesta rua também são bem charmosas e antigas.

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As 4 torres da Liebfraukirche
Eu caminhando pela cidade
Algum parente distante

Depois disso comecei a voltar devagar pra estação de trem. Desde a hora que cheguei na cidade, que foi meio-dia, até às 5:30 da tarde eu fiquei caminhando sem parar. Inclusie almocei um sanduíche que eu havia levado enquanto caminhava. A cidade tinha mais coisas interessantes pra ver do que eu havia imaginado. Gostaria de ter visto um parque famoso que tem vista bonita pra cidade, assim como ter visto o cemitério pra ver se achava algum Wagenführ por lá também. De repente num futuro distante eu volto e faço o que não consegui fazer.

Foi um dia muito cansativo, mas também de realização, não só minha, mas também dos familiares do Brasil que não puderam visitar a cidade de origem.

O vídeo da viagem está em http://www.youtube.com/watch?v=0aZQf28ZWTI&feature=youtube_gdata

Saturday 14 September 2013

Conhecendo melhor Berlin

Não te discussão: a melhor forma de conhecer bem um lugar é morar neste lugar por um tempo. Quando estive em Berlin por 3 dias ano passado vi as principais atrações turísticas da cidade, entretanto os redutos que mais gostei são os que não são tão turísticos e que só conheci agora, morando aqui. O fato de eu ter conhecido uma amiga alemã que mora aqui faz bastante tempo também ajuda bastante a conhecer os lugares interessantes.
Sexta-feira à noite fui num bar chamado Schokolade, em Rosenthaler Platz. A Sue (essa amiga alemã) sugeriu que fôssemos lá pois é um dos poucos lugares que ainda tem o típico caráter de Berlin dos anos 70-80.
Infelizmente eu achei o lugar um saco… o maior problema de Berlin pra mim é o cigarro. Já mencionei aqui que todas as pessoas fumam e existem ainda muitos bares para fumantes, e este era um deles. Não só eu estava me sentindo mal com a fumaça toda, que ardia meus olhos e não me deixava respirar direito, as opções de bebida não eram do meu gosto assim como a música. Não vou entrar em detalhes, mas eu não estava me divertindo nada, então resolvi ir pra casa cedo e os demais ficaram lá aproveitando.
A única coisa que eu achei interessante no lugar foi a decoração, e agora que não estou mais lá posso dizer que a experîência foi interessante, mas nunca repetiria!

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Meu copo com a pior vodka que já tomei na vida, não consegui terminar. Cinzas de cigarro em cima da mesa, e a decoração dos anos 80 no bar Schokolade

No dia seguinte eu acordei tarde e resolvi tomar um brunch no Café Zuckerstück, que tem aqui do lado de casa, aquele mesmo que já mencionei aqui várias vezes, e comi um brunch. O pão, feito por eles mesmos, é absolutamente d-e-l-i-c-i-o-s-o. O brunch me deu bastante energia até a hora da janta!

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Lendo meu livro no Café Zuckerstück


Fui no super mercado comprar mantimentos pro fim de semana e tinha a feirinha de sábado do lado do super mercado, onde comprei um pedaço de salmão norueguês, que acabei de comer.

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Feirinha de sábado do lado do meu apartamento

O dia estava absolutamente lindo e resolvi ir e voltar caminhando pra academia, o que em si já dá uma hora. No caminho fui parando pra prestar atenção em alguns lugares que sempre via mas nunca parei pra olhar, como:

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Cemitério judeu

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Árvores no caminho pra academia, gosto muito do verde

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Placas na frente de casas de pessoas que foram deportadas e mortas em campos de concentração. Está cheio delas pela cidade

Depois de um banho eu me arrumei pra encontrar a Susanne em Warschauer strasse pro Bier Festival. Peguei o tram de Eberswalder strasse até lá. No caminho o tram passou por um lugar que eu ainda nâo tinha tido a oportunidade de ver, o Frankfurter Tor, abaixo

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Frankfurter Tor

O ponto final do tram é a estação de Warschauer strasse, e lá fiquei vendo uns artistas de rua enquanto esperava a Susanne. Tinha uma menina dançando com um bambolê e um cara fazendo um tipo de rap, tava bem legal.

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Artistas de rua em Warschauer strasse

Dali fomos caminhando até o Bier festival, que fica numa área onde tem vários prédios que parecem abandonados, mas que de noite são boates que ficam cheias até de manhã cedo!

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Nem preciso dizer que o lugar era cheio de desenhos por tudo quanto é lugar, como é típico de Berlin.

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Minha amiga Susanne

A decoração dentro dos lugares era bem diferente também, cheia de coisas coladas nas paredes, mais desenhos, e velas derretidas.

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Decoração de velas derretidas

Compraram uma cerceja pra mim, que obviamente não consegui terminar, pois não gosto de cerveja, não importa o quanto eu tente tomar, e nos sentamos num estacionamento que era um campo bem grande e onde tinha mais barraquinhas de cerveja do festival. Encontramos uns amigos da Susanne e ficamos sentados lá cada um com sua cerveja.

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Vista de onde eu estava sentada, enquanto tentava tomar a cerveja

Depois os demais foram embora e como eu e a Susanne estávamos com fome resolvemos achar um restaurante pra comer. No caminho passamos por uma loja de camisetas de todas as cores, que fica aberta até meia-noite, coisa que nunca havia visto em Berlin.

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Achamos um bar/restaurante bem legal, onde comi um hamburguer. Eles tinham vodka do meu gosto, o que fez que eu ficasse satisfeita com a escolha, pra compensar a noite anterior.

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Bar onde jantamos em Simon Dach strasse

Foi um dia cheio, mas muito legal pois conheci lugares e pessoas novas e conheci Berlin um pouco melhor.

Saturday 7 September 2013

Dia de passear

Na previsão do tempo constava que sábado teríamos 26 graus e muito sol, e que domingo seria igual. Como já estamos em setembro as chances deste fim de semana ser o último de verão são muito grandes, então resolvi fazer um programa de verão e ir a um lago aqui em Berlin.

Fomos no numa “praia” que fica no caminho a Erkner, que é um pouco fora de Berlin. Fui com a minha amiga holandesa e a irmã dela que está visitando Berlin.

Esta minha amiga mora aqui em Prenzlauer Berg também e fomos juntas. Demorou uma hora pra chegarmos até a praia porque hoje os trens estavam ou em obras ou atrasados.

Descemos na estação de Rahmsdorf, e fomos caminhando até a margem do lago onde tem uma ferry, que é parte do transporte público de Berlin, que viaja em círculo naquela área e faz 4 paradas. Infelizmente esta ferry só parte a cada hora, mas felizmente só esperamos 30 min para a próxima. Descemos na segunda parada, que é onde tem a praia.

Primeiramente sentamos num café pra almoçar, pois já eram mais de 1:30 da tarde. Nenhuma de nós estavamos com muita fome e a garçonete foi legal e nos deixou pedir o menu para crianças, pois as porções são menores.

Depois do almoço caminhamos por 2 minutos e chegamos na praia, que foi o lugar que mais se parece com praia que eu fui aqui em Berlin até agora. Tem uma faixa de areia decente, mas é inclinado em direção ao rio, mas não a ponto de ser desconfortável de deitar. A água era bem mais limpa do que outros lagos ou rios que eu vi aqui, e até tentei entrar, mas estava MUITO gelada, então só fiquei deitada pegando sol e até tirei um chochilo no sol de 26 graus.

Ás 4 da tarde saímos dali e o plano era pegar um barco a remo que cruza as duas margens do rio, que estão cerca de 30 metros uma da outra, mas apesar disso esse barco a remo só sai uma vez a cada hora, o que realmente é ridículo pois a distância é muito curta. Este barco a remo é parte do transporte público de Berlin e tem timetable e tudo!

Resolvemos então terminar o passeio ali e voltar pro centro de Berlin.

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No barco em direção à praia
Eu e a Carljin no almoço
Eu na “praia”

Neste lugar existem várias casas na margem do rio, todas de veraneio, com jardins muito bonitos e algumas com escorregador que dá direto no rio. Realmente famílias que possuem estas casas conseguem aproveitar muito bem o verão na Alemanha!
Achamos um lugar com sorvete bom e barato e fizemos uma pausa. 2 bolas de sorvete saiu 1.60 euros, praticamente metade do que em qualquer outro lugar em Berlin.

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Uma das casas na beira do rio
Tomando sorvete pra refrescar

Uma vez no centro de Berlin eu resolvi sair do metrô em Alexander Platz e comi um cachorro quente. Claro que a culpa bateu e como o dia estava ainda muito bonito, quente e sem nenhuma nuvem no céu, resolvi ir caminhando até em casa, passando pelos meus lugares preferidos do bairro onde moro.

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Wasserturm vista da Metzer strasse
Metzer strasse, uma das minhas ruas preferidas de Berlin

Fui subindo de Alexander Platz pela Prenzlauer Alee e depois entrei na Metzer strasse, que é uma rua cheia de árvores e prédios muito bonitos. Eu adoraria morar nessa rua!

 

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Kollwitz strasse e seus restaurantes
Kollwitzplatz e as mesas de ping pong
Mais um resaurante em Kollwitzplatz

Caminhei até a esquina com a Kollwitz strasse, onde tem o LPG market, e aí subi a Kollwitz strasse, passando pelos restaurantes e butiques pelos quais esta rua é famosa, até chegar em Kollwitz Platz, um parque onde tem parquinho pras crianças e pessoas jogando ping pong. Aqui em Berlin qualquer parque tem mesa de ping pong e sempre tem gente jogando. Será que os alemães se dão bem em ping pong nas olimpíadas? Eles devem perder só pra China.

 

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Prédios em Sredzkistrasse
Kulturbrauerei em Sredzkistrasse

Entrei à direita na Sredzkistrasse e fui caminhando até a Kulturbrauerei, onde entrei à direita na Schönhauser Allee. Fui caminhando vendo as lojas e os restaurantes e parei pra comprar uma calça legging numa loja.

Fui seguindo por ali até chegar na minha rua, que é logo depois da estação de Schönhauser Allee.

A caminhada deu cerca de 1 hora e foi muito agradável.

Com certeza vou sentir muita falta daqui quando eu for embora. Foi um dia muito agradável.

 

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Um dos cafés excêntricos em Schönhauser Allee
Vista da entrada do meu prédio