Wednesday 30 December 2015

Berlin I

O lounge do aeroporto de Krakow era pequeno mas muito bem abastecido, com salada e sanduiíches bem gostosos. Chegamos tarde em Berlin e fomos direto pro hotel. Nos hospedamos no Ibis do lado da estação principal. Por eu ter viajado bastante a trabalho ano passado eu acumulei pontos o suficiente pra termos um upgrade de quarto e foi bom termos um quarto maior com late check-out.
Foi muito bom estar em Berlin de novo. A estadia foi curta mas adorei ter revisto alguns dos amigos que eu fiz quando morei lá em 2013, principalmente a minha amiga Suzanne. No dia seguinte a nossa chegada de manhã visitamos o bairro de Prenzlauer Berg, onde morei por 4 meses em 2013. Foi legal ter visto a “minha” rua, o prédio onde eu morei e os lugares que eu ia ali perto. Bem na esquina tem uma academia bem legal agora! Infelizmente o café que eu gostava de ir, o Zuckerstück, estava fechado para férias, mas fui no shopping comprar algumas coisas na Rossman.
Nós almoçamos com a Dorotheia, a menina que me hospedou por uma semana quando eu chegue em Berlin aquela vez. Almoçamos num restaurante de comida típica de Berlin no bairro de Nikolaiviertel, bem perto do centro. Ela foi com o namorado dela, que não fala inglês, e o André por sua vez não fala alemão, então ficamos alternando entre os 2 idiomas para que todos entendessem a conversa. Foi bom pra praticar. A comida deixou muito a desejar devo dizer, e foi bem cara.
De tarde visitamos um mercado de natal que ainda estava em funcionamento, perto do Ku’Damm. Era bem grande e bonito, bem mais tradicional que Winter Wonderland. Agora entendi porque os alemães que conheci em Londres reclamam do Winter Wonderland, pois nem se compara com os verdadeiros mercados de natal da Europa continental… Estava MUITO frio, sensação térmica de –8, e eu tomei um chocolate quente pra me esquentar.
Chocolate quente no mercado de natal pra esquentar

Depois disso fomos pro hotel descansar e mais tarde fomos até Schöneberg, onde mora a minha amiga Suzanne e onde tem o bar Blues Garage, onde eu customava ir com ela nas quintas a noite pra ver jam session, que eu adorava. Foi muito legal, colocamos o papo em dia e jantamos comida tradicional alemã DELICIOSA, por menos da metade do preço do restaurante do almoço. O André gostou muito e entendeu porque eu gostava tanto daquele lugar.

Eu e a Sue no Blues Garage

Tentando não congelar no frio de -8

Tuesday 29 December 2015

Slovakia

No segundo dia nós resolvemos aproveitar o fato de que estávamos de carro e também de que a Slovákia fica menos de 2 horas de viagem pra conhecer outro país, mesmo que por algumas horas. Saímos de manhã e fomos contornando as montanhas Tatras, passando por várias vilas no caminho que vivem do turismo de inverno. Pela falta de neve algumas das pistas dentre as dezenas que vimos pelo caminho haviam feito neve artificial  e numa faixa pequena da montanha, bem embaixo, era possível esquiar. Haviam algumas pessoas esquiando nesse lugares, mas achamos que não valia a pena pra nós. Passamos pela vila da Zdiar, bem pequena e vazia pela falta de turistas, e fomos em direção a cidade de Poprad. Ficamos cerca de meia hora nessa cidadezinha, que sinceramente não tem nada demais e não demoramos a continuar viagem. Nesta hora havia bastante sol, diferente de Zakopane que estava nublado. Seguindo viagem pela paisagem ensolarada, do nada vimos uma nuvem gigante na nossa frente, bem na direção onde estávamos indo. Achamos que passaríamos a nuvem e logo sairíamos do outro lado, mas não foi o que aconteceu. Estávamos na verdade indo em direção a um vale que a nuvem estava cobrindo.
Lá embaixo estava tudo encoberto e visitamos a cidade de Spisska Nova Vez, Também não era grandes coisa, mas mais interessante que a cidade de Poprad. Caminhamos pelo centro por uns minutos e queríamos almoçar por lá, entretanto infelizmente não encontramos nenhum lugar que nos agradasse e que não tivessem cheiro insuportável de cigarro. Acabamos só comendo um strudel com chá num café ali no centro e resolvemos voltar logo pra Zakopane. Nossa opinião é que a Eslováquia é interessante pra quem quer fazer passeios ao ar livre e curtir o lado natureza, pois mesmo a capital (pelo que vi em fotos) não se compara com as demais cidades européias.
Uma vez lá fizemos uma massagem relaxante por um preço bem mais em conta que em Londres.


Cidade de Spisska Nova Vez, na Eslováquia

Monday 28 December 2015

Zakopane

No nosso primeiro dia inteiro em Zakopane nós fomos no centro de informações ver que tipo de coisa poderíamos fazer que não envolvesse neve, na falta da mesma. Acabamos visitando a montanha Kasprowy Wierch, uma das principais da cadeia das Tatras. Dirigimos até um estacionamento cerca de 10min do centro e de lá precisa-se caminhar por cerca de 20 minutos até a base da montanha ou pegar uma mini van. Da base da montanha pega-se um bondinho que sobe até o topo da montanha, que está a mais de 2 mil metros de altura. Lá em cima havia um pouco de neve, o que deixou a paisagem bonita, ainda mais com o sol brilhando.
Montanha Kasprowy Wierch

Na real havia mais gelo do que neve, e ficamos surpresos de certas áreas da montanha estarem abertas para acesso de quem não tinha o equipamento necessário pra caminhar no gelo, incluindo nós. Começamos a caminhar pela montanha e certas áreas bem do lado de uma descida super íngreme e sem rede de proteçao, eram gelo puro e era impossível caminhar sem escorregar. O certo era ter aquele acessório com pontas embaixo pra colocar no sapato pra caminhar no gelo, mas só percebemos isso depois de termos começado a caminhar. O jeito foi ir bem devagar e tentar colocar o pé em lugares “seguros” pra não despencar lá de cima e voltar até onde o bondinho nos havia deixado. A vista lá era bem bonita e foi um passeio legal.

Depois disso nós fomos fazer uma caminhada num ouro lado da montanha, que nos levou até uma cachoeira.
Trilha pelas montanhas Tatras

Pra ser sincera o caminho até lá, a trilha em si, foi mais interessante do que o final, pois não havia muito volume de água por ser inverno.

                                                     Trilha pelas montanhas Tatras

Diz que o melhor é ir a primavera, quando o degelo eleva o volume de água bastante. Logo começou a escurecer (inverno é uma droga por isso) e voltamos pro hotel pra descansar. Jantamos no restaurante do hotel, que era bem gostoso. Eu comi um pierogi russo, que é tipo um ravioli de batata com bacon e cebola, bem gostoso. Comi também o queijo Oscypek, típico daqui e muito gostoso, além de uns copos de vinho da casa.

No restaurante do Hotel Sabala, esperando a janta

Friday 25 December 2015

Festas de fim de ano

O natal este ano passamos aqui em Londres mesmo, com um casal de amigos que moram no sudeste de Londres. A menina é brasileira e o marido é argentino e é cozinheiro. Juntando ele com o André deu uma ceia brasileira/argentina deliciosa. Comemos um monte todos nós! Foi muito legal ter passado o natal com eles no dia 24 de noite.
Dia 25 nós viajamos pra Polônia. Nosso plano era esquiar nesta cidade famosa na Polônia por ser perto das Tatras Mountains, onde no inverno pode-se esquiar e no verão existem várias trilhas pelas montanhas, sempre com muitos turistas de várias partes do mundo. O que nós não esperávamos quando marcamos a viagem em setembro é que o começo do inverno não seria frio o suficiente para dar neve e o resultado é que não conseguimos esquiar. Foi minha segunda tentativa frustrada de esquiar aqui na Europa, pois lá por 2010 nós fomos até Insbruck na Áustria pra esquiar, mas eu estava tão doente que não pude quase sair do hotel. No fim de semana anterior a viagem nós vimos a previsão do tempo e decidimos então alugar um carro, que acabou sendo a melhor coisa que fizemos dadas as circunstâncias, pois ficamos livres pra ir e vir quando quiséssemos. Chegamos em Krakow dia 25 de noite, depois de escala em Berlin e atraso no vôo. Ao chegarmos no hotel às 9 da noite, o restaurante estava fechado e nós com fome. Eles no hotel foram legais e fizeram um sanduíche bem gostoso, que eu comi de janta, antes de sairmos pra dar uma volta pelo centro de Krakow. Eu imaginava que seria igual a Londres, onde no dia de natal quase nada é aberto. Fiquei surpresa em ver que o centro da cidade, onde tem a praça principal, estava com vários restaurantes abertos e tinha ainda um mercado de natal com várias barraquinhas vendendo comida. O André acabou pedindo Bigos, que é uma carne assada com batatas, que eu provei e estava deliciosa.

Praça central de Krakow no dia de natal

Caminhamos rapidamente pela praça principal e não demoramos a voltar pro hotel pra descansar depois de ter passado o dia viajando.
No dia seguinte fomos tomar café da manhã no Costa, que abriu em Krakow em algum momento depois da minha visita lá, pois da outra vez que estive na cidade não lembro de ter visto nenhum. Estava um dia de sol bonito e eram mais de 11 da manhã quando nos pusemos ao caminho e Zakopane.
A viagem durou cerca de 2 horas e por sorte não ficamos presos no trânsito legendário pra chegar ate Zakopane, que lemos em algum lugar ser principalmente ruim no verão. Uma vez instalados no hotel, localizado bem no centro de Zakopane, demos uma volta pelo centrinho onde tem a rua de pedestres que estava cheia de pessoas, lojas, restaurantes e cachorrinhos de roupinha passeando com seus donos, as coisinhas mais queridas!
Tomei uma sopa de verdade num restaurante lá, bem diferente das sopas horríveis feitas com creme de leite aqui na Inglaterra, e os preços lá são bem acessíveis quando se compara com Londres.

As casas em Zakopane são todas como se fossem casas de bonecas, com telhados pontudos e bem inclinados pra evitar o acúmulo de neve, e são em sua grande maioria de madeira com algumas partes trabalhadas na própria madeira, o que deixa a cidade bem charmosa. Com neve deve ser muito mais bonita ainda!
Vista do nosso hotel em Zakopane