Sunday 8 April 2012

Dublin - Dia 3

Domingo de páscoa acordamos mais tarde e fomos passear por um parque chamado Merrion Square, que é pequeno mas super tranquilo e tem uma estátua do escritor Oscar Wilde, que é muito famoso e nasceu em Dublin.

Dali fomos de novo caminhando até o centro e como sempre comecei a me sentir mal, pois depois daquela caminhada extremamente cansativa no frio eu tive uma pequena recaída. Entramos num café pra eu tomar um chá quente e me recuperar e nisso já era perto do meio-dia e resolvemos almoçar cedo. Fomos num lugar recomendado por uma menina do meu trabalho, chamado Cafe en Seine, que fica no centro perto do St. Stephen´s Green. Eu absolutamente AMEI esse lugar! É um café com uma decoração diferente, cheio de estátuas e abajures, quadros, lustres, sofazinhos, tem vários ambientes, tem bar mas tem comida também.

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Cafe en Seine

Realmente eu recomendo que visitem este café, achei fantástico e adoraria voltar lá. Eu comi um bolinho de peixe com salada de almoço, que estava muito bom, só que por algum motivo me fez mal também. Passei o resto do dia mal do estômago de novo... sempre que eu viajo é um pesadelo achar um lugar pra eu comer, pois ou não gosto das coisas ou elas me fazem mal... por isso que só como em casa ou como sempre as mesmas coisas quando saio, porque sei as que não me fazem mal. Dali eu tentei me recuperar pra gente visitar a Chester Beatty library, uma biblioteca que não é bem biblioteca, mas  uma exposição de artefatos de um colecionador chamado Chester Beatty, que na época dele, há muitos anos, se interessou em comprar e colecionar vários tipos de items como desenhos japoneses e chineses, livros do corão entre várias outras coisas que hoje em dia são valiosíssimas. Ele viajava com a família e comprava esses items. Achei tudo muito interessante, principalmente a arte oriental de desenhar. Tem uns vídeos de demonstração de como a capa de livros era feita antigamente, os diferentes tipos de artistas que eram necessários pra fazer a capa, um pra fazer o desenho, outro pra esculpir certas partes, outro pra fazer a cor etc etc. Trabalhosíssimo, mas por isso o resultado era impecável e lindo.
Depois disso passamos pela Christ Church cathedral, mas só por fora, e eu voltei pro hotel pra descansar e o André continuou a caminhar pela cidade.
Mais tarde eu estava morrendo de fome, mas ainda passando mal do estômago. Pegamos um táxi e acabamos indo numa Pizza Express (é um restaurante que tem por toda a cidade de londres também, que eu absolutamente detesto, pois a comida é medíocre e cara) que era o que tinha de mais conveniente e eu pedi uma salada de atum, e ainda bem que pedi molho separado, pois quando chegou a salada com o molho num potinho dava pra ver que o molho era cremoso. Eu realmente não entendo porque as pessoas têm mania de colocar creme de leite em absolutamente TUDO. Aqui é impossível achar uma sopa sem creme! Até no brasil passei trabalho, pois tudo quanto é molho tem creme de leite. E como não posso comer acabo me dando mal! Pelo menos aqui eles não são de encher tudo de queijo, no Brasil colocam queijo demais em tudo, é um horror!  Se eu fosse presidente iria proibir creme de leite e ar condicionado!
Depois desta janta leve consegui dormir super bem e na manhã seguinte arrumamos tudo pra voltar pra Londres. Tomamos café da manhã no hotel e estava mais ou menos. É bom pra quem gosta de comer ovo e bacon de manhã, o que eu até comi, mas gosto mesmo é de fruta fresca, que infelizmente não tinha.
A viagem de volta foi tranquila e ficamos surpresos que não passamos na imigração quando chegamos em Londres. Não sabia, mas de repente vôos do UK ou Irlanda não passam pela imigração... de qualquer forma isso nos salvou tempo, pois com o fim do feriado de páscoa as filas da imigração estavam absolutamente gigantes! Como só levamos bagagem de mão pudemos ir direto pro metrô e aí pra casa.
Foi uma viagem tranquila e pudemos fazer tudo com calma. Apesar de eu não ter estado 100% eu gostei bastante de Dublin, que é uma cidade super interessante e com muita história e muitas pessoas famosas nativas de lá.

Saturday 7 April 2012

Dublin – Dia 2

No dia seguinte, de café eu comi algo que havia comprado no dia anterior, sempre uma fruta, suco e algum pão, neste caso um blueberry muffin, que eu adoro mas quase nunca como.
Fomos visitar a fábrica da cerveja Guinness, que é uma das atrações turísticas em Dublin. Fomos cedo e foi bom pois não tinha muita gente ainda. Havíamos comprado ingressos pela internet e por isso não pegamos fila. Tem umas maquininihas pra coletar o ingresso baseado no número do pedido e não existe guia na visita, você vai caminhando por vários ambientes e lendo sobre a história e fabricação da cerveja. O lugar é gigante, são 7 andares no total, com bares e restaurantes, além de filmes sobre a história da tal cerveja. Aí numa parte eles dão um pouquinho num copo pra você provar. Eu tomei 2 goles e não consegui mais, é amarga demais!!

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Na fábrica da Guinness


No fim da visita dá pra ir no andar mais alto, que é redondo e com janelas grandes, e dá pra ver a cidade de Dublin lá do alto e você ganha uma pint de Guinness. Eu não quis desperdiçar e pedi um refrigerante hehehe

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André com sua Guinness


Dali fomos caminhando até a catedral de St Patrick´s, que é bem grande e tem um jardim bem bonito atrás, que com as flores da primavera e com sol estava muito bonito. Nós não entramos na catedral, pois já vimos tantas e tinha que pagar quase 10 euros... ao invés disso fomos caminhando na rua do lado da catedral e por acaso vimos uma entrada pra uma casa interessante, que é a Marshal Library, uma biblioteca super antiga e interessantíssima. Pena que não pode bater fotos por dentro, mas as estantes são de madeira original, livros super antigos nelas, tinha inclusive umas "jaulas" também originais, onde as pessoas eram trancadas com livros raros e importantes enquanto os usavam para pesquisa, isso há muito tempo atrás, para evitar roubo. Tinha uma exposição de livros de medicina, todos muito antigos, alguns de 1500, outros indo até 1800. A exposição contava a história dos seus autores famosos, homens que se destacaram na época deles por sua inteligência, alguns com teorias foram adotadas pela medicina por muitos anos. Livros de anatomia que eram como bíblias, usadas por todos os médicos. Realmente essa biblioteca vale a pena ver, e custa 2 euros, uma barganha!!

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Parque de St. Patrick´s Cathedral


Para o almoço nós havíamos visto em 2 revistas, incluindo o guia do lonely planet, que o melhor hamburguer da cidade é chamado Jo´s Burguer e fica num bairro logo fora do centro. Pegamos o ônibus e fomos até lá no lugar. Quando o hambúrguer chegou era gigante e parecia muito bom. Entretanto na primeira mordida eu já vi que não ia dar certo pra mim. É o tipo de hambúrguer pra pessoas que gostam de coisas diferentes, molhos diferentes, gostos diferentes. Achei absolutamente horrível e comi 1/4 dele e passei super mal do estômago o resto do dia. Odiei realmente, e pra variar o André adorou.
Dali nós resolvemos aproveitar que tinha sol e fazer um passeio até uma cidadezinha perto de Dublin chamada Howth, que nos foi recomendada por uma pessoa e também no Lonely Planet e Wikitravel. O trem Dart leva até lá em 20 minutos, e é uma cidadezinha na costa, onde existe muito peixe fresco, tanto que assim que se sai do trem já se sente o cheiro de peixe, mas não é exagerado. Muitos turistas vão até essa cidade pra fazer a caminhada pela costa, que passa por uns morros com uns penhascos ao lado do mar, com vista super bonita. Aqui vou dar as dicas para quem quiser fazer essa caminhada e evitar perder tempo e economizar energia pra caminhada. Assim que sair da estação de trem pegue o ônibus 31 em direção ao Summit, e faça a caminhada descendo pelos morros, que vai te levar de volta ao centro da cidade. COmo não sabíamos disso nós primeiramente perdemos tempo indo até o centro de informação turística que fica numa ponta longe da estação de trem. A mulher nos explicou o caminho para a tal trilha e nos falou que em 1:30 dava pra ir e voltar, se escolhesse não caminhar até o farol. Bom, cruzamos o centrinho da cidade, o que dá uns 10 minutos, até chegar no começo da trilha, que fica no lado esquerdo da cidade, logo ao lado do banheiro público. Tinha sol mas estava longe de estar calor e tinha bastante vento.

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Trilha na cidadezinha de Howth

A caminhada realmente foi muito bonita, com penhascos bonitos e vistas do mar e da cidade de Dublin ao longe no fim da trilha, entretanto s´[o pra chegar até o Summit demorou 1:30 e foi subida o tempo inteiro, com vento ainda foi super cansativo, porque eu ainda estava me recuperando do resfriado. Uma vez que se chega no Summit pode-se escolher ir até um farol, o que demora mais uma meia-hora, só que obviamente não fomos. Ao invés disso entramos na cidade de novo e íamos começar a fazer o caminho de retorno por dentro quando vimos o ônibus 31 chegar. Ficamos esperando uns 20 minutos pois era o ponto final, e aí o motorista começou a conversar com uns locals, bem coisa de lugar pequeno. Depois de pegar o trem voltamos ao hotel pra descansar e mais tarde saímos para jantar. Eu nessa hora estava morta de fome já. Fomos num restaurante italiano numa área bem legal de Dublin chamada Temple Bar, com vários pubs e restaurantes, e onde acontecem as festas. Tomamos um drink, jantamos e voltamos pro hotel. Com comida italiana não tem erro, meu macarrão estava muito bom!

Friday 6 April 2012

Dublin - Dia 1

Neste ano resolvemos viajar pra algum lugar aqui pelos arredores, pra variar. Nos 3 anos anteriores fomos pra mais longe e conhecemos 2 países durante o feriado de páscoa, que com o fim de semana é de 4 dias.
O destino escolhido foi Dublin, na Irlanda. A Irlanda é dividida entre Irlanda do Norte e Irlanda do Sul. A do norte é protestante e faz parte do Reino Unido junto com Inglaterra, Escócia e País de Gales, enquanto que a do sul é católica e não faz parte do Reino unido. É claro que este "desentendimento" religioso causou guerras e mortes, como em vários outros lugares com tais desentendimentos. Quem sabe um dia religião não será mais uma coisa forçada em sociedade nenhuma e cada um terá a crença que quiser (mesmo que seja nenhuma) sem que isso impacte na forma que a pessoa interage com a sociedade.
O hotel que havia sido marcado era o Ibis, onde normalmente ficamos em viagens, entretanto no dia anterior eu estava imprimindo mapa de como chegar no hotel e reparei que a localização era bem ruim. Não só era longe do centro da cidade como era também longe da estação mais próxima. Então comecei a procurar outro lugar e achei uma guest house muito bem falada no tripadvisor chamada Ariel House, e acabei marcando com eles. Apesar de termos perdido o dinheiro do Ibis, que havia sido pré pago sem eu saber ou lembrar, valeu a pena, pois esse lugar que ficamos era de localização muito boa, confortável e com ótimo atendimento.
O vôo de Londres até Dublin é super rápido, 40 min, como de Floripa até São Paulo. Não existem trens conectando a cidade com o aeroporto, mas existem várias empresas de ônibus, algumas particulares e tem também público. Nós pagamos 14 Euros por pessoa pra ida e volta do aeroporto até uma rua super perto do nosso hotel.
Como sempre eu estava meio doente, então uma vez no hotel ficamos descansando no quarto até perto das 3 da tarde, e aí fomos até o centro da cidade. Existe um trem chamado DART, que fica ha 30 seg. de caminhada do nosso hotel e em menos de 10 te deixa no centro da cidade.
Uma vez lá caminhamos pela principal rua, que liga a OConnels com a Grafton. Eu tava com fome e almoçei na McDonalds, e depois caminhamos até Trinity College, a universidade de Dublin.

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Trinity College

Não é tão bonita como as de Cambrige, mas tem seu charme. A biblioteca dessa universidade tem um livro muito famoso, o Book of Kells, que é super antigo e como qualquer livro antigo o tema é religião e este livro foi feito por monges lá pelos anos 800 e tem várias ilustrações lindíssimas. É uma grande atração turística, mas não vimos. Isso porque lemos num guia que você paga 10 euros e vê por menos de 30 segundos o tal livro, então melhor saber que existe e que está lá e ver fotos pela internet.
Caminhamos pela Grafton road, a rua de compras, até o parque St. Stephens Green, que estava todo florido. Pena que o tempo estava ruim, mas isso não impediu vários irlandeses de estarem sentados na grama do parque aproveitando a primavera, que é florida, mas gelada.

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St Stephen’s Green


Caminhamos pelas ruas ali por perto mais um pouco e jantamos num lugar chamado Bewleys bem ali no centro e eu comi uma salada caprese, algo mais leve pra não dormir de barriga cheia.
Uma vez de volta ao hotel ficamos na salinha do lado da recepção, que era super aconchegante com sofás, lareira, café, chá e biscoitos. Tinha um piano de cauda super antigo e bonito. Tentei tocar umas músicas mas estava extremamente desafinado. Fui na recepção perguntar se pensavam em mandar afinar, mas a moça falou que já tinham tentado mas que está tão antigo o piano que infelizmente não é possível.
Saudades de ter um piano...

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Lounge no nosso hotel