Monday 29 September 2014

Highgate Cemetery

Um desses dias que o André esteve me visitando em Londres resolvemos fazer um passeio que estávamos pra fazer há tempo e nunca havíamos ido. Pra começo de conversa nunca passeamos pelo norte de Londres e eu havia ouvido falar de lugares interessantes lá, e como Highgate fica por aqueles lados nós visitamos o cemitério e Hampstead.
Era um dia de sol bem bonito de temperatura agradável e isso deixou o passeio mais interessante com certeza. Pra se visitar este cemitério deve-se marcar horário pela internet com antecedência, a não ser que a visita seja num fim de semana. Neste caso tem que ir pra lá e entrar na fila pra comprar o ingresso pra próxima tour com ingresso disponível.
O cemitério é composto de duas partes, a parte leste e a parte oeste. A parte leste é que precisa de ingresso pro tour (a única forma de visitar esta parte é comprando este tour, que nos custou 12 libras por pessoa), e é a parte mais interessante do passeio, portanto vou relatar esta primeiro.
Este cemitério foi construído na era vitoriana e ficou abandonado por muitos anos. Sofreu com vandalismo, roubo e a vegetação tomou conta do cemitério. Hoje em dia o cemitério é mantido pelos ingressos do tour e por voluntários, e é também um cemitério em operação, o que significa que pessoas ainda são enterradas lá, mas em túmulos menos imponentes do que as antigas que fazem o passeio valer a pena. Como era o caso antigamente, hoje em dia somente os ricos conseguiam pagar pra ser enterrados lá, pois custa um mínimo de 10 mil libras para tal (a guia não quis me dar um valor, só falou que era de 5 dígitos).
A vegetação que cobre a maior parte do cemitério deixa o lugar sombrio e mais em consequencia também mais interessante. A guia foi explicando a história de pessoas interessantes que estão enterradas lá (não são famosas), ou às vezes a pessoa nem foi interessante, mas a sua túmulo é interessante ou porque tem um formato único ou alguma estátua ou até mesmo sua própria capela, como é o caso de algumas famílias que até pagaram um pintor pra decorar o teto da capela onde uma menininha muito jovem morreu de alguma doença.



Árvore na ilha elevada
Vegetação selvagem cobrindo boa parte do cemitério
André na frente do corredor egípcio

 
Eu gostei de uma parte onde tem uma árvore muito grande no meio de um tipo de ilha. Essa árvore fica bem em cima dessa ilha, que é cercada não por água, mas por capelas funerárias.
Infelizmente meus dotes literários me impedem de descrever o lugar merecidamente, então espero que algumas das fotos ajude quem está lendo a ter uma idéia da atmosfera do lugar.
Depois de terminado o tour, que dura cerca de 50 minutos, nós fomos visitar o lado oeste do cemitério. O ingresso pra este lado custa 4 libras e está incluso no ticket to lado leste. Este lado não é tão interessante, mas também vale a pena dar uma chegada.
É um parque bem grande, também tomado por vegetação, mas sem a sensação lúgubre, sombria e misteriosa do outro lado. Acho que a coisa mais famosa deste lado é o túmulo de Karl Marx. Mas quem conhece personalidades inglesas vai reconhecer outras, como o pai da Virginia Woolf. Por ser outono muitas plantas estavam começando a mudar de cor e isso deixou o cemitério charmoso em alguns lugares.
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Alguns túmulos interessantes do lado oeste
Túmulo de Karl Marx
Cores de outono enfeitando o cemitério
Eu no passeio

Depois desta visita ao cemitério nós caminhamos até o bairro de Hamstead, um bairro onde moram celebridades e pessoas de bastante dinheiro. Almoçamos num pub e fomos caminhando até o parque de Hamstead Heath. No caminho passamos pela casa do famoso escritor Keaths, que é também um museu mas não chegamos a entrar. Esse parque é bem grande e tem algunas laguinhos. Inclusive tem um que dá pra nadar durante os dias de muito calor.
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Hampstead Heath
Eu adoro caminhar pelos parques de Londres, então apesar de já estar cansada de tanto caminhar não desanimei e conseguir subir até Parliament Hill e ver Londres de longe.
Foi um passeio bem legal e eu recomendo que as pessoas visitem este lado da cidade, principalmente o cemitério de Highgate.

Monday 22 September 2014

Dubrovnik–Croácia–Dia III

Na verdade não tivemos um terceiro dia inteiro, mas somente metade. Entretanto estava um dia absolutamente PERFEITO para um banho de mar. Só que claro que não tivemos tempo de fazer isso… Saímos pra passear perto do hotel e caminhamos pela orla ao lado da praia, que passava do lado do mar e a cada tantos metros tinha um lugar pra descer até o mar, com vista pra água cristalina.

Eu não me conformei que tínhamos que ir embora justo neste dia, parece tao injusto!!! Nos sentamos num pier e ficamos com os pés na água, que estava com a temperatura perfeita pra um mergulho.
Infelizmente ao meio-dia tivemos que pegar nossas coisas e deixar o hotel, pegar o ônibus até o terminal principal de ônibus, onde trocamos pra outro ônibus até o aeoporto, onde almoçamos e esperamos até o nosso vôo pra Zagreb, e finalmente nossa conexão super apertada até Londres.
A Croácia foi o último país que eu visitei da lista de países que eu fiz quando cheguei na Europa. Nem preciso dizer que já comecei outra e mal posso esperar pra próxima viagem, principalmente se for no mediterrâneo, que tem um charme especial.
https://www.youtube.com/watch?v=YCChjuln_Js&feature=youtu.be

Sunday 21 September 2014

Dubrovnik–Croácia–Dia II

No nosso segundo dia tínhamos a opção de alugar um carro ou pegar umas das dezenas de excursões e conhecer parte da Bósnia ou de Montenegro, ambos duas de viagem de Dubrovnik. Eu estava super empolgada pra fazer isso, mas seria bem corrido e resolvemos ficar em Dubrovnik pra relaxar, afinal férias serve também pra descansar e não só ficar correndo de um lado pro outro o tempo inteiro.
Depois do café da manhã fomos pra praia, que ficava menos de 2 minutos do hotel. A praia é de pedrinhas, e 90% dela é ocupada por cadeiras e guarda-sóis pra alugar, o que é o calo das cidades do mediterrâneo (principalmente as frequentadas por turistas alemães). Como chegamos cedo conseguimos deixar nossas coisas numa parte que tinha espaço e ficamos ali aproveitando a praia. O tempo não estava 100% e tinha um vento meio chato, mas quando o sol saía ficava calor e nós conseguimos até nadar, pois a água ali era bem agradável, ao contrário do gelo que pegamos em Hvar.

Eu na praia em Lapad
Uma vez no hotel tomamos banho e almoçamos num dos restaurantes que tem na área do lado do hotel, que é um caminho largo para pedestres com vários bares e restaurantes. Escolhemos um restaurante pra beliscar algo e achei legal que estes restaurantes têm mesinhas na rua com cadeiras suspensas, que dá pra balançar. Achei isso o máximo e pensei por que será que ninguém teve essa idéia em Floripa. Se eu fosse empreendedora eu abriria um lugar parecido lá e daria o nome de Balança, mas não cai. hahahaha
A comida não estava espetacular e o serviço foi um lixo. Não dá pra acertar sempre…
Voltamos pro old town e visitamos as partes que não havia dado tempo de ver no dia anterior, incluindo um museu sobre guerra que o André queria muito ver. Eu fui junto e foi muito interessante Aprendi bastante sobre a guerra naquela área do mundo, que foi relativamente recente. Lendo e vendo fotos sobre a guerra da Bósnia eu percebi que sempre que alguém vem com uma idéia de “unir” países diferentes para como se fossem o mesmo, com a desculpa de facilitar o comércio e o governo, acaba em guerra e descontentamento. Foi o que aconteceu com a URSS, a Bósnia, e está de certa acontecendo na união européia (mas sem guerras. Ainda bem que na europa ocidental a diplomacia ainda reina quando se trata da união européia). O que acontece é que as pessoas têm culturas diferentes e idéias diferentes do que elas querem pro seu país, então forçar países a se unir pra formar 1 só pais é uma idéia muito infeliz. Não só começa a causar descontentamento entre as pessoas umas com as outras, mas é mais difícil de governar um país maior com tantas culturas diferentes. Recentemente a Escócia teve um referendo pra se separar do Reino Unido. O resultado foi próximo, mas acabou que a maioria votou pra continuar parte do Reino Unido (e vendo um documentário semana passada eu percebi que grande parte do motivo que resolveram ficar foi que grandes instiruições financeiras falaram que iam deixar a Escócia caso o resultado fosse a separação, e acabou que as pessoas ficaram com medo de perderem seus empregos e votaram pra ficar parte do UK.). Entretanto os motivos pelos quais muitas pessoas queriam a separação não era nem cultural, mas o fato de que na Escócia eles são um pouco mais socialistas e preferem um governo mais de esquerda, enquanto que quem está governando no momento é o partido conservador. Lá eles querem continuar na união européia, enquanto que na Inglaterra a maioria das pessoas quer sair, pois mais problemas sociais começaram e a Inglaterra quer autonomia pra tomar suas decisões sem ter que aprová-las junto ao parlamento europeu. Eu iria achar uma pena a Inglaterra sair da uniao européia, mas eu realmente entendo porque muita gente está descontente. Acho importante os países terem bom relacionamento e aliviarem barreiras para o comércio, mas mais importante é cada país continuar com sua cultura e autonomia. Tolerância com outras culturas é bom, mas perda de identidade não é.
Mas voltando a Dubrovnik, depois da visita ao museu nos sentamos na praça principal do old town e ficamos um tempão people watching e tomando sorvete.
Conforme falei no post anterior, havíamos combinado de voltar no mesmo restaurante do dia anterior pra janta e assim o fizemos. Desta vez eu comi um prato com vários frutos do mar, mas que não estava tão delicioso quanto o do dia anterior, mas mesmo assim foi bom, e os preços eram bem razoáveis.

Saturday 20 September 2014

Dubrovnik–Croácia–Dia I

A viagem de ônibus até Dubrovnik foi meio frustrante, pois além de termos começado o dia muito cedo, havia bastante gente no ônibus e algumas pessoas tiveram que ficar em pé por parte do tempo. O ônibus entrou numa car ferry e cruzou o mar até o continente, e lá trocamos pra um ônibus com mais assentos, mas mais velho e sem banheiro. O motorista só sabia umas 3 palavras em inglês, portanto impossível se comunicar e perguntar o que estava acontecendo quando ficamos cerca de 15 minutos parados por nenhum motivo aparente.
A estrada que vai até Dubrovnik é pela costa e tem vistas lindíssimas. Com certeza voltarei praquela área pra alugar um carro e conhecer Montenegro, Bósnia e Sérvia!
O ônibus nos deixou no principal terminal de ônibus de Dubrovnik, que fica também ao lado do porto, onde vimos navios de turismo gigantescos! Tivemos que esperar cerca de meia-hora pelo ônibus que nos levaria até o nosso hotel, que ficava na área de Lapad. Quando estava pesquisando hotéis pra viagem o preço dos hotéis na parte antiga da cidade estavam muito caros pelo que ofereciam e resolvi ficar num lugar perto de uma das praias, que chama-se Lapad.
Assim que descemos do ônibus pra procurar o nosso hotel caiu a maior chuvarada! Choveu tanto que as pessoas todas tiveram que se abrigar embaixo de alguma coisa pois parecia que o mundo ia acabar. Esperamos a chuva parar um pouco pra tentar achar nosso hotel, o que felizmente não demorou. Já eram meio-dia e enquanto esperávamos nosso quarto ficar pronto eu almocei alguma coisa no restaurante do hotel, enquanto a chuva ainda caía. Depois de instalados nos arrumamos com o que mais tínhamos de roupa a prova de água (quase nada) e fomos até a parte antiga da cidade.
A chuva maldita continuava (dá pra perceber que eu detesto chuva??) e quando chegamos no old town havia uma multidão de pessoas e guarda-chuvas, o que tornava difícil caminhar, de tanta gente. Entramos num monastério franciscano pra fugir da chuva e depois de pagar um preço exorbitante vimos alguns objetos antigos e a segunda farmácia mais antiga da Europa, ainda em funcionamento, mas obviamente renovada. Foi o único prédio que pagamos pra entrar no old town, pois achamos os preços muito caros e o nosso interesse era ver a arquitetura dos prédios por fora, e não por dentro.
Cidade de Dubrovnik
 
Quando saímos a chuva havia passado, e fizemos uma das 3 caminhadas sugeridas no mapa da cidade fornecido pelo nosso hotel. A caminhada passa pelas principais atrações do old town e nos mostrou que a cidade de Dubrovnik é realmente linda. A cada esquina que dobrávamos víamos um prédio antigo, cada um mais interessante que o outro. Me lembrou a cidade de Veneza, mas é mais compacta. Ficamos umas duas horas caminhando pela cidade e batendo fotos, tentando achar um ângulo pra não aparecerem dezenas de pessoas junto na foto, e nisso o tempo foi melhorando.
Passeando pelas ruas de Dubrovnik


Quando chegou no fim da tarde estava o maior sol e calor.
Resolvemos então caminhar pela muralha que circunda a cidade, que é uma das atrações turísticas mais cheias, e por isso recomendamos fazer o passeio ou de manhã cedo ou no fim da tarde. Esta é a melhor atração turística da cidade e a que mais recomendo que se visite.
Cidade de Dubrovnik vista da muralha

As vistas que se tem da cidade são maravilhosas e a caminhada pela muralha dura cerca de 1 hora, mas a cada momento a gente parava pra tirar várias fotos, pois a vista era mesmo de tirar o fôlego: os telhados das casas com as cúpolas das igrejas e o mar ao fundo. O fato de ter saído o sol relamente ajudou a deixar esta parte do passeio especial.
Retornamos para o hotel e depois de um banho jantamos num restaurante que o André havia lido boas recomendações, chamado Atlantic Kitchen, que ficava muito perto do nosso hotel, então super conveniente de chegar. A comida estava simplesmente deliciosa! Eu comi uma massa e o André uma salada de salmão e os ingredientes estavam frescos e tudo foi muito bom, tanto que combinamos de voltar no dia seguinte.
Uma vez bem alimentados voltamos pro hotel e fomos dormir logo depois das 9 da noite, de tão cansados que estávamos.

Friday 19 September 2014

Korčula–Croácia

No dia seguinte depois do café da manhã fomos até o terminal e ferry pegar a balsa pra ilha de Korčula (Se fala Kôrtchula). Foram um pouco mais de 2 horas de viagem e uma vez lá fomos direto no centro de informação descobrir como fazer pra chegar no nosso hotel (que não ficava no centro da cidade, mas numa vila chamada Lumbarda) e como chegar a Dubrovnik no dia seguinte. Munidos de alguma informação deixamos nossa mala numa agência turística ali no centro (sem a menor segurança, qualquer um poderia chegar e levar a mala) e começamos a caminhar pelo centro histórico. Eu havia lido que Korčula é uma mini Dubrovnik com menos turistas. As ruazinhas estavam quietas e o centro antigo era charmosinho até, mas bem pequeno. Em menos de 30 minutos vimos tudo e resolvemos então parar pra almoçar. Não conseguimos achar o restaurante que havíamos pesquisado e acabamos nos sentando num logo na entrada do centro antigo (O restaurante chama-se Gradski Podrun). Havia música e cadeiras na sombra, e pedimos uma entrada de queijo e pratos de frutos do mar. Havia somente uma garçonete que não estava dando conta, e o resultado é que esperamos mais de meia-hora pela comida. Entretanto deve ter sido a melhor refeição que eu comi na viagem. Os peixes que vieram estavam frescos e deliciosos e os vegetais cozidos estavam bom também. Eu adorei o queijo de Pag (feito numa ilha Croata chamada Pag), deve ter quase nada de lactose-gordura. Pena que não achei pra comprar pra trazer pra Londres…
Cidadezinha de Korcula
Eu na entrada da cidade, do lado de fora
Andre na entrada da cidade, do lado de dentro
Eu e Andre passeando por Korcula
Melhor almoço da viagem
Andre num dos vinhedos em Lumbarda

Depois do almoço pegamos um táxi até a região de Lumbarda, onde nos hospedaríamos. O plano era pegar um ônibus, mas precisaríamos esperar 2 horas até o próximo. Na verdade ficamos num B&B. A dona foi muito gentil e nos deu dicas do que ver ali perto e nos deu idéias de como chegar a Dubrovnik no dia seguinte. Fomos caminhando pra umas praias que ela falou que era muito bonita, e que eu havia lido que eram as melhores praias de areia da ilha. O bom foi ter caminhado pelos vinhedos, pois a região de Lumbarda é produtora de vinho, mas as praias em si não eram nada demais. Era praia pra alemão, pois alemão que gosta de qualquer faixa ridícula de areia e chama de praia, mas pra quem cresceu numa ilha num país tropical, minha idéia de praia com areia é bem diferente. Nem ficamos muito ali, mesmo porque o tempo não estava convidativo. Não choveu, mas estava ventando bastante e muitas nuvens no céu. Voltamos pro nosso B&B e resolvemos jantar lá mesmo. Eu comi uma sopa de peixe e uma salada e o André comeu uns camarôes. Estava tudo muito gostoso, e nos deram um copinho de um tipo de cachaça feito ali, que era super forte, mas bem boa.
Mais vinhedos durante nossa caminhada pelo campo
Cheers! Eu experimentando o drink local
Adeus Korcula!

Não demoramos a ir dormir, pois no dia seguinte a viagem a Dubrovnik começou às 6:15 da manhã… Madrugamos…
Sinceramente, o melhor teria sido ter ido direto pra Dubrovnik no dia anterior, no ônibus que sai de Korčula às 3:45 da tarde, pois não achamos que valeu a pena ter ido pra Lumbarda. Eu não recomendo. O centrinho de Korčula é bonitinho, mas se o tempo for curto recomendo ir direto a Dubrovnik.

Wednesday 10 September 2014

Hvar–Croácia

No dia seguinte acordamos cedo e fomos pegar a ferry que nos levaria até a ilha de Hvar. Seguimos o conselho que lemos na internet e chegamos uma hora antes da ferry sair, com a diferença que havíamos comprado os tickets no dia anterior. Fomos os primeiros a chegar, e tirando os ingleses o resto do mundo não sabe fazer fila, então ficou todo mundo amontoado esperando o embarque. Mesmo assim conseguimos assento na janela, e depois de 2 horas de viagem vimos a ilha de Hvar aparecer aos poucos na janela. O dia estava lindo e a chegada nos deu vistas muito bonitas.
A Ilha de Hvar é muito famosa no verão por ter muitas festas e iates. Como já era fim do verão não havia mais tanta festa ou tanto turista, mas ainda sim o suficiente pra ter restaurantes e lojas abertos, sem muita multidão.
Eu marquei pra gente um aparthotel que ficava cerca de 15 minutos de caminhada do centrinho de Hvar passando pela orla, então uma caminhada muito agradável. O André que levou a mala pesada, coitado, e ainda teve que levar até o terceiro andar pela escada pro noss quarto. Ainda bem que ele é grande e forte hehehe
O apartamento que eu marquei tinha 2 quartos de casal, 2 banheiros, uma cozinha e tinha ainda uma sacadinha, muito bom pra quem tem família. Foi bom termos aquele espaço todo (marquei numa promoção e era o único quarto que havia sobrado. Era mais barato que um quarto individual). Largamos as malas, nos trocamos e fomos direto pra uma prainha perto do hotel. A faixa de “areia” era minúscula e mesmo assim haviam 3 espreguiçadeiras ocupando 90% do espaço, então sobrava um espaço minúsculo pra quem queria extender sua toalha ou canga. Em Floripa reclamam que os beach clubs de jurerê ocupam espaço na praia (que é gigante comparada com aquela) enquanto que ali beira ao absurdo.
Na real eles aproveitam cada espaço do lado do mar pra pôr cadeiras de praia, até em cima de pedras, inclusive muitas vezes as cadeiras ficam tortas em cima da pedra e o pessoal ainda paga uma fortuna pra usar 2 cadeiras e um guarda-sol.


Eu na pracinha principal de Hvar, logo na chegada
André no mar gelado
E depois se esquentando no sol
Eu no almoço

Resolvemos mudar de praia e fomos na frente de uma com um faixa de pedra maior, bem na frente de um hotel grande e chique. Tinha várias pessoas nadando e o André foi nadar. Eu resolvi entrar, mas não consegui passar de água na canela de tão fria! Em Split eu acabei comprando um sapato de entrar no mar. Isso é muito comum aqui na Europa, pois as praias do mediterrâneo são na sua grande maioria cheia de rochas e pedras e isso machuca o pé. Por isso resolvi comprar o tal sapato, que nem era caro, cerca de 5 libras, e fiquei usando o tal sapato a viagem inteira sempre que entrava no mar, e realmente ajuda bastante.
Ficamos um bom tempo naquela prainha e resolvemos almoçar num restaurante ali na beira do mar mesmo, que era super agradável com mesas e cadeiras embaixo de árvores grandes que deixavam o ar fresco. Eu comi uma pizza e ficamos um tempão ali sentados conversando e aproveitando o lugar e o clima e a companhia um do outro. 
Caminhamos então pelas redondezas vendo outras praias da área e fomos até o centro de Hvar. O centro é bem bonitinho e pequeno. Tem uma praça com restaurantes e uma igreja e várias ruazinhas.
Hvar2
Eu numa das praias de Hvar
Cadeiras de praia em cima de rochas
André na frente do porto
Centrinho de Hvar

Subimos então até a fortaleza, que são cerca de 20 minutos de caminhada inclinada, mas sem dificuldade para nós. Pelo caminho conseguíamos ver a cidade e o porto de Hvar. Uma vez lá em cima a vista era ainda mais bonita e com o sol brilhando nos sentamos num banco e ficamos admirando a vista e batendo fotos. A fortaleza em si é bem interessante e bonita. Exploramos um pouco e começamos a descer o morro novamente, até chegar na praça principal, onde nos sentamos num restaurante turístico e eu jantei um macarrão com frutos do mar que não estava muito bom.

Eu na subida pra fortaleza
Vista da cidade de Hvar na subida
André descansando e aproveitando a vista
Vista uma vez na fortaleza

Voltamos pro hotel pra descansar e mais tarde nos arrumamos pra ir num beach bar ali perto do hotel. Havia um cerca de 10 minutos de caminhada bem na beira do mar. Tinha DJ tocando e bastante gente, e muita gente bêbada. Tomamos um drink e não muito tempo depois a música parou e o bar começou a fechar. Perguntamos por que tão cedo (era 11 da noite) e nos falaram que fora da temporada de verão eles têm que fechar naquele horário. Esse foi o fim do nosso primeiro dia em Hvar.
Nosso segundo dia em Hvar foi absolutamente horrível por causa do tempo. Saímos de manhã pra comprar ingressos pra ferry do dia seguinte e logo começou a cair a maior tempestade. Nosso plano era de pegar um barco pra visitar as ilhas de Vis e Bol, mas isso não aconteceu. Ficamos um tempo sentados nos protegendo da chuva que não passava. Tivemos que voltar pro hotel embaixo da chuva e chegamos lá completamente encharcados. Só saímos pra ir no super mercado perto do hotel comprar coisas pra fazer almoço e janta. Nunca vi uma chuva tão forte e persistente como aquela, absolutamente abominável. Eu odeio chuva!!!!! Havíamos pensado em alugar um carro pra ver o resto da ilha (existem outras vilas e cidadezinhas lá), mas a chuva estava tão forte e persistente que resolvemos não fazer isso.
Ficamos no hotel vendo filmes e comendo e bebendo vinho.

Tuesday 9 September 2014

Split–Croácia

Finalmente depois de 6 anos na Europa visitei a Croácia. Quando eu cheguei em Londres em 2008 fiz uma lista dos países que eu queria visitar, e a Croácia era um deles.

Voamos para a cidade de Split. Devido a atrasos em Gatwick (novidade) chegamos no hotel em Split já perto da 11 da noite. Nosso hotel chamava-se B&B Kastel e era super bem localizado, bem na cidade antiga, o que significa que era perto de todas as atrações turísticas e restaurantes. Já era bem tarde e quase tudo estava fechado, mas achamos uma pizza joint ali perto do hotel e comemos cada um uma fatia de pizza, bem ruim por sinal. Fomos dormir pra logo começar a explorar a cidade de manhã cedo.

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Vista da janela do nosso quarto

A principal atração turística é o Diocletian Palace, que trata-se de uma área da cidade antiga circundada por um muro. Ali dentro caminha-se pelas ruazinhas estreitas e vê-se construções super antigas, includindo palácios de famílias importantes de muito tempo atrás, capelas, a catedral de Saint Domnius, entre outras coisas.

Como sempre nós tínhamos o guia do lonely planet que peguei na biblioteca aqui em Londres, e um mapa pego na recepção do hotel, e munidos disso decidimos um roteiro de visita, que começou pelo Golden Gate e foi descendo até o Bronze Gate. O Diocletian Palace possui 4 portões (o de Silver e o de Iron além dos que eu já mencionei) e entre eles são um labirinto de ruazinhas estreitas e charmosas como nas cidades antigas aqui da Europa.

 

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Um dos palácios em Split
Lindas flores
André batendo foto com a torre da catedral atrás

Tinha bastante turistas pelas ruas principais, e o fato de estarem filmando o tal Game of Thrones ali fez com que tivesse bastante gente na praça principal do lado da catedral. Nunca vi esse programa, mas se um dia eu vir vou reconhecer os lugares que eu visitei.

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Praça principal de Split com as pessoas tentando acompanhar as filmagens

Logo fora da muralha do Diocletian Palace vimos um mercado de rua vendendo verduras, vegetais e frutas, tudo bem fresco. Havia lido que na Croácia fresh produce é super comum e é quase tudo orgânico, o que faz a comida ser bem gostosa.

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André com seu chapéu novo no mercado em Split

Falando em comida almoçamos num restaurante bem recomendado no trip advisor e lonely planet, mas como sempre tudo o que fica famoso perde o charme e a qualidade, e a comida não estava nada demais. Depos do almoço fomos pro hotel descansar e mais tarde, como estava bem calor resolvemos ir pra praia.

Uns 2 km do old town fica a praia de Bacvice, que era a de mais fácil acesso. A faixa de areia é pequena (dizem que no verão fica lotada), mas tem também uma parte de concreto onde as pessoas extendem suas toalhas e ficam pegando sol na beira do mar. Nos sentamos ali e eu resolvi entrar no mar pra caminhar. A água é bem rasinha por vários metros antes de começar a afundar e eu fiquei caminhando na água refrescante vendo as pessoas jogar Picigin, um esporte típico da Croácia, jogado dentro do mar com uma bolinha pequena.

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Cidade de Split vista de longe
Eu com a praia de Bacvic ao fundo
Um dos portões do Diocletian palace visto de noite

Depois de termos pegado bastante sol voltamos pro hotel pra um banho e saímos pra tomar um vinho e jantar. Não conseguimos achar o lugar onde havíamos planejado ir, deve ter fechado, então acabamos indo numa pizzaria.

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Sentados na rua de noitinha, aproveitando o clima ameno

Depois da janta voltamos pro hotel passando pelas ruas cheias de lojas, restaurantes e pessoas aproveitando o clima ameno do mediterrâneo.

 


http://www.youtube.com/watch?v=J7W0bxkmDkk&feature=youtube_gdata

Saturday 2 August 2014

Alicante–Espanha–Dia 4

No último dia inteiro em Alicante eu cometi vários erros: concordei em visitar uma ilha chamada Tabarca. Pesquisando na internet você encontra blogs e relatos de pessoas falando que a ilha é fantástica, que todos que vão a Alicante têm que conhecer, que é típica e quieta com águas cristalinas e é reserva marinha e isso e aquilo. Certos relatos entretanto falavam que não era tudo isso que a maioria descrevia. Como a Jinny tava "cansada de ficar só na píscina e na praia" eu resolvi ir com ela na tal ilha. Ainda bem que a convenci a pegar o barco de 12:15 ao invés de o de 10 da manhã, pois deu pra tomar café tranquilamente e dormir na beira da piscina um pouco antes de ir. Comprei um sanduíche pra comer na viagem de barco até a ilha e uma máscara de snorkel e fomos pegar o tal barco. Foram cerca de 50min de viagem, nada muito interessante. Durante a viagem o vento levou meu boné pro mar e fiquei sem proteção pra cabeça, ainda bem que estava de óculos escuros e com bastante protetor solar.
A ilha é realmente minúscula como havíamos lido. Vimos a única praia da ilha, que é minúscula e sem atrativo nenhum. Estva a maior ventania que parecia que ia levar tudo. As pessoas na praia tinham que cobrir o rosto pra areia levada pelo vento não entrar no olho. Vimos o centro histórico da cidade, que não tem nada de especial, e fomos até a parte onde as pessoas estavam fazendo snorkelling.
Era extremamente difícil chegar até alguma parte onde desse pra entrar no mar. Não só o vento estava impossível, levando tudo, tinha que ficar caminhanho por cima de pedras, muitas delas extremamente escorregadias. A Jinny queria ir numa certa parte onde tinham várias pessoas fazendo snorkelling (quando penso que ela não chegou lá até achei bom, pois aquela parte era funda e ela não sabe nadar) e eu tentei ir junto, mas desisti no meio do caminho pois eu não tinha sapatilha pra proteger os pés dos corais e as pedras escorregadias e o vento fizeram disso uma experiência horrível! Voltei até onde havíamos deixado as coisas, pois era um lugar mais protegido do vento, e era mais fácil também de entrar no mar. Lá fui eu fazer o tal snorkelling. Eu já havia feito isso uma vez em Fiji, mas lá foi uma experiência diferente, pois entravávamos no mar pela praia e não tinha vento nenhum. Além destes obstáculos a máscara que eu comprei é meio grande pra mim, e o resultado é que ficava entrando água o tempo inteiro. Tentei por bastante tempo ajustar a maldita máscara, devo ter ficado uma meia hora vendo os peixes e outras coisas no fundo do mar tendo que parar acada 2 minutos pra tirar água da máscara. A Jinny nem quis continuar, desistiu e foi comer alguma coisa. Eu resolvi que não gosto de snorkelling pois não gosto de ficar vendo aquelas plantas e pedras que eu não sei o que tem embaixo.

Eu fazendo snorkelling em Tabarca
E tendo que parar pra tirar a água da máscara


*Não sei o que aconteceu com o blog pois agora as fotos são postadas todas minúsculas, então estou tendo que fazer upload delas em tamanho maior, o que significa que tem que clicar nelas pra ver tudo

Nisso eram cerca de 3 da tarde e o primeiro barco a sair da ilha só saía às 4:30 da tarde. Pegamos nossas coisas e fomos de volta até à praia, onde tinha um chuveiro, para tirar o sal do corpo. Ao abrir o chuveiro tinha que dar uns passos pra frente pois o vento levava a água toda embora, o que dificultava ficar embaixo do jato de água.
Achamos um lugar mais protegido do vento onde a Jinny armou um guarda-sol barato que ela comprou e ficamos ali. Eu reparei então que várias pessoas já estavam no terminal de barco e resolvi ir lá esperar. Cheguei bem na hora, pois logo uma fila gigante se formou. Acho que ninguém mais aguentava aquela ilha maldita e queria dar o fora de lá o mais rápido possível!! Os russos que estavam lá todos furando a fila, eita povo aproveitador!
Eu mesmo não recomendo este passeio pra ninguém, deveria ter ficado em Alicante. Isso que não gastamos dinheiro lá, pois dizem que os restaurantes são caríssimos.
Fiquei aliviada quando chegamos novamente em Alicante e fui pra praia, onde não tinha aquele vento dos infernos.
De janta fomos num restaurante que havíamos visto na subida do morro no dia anterior, que parecia legal. Na noite anterior, quando eu tava mostrando o caminho das casinhas com flores pra Jinny, passamos por um lugar com música animada e várias pessoas. Outro erro cometido neste dia foi ter comido ali. Pedi uma paella de frutos do mar que não gostei nem um pouco, pois tinha polvo e eu detesto polvo!
De sobremesa meu último erro do dia: ao invés de comer o sorvete que eu já sabia que gostava, fui experimentar um que dizia ser o terceiro melhor sorvete da Espanha, porque a Jinny queria provar e eu fiquei na fila com ela, e quando chegou a nossa vez eu tava com vontade de comer sorvete. Pela primeira vez que eu lembro joguei o sorvete fora depois de 2 mordidas. Era creme puro, absolutamente enjoativo!!
Não foi o melhor dia das férias e a lição que eu tirei é fazer o que eu quero e comer onde eu já sei que é bom, mesmo que eu fique sozinha! Foi o que fiz no dia anterior e foi ótimo!
Depois da janta ficamos caminhando pelas ruelas do morro e foi muito legar ver os moradores e famílias todos sentados em mesas na rua, na frente de suas casas, vendo televisão, bem coisa de cultura orientada a família e com clima bom. Apesar da situação da Espanha não ser boa eles têm qualidade de vida com certeza! Engraçado que lá em cima não vi nenhum turista… Acho que isso ajudou no charme.
Na volta pro hotel passamos no mercadinho que tem na praça do lado do hotel e por ser sábado estava cheio de gente, todo mundo aproveitando a noite por não ter que acordar cedo no dia seguinte.
Adorei o passeio e voltaria pra Alicante no futuro, valeu a pena esta viagem!
]Blog4
Eu no barco a caminho de Tabarca, não muito feliz
Exporando a mini ilha de Tabarca
Eu na praia de Alicante, bem mais feliz
Eu e a Jinny na última janta em Alicante

Friday 1 August 2014

Alicante–Espanha–Dia 3

No segundo terceiro dia em Alicante eu mais uma vez fui pra piscina assim que acordei. Desta vez infelizmente não consegui acordar tão cedo e por isso não consegui pegar guarda-sol. Fiquei no sol até perto das 11 e tive que levar minha cadeira pra uma sombra depois disso. A Jinny nem apareceu na piscina, só foi depois avisando que ia pegar o trem pra ir pra uma cidade chamada Benidorm. Ela ia demorar quase 2 horas pra chegar lá usando trem e ônibus. Eu já cortei na hora falando que não ia, mas aceitei de encontrá-la numa praia chamada San Juan no fim da tarde.
Depois de ficar lendo meu livro na piscina por um tempo, quando deu fome eu voltei no restaurante que fomos no primeiro dia e comi a mesma paella de frutos do mar, que mais uma vez estava muito gostosa. Resolvi então caminhar de novo pela cidade, apesar do calor. Valeu a pena, pois descobri uma parte bem bonitinha da cidade, onde as casinhas são pequenas e têm vasos de flores na frente, ou no chão ou pendurados na parede do lado de fora, que por ser no alto tinha vista bonita pra cidade. Era como se eu estivesse caminhando por uma favela do no sentido de que eram ruelas sem nome e minúsculas, com casas por todos os lados, mas não eram casas pobres e havia eletricidade e saneamento. Continuei subindo o morro até chegar num parque que tinha vista bonita pro mar. Só que eu fiquei meio receosa, pois não tinha ninguém lá além de um cara meio estranho, então eu saí.
Fui novamente tomar um sorvete e depois disso pra praia, onde fiquei nadando um tempão. Como eu gosto de nadar! É uma coisa que vem naturalmente pra mim. Ficar flutuando é extremamente fácil e eu gosto de ficar nadando pra lá e pra cá e depois descansar boiando, deixando a água me levar e de vez em quando olhando pra ter certeza que não estava muito no fundo.
Uma vez de volta no hotel tomei banho pra tirar o sal e areia (a pior parte de ir pra praia é a areia, ainda bem que a praia era do lado do hotel) e a Jinny voltou. Acabou que eu não fui encontrá-la pois resolvi ficar pelas redondezas e aproveitar a cidade e a praia. Claro que ela chegou falando que a outra praia é "praia de verdade" (como se a que estávamos não fosse) mas eu realmente não poderia me importar menos com a outra praia, pois a última coisa que eu quero nas férias é ficar em transporte público por mais de 3 horas pra ver outra praia só porque alguém disse que era mais bonita (e eu vi a foto depois, e a única diferença é que a faixa de areia era maior).
A janta neste dia foi num restaurante típico chamado La Taberna Ibérica, que tinha boas review no site do tripadvisor. A decoração era bem bonitinha e os donos nem falam inglês. Nos trouxeram várias tapas deliciosas, mas foi uma janta mais cara, de 20 euros por pessoa.
Resolvemos então ir até a boate a qual os senhores nos haviam falado, que era cerca de 15 minutos de caminhada do hotel. O problema é que parte da caminhada era por um lugar escuro e no meio da rua. Ficamos com medo e resolvemos mudar de plano e nos sentamos num barzinho bem na areia da praia que tinha um DJ tocando. Tomei uma caipirinha bem gostosa e ficamos vendo as pessoas fazendo luau e aproveitando a noite com clima ameno. Lembrou a época que eu morava no Brasil...

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Casas típicas de Alicante

Thursday 31 July 2014

Alicante–Espanha–Dia 2

No dia seguinte eu acordei 7:30 da manhã e fui direto pegar um lugar na piscina. Peguei 2 espreguiçadeiras e um guarda-sol, ambos de frente pro mar. A única desvantagem do hotel onde ficamos (chamava-se Melia Alicante) é que o espaço da piscina (e a piscina em si) é pequeno, e se a pessoa não chega cedo na piscina fica sem cadeira e sem guarda-sol. Deixei minhas coisas ali e fui tomar café da manhã, que estava incluído no pacote. Foi dos melhores cafés-da-manhã que eu já tive em hotel. Tinham frutas frescas como melancia, melão, kiwi, pães, geléias, cereais, iogurte, ovos e salsisha, tinha inclusive paella e uns peixes pra agradar todos os tipos de hóspedes. Sei que os escandinavos comem peixe no café da manhã, e estava cheio da famílias loiras falando um idioma escandinavo, com certeza de algum país nórdico!
Ficamos na piscina (entrei rapidinho, mas a água estava muito fria!) até 1:30 da tarde (ainda bem que eu tinha pego guarda-sol, pois o sol ficou super quente depois das 11, como é de se esperar, e pudemos ficar na sombra) e fomos almoçar. Escolhemos outro restaurante onde eu comi outra paella, mas não estava tão boa quanto a do primeiro dia, possivelmente porque o restaurante era mais turístico. De sobremesa resolvemos tomar sorvete e encontramos uma sorveteria chamada Borgonesse onde acabei indo pra todas as sobremesas até o fim da viagem, que tem sorvete delicioso e barato. A Amorino, sorveteria também muito boa que experimentamos em Bbarcelona, fica na frente mas o sorvete é mais caro e o sabor é o mesmo.
Depois disso eu fui pra praia e a Jinny ficou no quarto pra evitar o sol (chinês não gosta de se bronzear). Na praia nadei um monte na água quentinha do mar e inclusive joguei vôlei de praia com umas meninas.
Depois voltei pro quarto pra um banho e fomos visitar o castelo de Santa Barbara, que fica em cima do morro que tem na parte antiga da cidade. Pega-se um elevador pra chegar até lá em cima e é melhor ir de noitinha mesmo pois durante o dia é muito calor. Dá pra entender porque os espanhóis fazem siesta, pois ninguém merece ficar caminhando pra lá e pra cá num calor de 35 graus.

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Nascer do sol em Alicante
Café da manhã
Eu e a Jinny tomando sorvete
Visitando o castelo de Santa Barbara


A vista de lá de cima é bem bonita e ficamos batendo fotos. Vimos também uma feirinha estilo espanhol vendendo artigos feitos em Alicante, mas não compramos nada.
De janta fomos num restaurante de tapas muito bem recomendado chamado Cervejeria Sento, que tem em 2 lugares no centro histórico: um é minúsculo e bem tradicional, mas impossível de conseguir lugar, e o outro é maior e mais moderno. Mesmo neste segundo tivemos que esperar um tempão por uma mesa. As tapas eram boas, mas não eram como as do dia anterior. Eram pequenos sanduíches de diversos sabores. Eu acabei comendo 2 e pra mim foi suficiente, pois tinham bastante gordura. Enquanto esperava a mesa e as tapas, tomei mais vinho espanhol. Óbvio que depois do vinho vem aquele sono, e quem diz que a gente foi pra boate como havíamos planejado...
Acabamos sentando num barzinho na pracinha do lado do hotel, na frente do porto, pra aproveitar o clima quente e sem vento que se encontra nos países quentes.
Terminei o dia menos branca.

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Vista de Alicante de cima do castelo de Santa Barbara
Uma feirinha espanhola em cima do castelo
Eu passeando pelo castelo
Eu caminhando pela beira mar de Alicante

Wednesday 30 July 2014

Alicante–Espanha–Dia 1

Desde que eu cheguei na Inglaterra eu quis fazer uma viagem de verão em julho ou agosto. Por diversos motivos as pessoas que poderiam ter me acompanhado na viagem nunca estavam disponíveis nestes meses, e acabou que só depois de 6 anos na Europa eu consegui fazer uma viagem nestes meses. Este ano marquei com a minha amiga Jinny uma viagem de verão (= sol, praia e piscina)e depois de muita pesquisa para acomodar os requerimentos de cada uma, escolhemos Alicante, na Espanha.
Eu escolhi um hotel com piscina e do lado da praia, que ficava localizado do lado do porto, com ótimo acesso ao centro histórico de Alicante. Foi uma excelente escolha com a qual ficamos muito felizes.
Compramos um pacote que incluía os vôos de ida e volta. Pela primeira vez voei com uma empresa aérea chamada Monarch, que cai na mesma categoria da Easyjet e RyanAir por ter passagens mais baratas (entretanto qualquer outra coisa paga-se a parte. Se você quer levar mala vai ter que pagar a mais, se quiser escolher assento também vai ter que pagar a mais. Como eram poucos dias eu levei somente bagagem de mão). Na real escolhemos esta empresa aérea pelo horário dos vôos ser mais conveniente. Não voarei mais com eles se puder evitar. São a única empresa aérea que conheço que cobram pra fazer check-in online! O vôo saía as 7:20 da manhã lá do aeroporto Gatwick, e como ainda tínhamos que fazer check-in pegamos o trem as 5:30 da manhã de Clapham Junction, onde a Jinny mora e pra onde fui na noite anterior. Obviamente a fila do check-in estava imensa e tivemos que ir correndo pro portão de embarque uma vez feito o nosso check-in. Chegando lá adivinha: o vôo estava atrasado, e simplesmente não falaram nada. Ficamos esperando que nem uns otários por mais de uma hora até chamarem pro embarque. Como sempre as empresas aéreas fazem qualquer viagem um pesadelo, não importa o país!
Bom, pelo menos o vôo foi tranquilo e chegamos em Alicante 12:30 no horário local. Chegar do aeroporto até o hotel foi super simples, um ônibus por 20 minutos nos deixou na praça na frente do hotel.
Depois do check-in, arrumamos nossas coisas no hotel e fomos almoçar. Eu comi uma paella de frutos do mar deliciosa!
Depois do almoço caminhamos pelo centro antigo da cidade pra explorar um pouco e então eu me troquei e fui pra piscina pegar sol. Como estava morrendo de sono acabei tirando uma soneca bem gostosa na beira da piscina. Nada melhor do que férias pra descansar! Quando estou em casa acabo achando algo pra fazer ou limpar, então tenho que sair de casa mesmo pra relaxar.
Depois resolvemos caminhar pela praia. Caminhamos até chegar numa outra praiazinha menor e com menos pessoas, onde tomamos banho de mar com água refrescante, que não era fria. No caminho uns senhores espanhóis nos pararam e tentaram conversar conosco. Eu entendia o que falavam, mas não conseguia falar nada em espanhol. Ou saía português ou italiano (na real a maior parte do tempo saía italiano). Eles nos falaram de uma boate estilo Ibiza um pouco mais pra frente, que demos uma passada e parecia bem legal. Planejamos voltar lá na noite do dia seguinte.
Depois de um banho no hotel, saímos para jantar. Fomos num restaurante de tapas bem gostoso, onde comemos croquetes de bacalhau deliciosos, alcachofra grelhada com molho e eu tomei vinho.
Dormi que foi uma maravilha na cama espaçosa e firme, bem como eu gosto, e sem barulho nenhum o que foi surpreendente pra um hotel tão grande quanto aquele e no centro da cidade.

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A paella que eu comi de almoço
Praia de Postiguet, onde ficamos, com o castelo ao fundo, em cima do morro
Igreja de Santa Maria
Tapas e vinho de janta

Wednesday 2 July 2014

Wimbledon

Em junho sempre acontece aqui em Londres o campeonato de tênis de Wimbledon, famoso no mundo inteiro. Eu nunca fui de acompanhar tênis, mas aqui na Inglaterra é um esporte do qual se fala muito, principalmente nesta época do ano. É uma coisa bem inglesa assistir o campeonato de Wimbledon. Claro que tem gente que diz que tênis é esporte de burguês e que as massas não tem acesso, mas é algo da cultura inglesa independente de quem participa.
Depois de quase 6 anos aqui eu, pela primeira vez, resolvi ir até lá pra ver do que se trata. 
Eu sabia que Wimbledon não era uma quadra só, mas não imaginava que seriam tantas. Na verdade o torneio acontece num complexo bem grande, com 19 quadras. Tem praça de alimentação, quiosques vendendo comidas e bebidas, tem um prédio pra imprensa, outro pros jogadores se trocarem e assim vai. É realmente um lugar bem grande. 
Existem 3 quadras principais: a chamada Central Court (quadra central), e as números 1 e 2. Pra essas quadras você precisa de ingresso específico, que explico como conseguir mais pra frente neste post. Pra entrar no complexo você compra um ingresso que eles chamam de Grounds only, em tradução livre Somente terreno. Com esse ingresso você tem direito a ver qualquer jogo em qualquer quadra, menos na principal, na 1 e na 2. Se você tem ingresso pra uma destas 3 quadras você não precisa do ingresso Grounds only e pode entrar direto no complexo. Como este não era o meu caso, eu fui pra um lugar que eles chamam The Queue (a fila), que é onde as pessoas sem ingresso ficam na fila pra tentar entrar no complexo de Wimbledon. Eu saí mais cedo do trabalho e cheguei lá às 2 da tarde. Não tinha ninguém nessa fila, o que foi bom. Se você entra no complexo antes das 5 da tarde o preço é £17, se você entra depois das 5 da tarde o preço é £14.
Uma vez lá dentro eu comecei a explorar o lugar e fiquei vendo jogos em várias das quadras. Vi o jogador Escocês pro qual todo mundo torce aqui, que ganhou o campeonato no ano passado, o Andy Murray, jogando duplas numa das quadras de graça de assistir. Ao mesmo tempo a Sharapova estava jogando na quadra principal contra uma alemã, mas obviamente que não tinha como ver pois a quadra fica no meio de algo como um estádio. Só dava pra ouvir a torcida.

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Jogo de duplas do Andy Murray
Assistindo um jogo de singles masculino numa das quadras
Um dos vários quadros de resultados das partidas espalhados
Alguma jogadora famosa (não conheço, mas estava dando vários autógrafos)

Atrás das quadras tem um morrinho de grama com uns laguinhos e cachoeiras artificiais, flores, bem bonito. Lá as pessoas se sentam com suas cobertas de picnics e comida e ficam vendo o jogo da quadra principal ser mostrado no telão, torcendo juntas (ou cada uma pro seu jogador preferido). Tem barraquinhas vendendo PIMs, uma bebida alcólica típica de verão aqui da Inglaterra, que é deliciosa, e as pessoas ficam bebendo isso e comendo morangos, ou nachos, conversando e torcendo. Nossa, era fantástico estar no meio daquilo. Como eu cheguei cedo tinha bastante lugar, mas a medida que vai entardecendo começa a chegar gente e no fim da tarde não tinha lugar nenhum pra sentar lá fora, de tanta gente.
Eu vi parte do jogo do Nadal de lá, mas eu quis também entrar numa das quadras principais. Na frente do telão tem um quiosque que revende ingressos de quem sai de uma das quadras principais por £5. Ou porque cansou ou porque ficou doente, não importa. Pra dar chance pra outras pessoas verem o jogo eles revendem o ingresso da pessoa que saiu e o dinheiro arrecadado acho que vai pra alguma caridade. Nesse quiosque a fila é imensa, pois todos querem ingresso pra quadra central, mas precisa-se ficar algumas horas na fila. Como eu estava sozinha eu tive que escolher entre passear pelo complexo ou ficar na fila sem saber se ia conseguir ingresso pra quadra central. Se estivesse com alguém podia revezar, mas infelizmente não foi o meu caso. Eu fiquei na fila duas vezes, mas acabei comprando ingresso pra um jogo de duplas femininas na quadra 2, que assisti da metade em diante. Na fila vêm atendentes oferecendo ingressos pras quadras 1 e 2, não tão prestigiadas quanto a quadra central.

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Jogo de duplas que eu assisti
Vendo o jogo do Nadal de Henman Hill


Formas de conseguir ingressos pras quadras principais (que eu sei):

1. Entrar no sorteio de ingressos pro torneio do ano seguinte, cujas inscrições são em Outubro do ano anterior. Se você é sorteado você pode comprar o ingresso.
2. Comprar pela internet, pagando um preço exorbitante. Pelo que vi a final masculina está a venda por mais de £3 mil!!
3. Ir pra fila (The Queue) o mais cedo que conseguir pra comprar os poucos ingressos disponibilizados por dia pras quadras principais. Normalmente as pessoas acampam por uma noite ou duas pra conseguir isso.
4. Como eu já expliquei acima, ficar na fila de revenda depois de já ter pago a entrada para o complexo. A partir das 3 da tarde que começam a revender ingressos, mas muitos dos jogos mais interessantes acontecem antes deste horário.
5. Ser membro de um clube de tênis (existem vários aqui em Londres), pois eles ganham ingressos pra esses torneios grandes.

Ao mesmo tempo que estava acontecendo o jogo da Sharapova o Federer estava jogando. Ele é o meu jogador preferido, sempre torço pra ele. Eu fui até a quadra onde ele estava jogando (de fora não tem como ver nada, é igual a um estádioc como já mencionei) e haviam várias pessoas lá esperando pra entrar. O que acontece é que pra comprar algo ou ir ao banheiro você tem que sair da área onde está aconcedendo o jogo, mas pra não distrair as pessoas e os jogadores (o que eu acho super correto) não é possível de transitar por ali entre games. Cada entrada tem um guardinha que só deixa as pessoas passarem quando acaba o game. Assim que acabou o game as pessoas que estavam esperando entraram e eu fiquei ali fora esperando. Aí olhei pro guardinha com cara de cachorro com fome perguntando se poderia bater uma foto. Ele deixou eu entrar pra bater uma foto do Federer, de longe. Me realizei!!! :D Não foi tão bom quanto teria sido assistir o jogo dele, mas foi o que eu consegui fazer e fiquei contente!

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Roger Federer

Escolhi um dia com tempo bom pra ir, o que ajudou, pois quando chove todos os jogos são suspensos, com exceção do da quadra central, que é a única que tem cobertura tráctil. Como aqui é Londres e em Londres chove bastante, em vários dias os jogos foram suspensos por causa da chuva.
A organização do evento é espetacular, como em todos os eventos que eu já participei em Londres. As pessoas que trabalham lá são extremamente simpáticas, educadas e disponíveis pra dar informação, como o carinha de chapéu na foto abaixo, que ficou explicando como funciona a fila de revenda de ingressos.

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Eu feliz tomando PIMs e no fundo a fila pros ingressos da quadra central

Baseado no tamanho deste post deu pra perceber que eu adorei ter ido pra Wimbledon. Realmente me identifico muito com a cultura inglesa, adorei ficar tomando PIMs e comendo morango e vendo os jogos espetaculares de jogadores tão talentosos. Quero muito voltar!

Monday 26 May 2014

Oslo–Noruega–Dia 4

O sol reapareceu com tudo. Tarde demais, pois eu precisava ir pro aeroporto as 11 da manhã, portanto não tive temo de ver as ilhas.

Saí pra tomar café da manhã na beira do rio, onde comi um muffin de blueberry fresquinho e delicioso com um suco de laranja. Fiquei de bobeira quando decidi ver uma últimas coisa em Oslo: a prefeitura.

Eu havia lido no wikitravel que era válido ver a prefeitura por dentro pois tem uns murais bem bonitos, e é também o lugar onde é feita a entrega do prêmio Nobel da Paz. Teria sido perfeito pra uma visita no domingo chuvoso, e até tentamos visitar, o problema é que estava fechada pra um evento. O tal evento, a Pia me explicou, é algo que acontece todos os anos pros adolescentes que fazem 16 anos. Chama-se Confirmação, e é para preparar os adolescentes pra vida adulta. Neste evento o ( a) adolescente recebe de presente dos pais uma roupa tradicional Norueguesa, que ele-ela vai guardar pra sempre. Esta roupa custa bem caro, algo em torno de 10 mil reais, e nem todos os pais podem pagar isso (a minha amiga não tem, por exemplo), mas ela é usada em todo e qualquer evento grande como casamento. Acho que ao longo dos anos o custo-benefício é justificado, pois comprar roupa pra ir em casamento é sempre caríssimo de qualquer forma. Outra vantagem é que é uma motivação pra pessoa não engordar com os anos e sempre caber naquela roupa. Foi legal no domingo ter visto as famílias saindo da prefeitura, todas vestidas nas suas roupas típicas, a caminho de um almoço em família.

Mas voltando à prefeitura, eu tinha 45 minutos pra chegar até lá, visitar o lugar e voltar ao hotel pra pegar o trem a tempo de chegar no aeroporto. A ida e vinda seriam 15 minutos cada, o que significa que só tive 15 minutos lá dentro. Gostei de ter ido, achei os murais bonitos e eu gostaria de ter ficado mais tempo lá interpretando cada um deles.

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Murais dentro da prefeitura de Olso
Vista da costa norueguesa de dentro do avião

Cheguei a tempo de pegar meu vôo, comprei um sanduíche pra comer de almoço e meu assento era na janela. Normalmente escolho corredor, mas por ser um vôo curto não quis pagar a mais pra selecionar assento. Foi bom, pois a vista da costa norueguesa é absolutamente linda lá de cima. Eu conseguia enxergar ao longe montanhas com neve e também dezenas de ilhazinhas na costa.

A minha amiga recomendou vários passeios em outras regiões da Noruega, que eu adoraria fazer. Gostaria de comparar os Fjords de lá com os que eu vi na Nova Zelândia.

Impressões finais:

País tranquilo, sem grandes problemas sociais, saúde e estudo são gratuitos, mas a alta taxa de impostos é o preço que se paga. O maior problema da Noruega agora é a imigração de cidadãos de países pobres da Europa, que vão pra lá sem condições nenhuma de sustento. Eu e a minha amiga ficamos chocadas com a quantidade de romenos no centro da cidade, pedindo esmola e simplesmente sentados na rua o dia inteiro, sem trabalho. De quem é a obrigação de integrá-los a sociedade? Eles não falam Norueguês e a maioria não fala nem inglês, o que torna as coisas mais difíceis. A presença destes grupos (não necessariamente romenos) começou a gerar comentários racistas e nacionalistas, o que é um problema. Mas quem vai solucionar o problema e como?

Recentemente teve eleição pro parlamento europeu, e os candidatos que ganharam são todos de direita, porque a maioria das pessoas que pagam impostos não estão gostando nada da história de ter que dar dinheiro pra país que não consegue se manter e está quebrado por pura incompetência dos seus governantes. Não sei qual será o futuro da Europa do jeito que as coisas estão indo.

Bom, agora posso dizer que vi todos os países escandinavos Smile

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Vídeo da viagem

Sunday 25 May 2014

Oslo–Noruega–Dia 3

Finalmente chegou o domingo, o dia de conhecer as ilhas e ver o museu da história e cultura noreguesa, e aproveitar o sol.
E adivinhem… o tempo estava um lixo! Horrível, friozinho e com chuva. Passei o dia chorando no hotel! Tá, mentira porque eu não fiz isso, mas fiquei p*. ODEIO CHUVA!!!! ODEIO!!!!!!!!!
Resolvemos então visitar museus. Nem tudo estava perdido, pois vários museus são gratuitos no domingo, a começar pela National Gallery. Não é tão grande quanto e nem tem a coleção extensa que tem a de Londres, mas vi várias pinturas bem bonitas e gostei muito dos quadros de um pintor chamado Johan Christian Dahl, que pintava paisagens lindíssimas. Numa das salas eu vi um quadro onde estavam pintadas montanhas com neve e um tipo de sol ou lua no meio, e a paisagem era o fim de tarde e era um azul bonito. Imediatamente me meio na cabeça um desenho que eu fiz quando estava fazendo intercâmbio nos Estados Unidos e fiquei obcecada pela Suécia. Eu precisava escolher um país europeu pra fazer um trabalho na escola e na época aprendi tudo sobre a Suécia, e pra capa do meu trabalho eu fiz um desenho com duas montanhas e um sol no meio, se pondo, meio azulado.
Na National Gallery tem a sala de pinturas do Edward Munch, incluindo o famoso The Scream, que segundo o guarda me falou e eu confirmei depois na internet, é um dos originais. Não esperava, foi um bônus de ter visto.

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Uma pintura na National Gallery de Oslo
A pintura que me lembrou o desenho que eu fiz no colégio
Cachoeira no rio Akerselva
Globo antigo no museu do trabalho de Oslo
Antigo bairro industrial em Oslo

A chuva não deu trégua e fomos então a procura do museu do trabalho de Oslo, que ficava do outro lado da cidade. Passamos novamente pelo rio Akerselva, e fiquei impressionada de ver como é grande e inclusive passamos por uma cachoeira. Encontramos o museu, entretanto era tudo em Norueguês, sem tradução pro inglês. Eu até vi algumas coisas, mas sem entender do que se tratava era difícil interpretar. A Pia traduziu algumas coisas pra mim e o que ela traduziu foi interessante. O museu fica no antigo bairro industrial de Oslo, onde haviam várias fábricas. Há muitos anos, os trabalhadores tinham péssimas condicões e não tinham quase direitos. Só conseguiam férias depois de 5 anos de trabalho, e somente 3 dias. Aí o surgiram os sindicatos, que obviamente foram muito bem-vindos e garantiram os direitos dos trabalhadores. Em algum lugar entra lá e cá os sindicatos, a meu ver, perderam seu sentido de ser pois agora só fazem besteira em não acompanhar o progresso do mundo de modo geral.

A nossa caminhada continuou pelo rio até chegarmos numa área com mais murais e mais barzinhos, onde havia uma bandinha tocando músicas bem legais. Paramos pra ficar ouvindo um pouco. Logo foi hora da minha amiga ir embora de volta pra cidade dela, e eu fiquei sozinha em Oslo. Adivinhem o que aconteceu? Saiu o sol… esse astro maldito saiu às 6 da tarde, quando já não haviam mais barcos pras ilhas, então a minha única alternativa era ficar vendo mais coisas pela cidade. Foi quando decidir ver o cemitério, que assim como na Suécia é um parque onde as pessoas vão pra ler, correr e passear com seus cachorros. Tem túmulos, mas os mesmos são discretos e sempre tudo muito verde e cheio de plantas. Realmente um lugar de descanso pros vivos e pros mortos.

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Passando por uma queda d´água no Akerselva
Barzinho com música ao vivo
Mais murais pela cidade
Cemitério e parque de Oslo

Passei pela igreja mais antiga de Oslo, de pedra e escondida do lado do cemitério, vi mais uns prédios interessantes e resolvi arriscar e jantei um cachorro quente, que estava bem gostoso.

Voltei pro hotel pra dormir, de mal com o sol.

Saturday 24 May 2014

Oslo–Noruega–Dia 2

Nós planejamos nossas atividades em Oslo baseadas na previsão do tempo. Sábado era pra ter um dia parcialmente nublado, então resolvemos caminhar pela cidade, enquanto que pro domingo a previsão era de um dia lindo de sol e calor, e então iríamos pras ilhas perto de Olso.
Sábado nós caminhamos o dia inteiro! Começamos comprando café da manhã numa padaria, e eu parei pra tomar um chocolate quente num café perto do hotel. Caminhamos pro lado leste da cidade para visitar um lugar chamado Kampen, onde vimos várias casas de madeira em estilo norueguês. Fomos então caminhando até chegar no jardim botânico, onde tem o museu do tal de Edward Munch, o mais famoso pintor Norueguês. Não entramos no museu e continuamos a caminhada passando pelo Jardim Botânico, que era bem grande e calmo.

Paramos para almoçar num bairro chamado Grünerløkka, um lugar cheio de restaurantes e cafés. Eu comprei uma salada de atum e nós nos sentamos num banco num parque pra almoçar, enquanto ouvíamos alguém tocar música ali do lado.

Depois do almoço passamos pelo o rio Akerselva, que corta a cidade de norte a sul e tem caminhadas ao redor das duas margens, passando por parques, bares e cafés escondidos e charmosos. Um destes lugares nos lembrou muito de Berlin, pois haviam vários murais e umas decorações meio estranhas, mas interessantes.

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Jardim botânico
Murais pela cidade e um candelabro estranho, estilo Berlin
Rio Akerselva, com um cisne suspeito

Nisso saiu o maior sol e ficou calor, e nós a caminhar pela cidade. Passamos por um mercado de rua bem grande, indo em direção ao parque de esculturas de Vigeland.  A caminho de lá vimos mais casas de madeira, maiores e mais bonitas e imponentes.

Foi uma caminhada demorada, e quando chegamos no parque estava realmente quente e estávamos exaustas. Paramos numa sombra pra descansar e fazer um lanche, e depois de recuperadas fomos ver as famosas esculturas. A minha amiga explicou que no começo estas esculturas chocaram as pessoas, pelo fato de todas estarem peladas, crianças e adultos, sempre representando situações pelas quais as pessoas passam. Estas esculturas estão em cima de uma ponte, ao redor de um chafariz grande, e em cima de uma escadaria, onde no cume tem uma coluna de pedra grande, que foi esculpida a partir de um único pedaço de pedra.


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Mais casas de madeira
Esculturas em VigelandsPark
Parque de Vigeland

Continuamos o passeio passando por uma parte bem bonita da cidade, com casas grandes, ruas cheias de árvores e flores, que segundo a minha amiga é um bairro onde pessoas de dinheiro moram. Na Noruega tudo é muito caro. Comer fora e tomar um drink são coisas que não se faz com muita frequencia porque realmente o preço é muito salgado. Mas mesmo em sociedades igualitárias existem diferenças. Apesar de não faltar nada pra ninguém, tem gente que consegue comer em restaurante todo dia e tem gente que não consegue, tem gente que tem casa bonita e grande e tem gente que tem que dividir casa porque não consegue pagar aluguel sozinho.

Chegamos então numa área bem nova e moderna perto do porto. Acho que os habitantes de Oslo estavam ou no parque que visitamos, ou neste lugar, pois estava absolutamente cheio de pessoas, todo mundo apoveitando o sol e calor, e inclusive tinham pessoas nadando na mini-praia de pedrinhas que tem ali. Caminhamos pela orla e comprei um cachorro quente na esperança de ser bom como os que eu havia comido na Dinamarca, só pra ficar decepcionada.
Logo ali do lado fica o Forte e Castelo de Akerhus, de onde se tem uma vista bem bonita do Fjord de Oslo. Fjord é a denominação geográfica de um certo tipo de formação, apesar de que em Oslo o fjord não é nada parecido com os fjords que se vê nas outras partes da Noruega, entre as montanhas. Isso foi o que a minha amiga me explicou quando eu duvidei que o que eu estava vendo era um fjord.

Voltamos pro hotel pra descansar antes de sair pra janta. Escolhemos um lugar com peixe perto do hotel, que havíamos passado anteriormente durante o dia. Eu comi fish and chips, que estava razoável, mas que custou quase 2 vezes mais do que teria me custado em Londres.

Antes de voltar ao hotel paramos num bar pra tomar mais alguma coisa e eu fiquei tentando sem sucesso entender o que as pessoas estavam falando ao redor da gente. Ela traduziu algumas coisas, mas no geral eu estava mesmo na ignorância.

Terminamos o dia cansadas e cheias de bolhas nos pés, de tanto que caminhamos!

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Área nova e moderna no porto
Eu durante a janta, tomando um vinho pra relaxar
Praia e vista do fjord de Oslo

Friday 23 May 2014

Oslo–Noruega–Dia 1

No segundo feriado de maio eu viajei para Oslo, na Noruega. Não estava nos meus planos viajar pra Noruega, mas como a passagem estava barata comparado com outros lugares que eu havia considerado ir, e como eu tenho uma pessoa conhecida na Noruega, achei que seria vantagem ir pra lá.
Saí de Londres sexta-feira às 3 da tarde (tirei meio dia de férias) e eram quase 8 da noite quando cheguei no hotel em Oslo. Do aeroporto de Oslo até o centro é possível pegar o trem expresso, que leva 16 minutos pra chegar na estação central de Oslo (acho que o nome do trem é Floget) e tem o trem de linha normal, que são 50 kronas mais baratas que o trem expresso e leva 23 minutos até a estação central. Realmente não tem porque pegar o trem expresso.
A minha amiga já estava no hotel me esperando. Eu a conheci quando estava em Berlin, e ela mora numa cidade chama Porsgrun, no sul da Noruega, mas foi até Oslo me encontrar e me mostrar a cidade.
Como está no fim de maio anoitece bem tarde lá, o que significa que deu tempo de jantarmos e ainda saímos pra caminhar pelo centro da cidade que estava claro.
Começamos visitando a Opera House, uma construção nova bem moderna na beira do mar. O teto da construção é inclinado de forma que permite que as pessoas possam subir nele. Fomos até lá em cima pra ver a vista da cidade e o por-do-sol. Dali fomos caminhando pelas ruas do centro até o palácio onde a família real da Noruega mora. No caminho passamos pela parte central e turística da cidade, onde tem o prédio do parlamento, um hotel bem chique, uma praça com chafariz e vários restaurantes. Chegamos então até o palácio real, que fica em cima de um morrinho no fim de um caminho ladeado de árvores com flores bem cheirosas. Ao contrário de Buckingham Palace em Londres, que é uma grade enorme ao redor e ninguém pode chegar perto, não existe grade nenhuma ao redor deste palácio. Tem uns guardinhas cuidando, mas é isso. Eu perguntei pra um deles se a rainha mora ali mesmo e a guardinha fez que sim com a cabeça (não sei se eles podem falar com as pessoas, acho que não).
A primeira impressão da cidade foi de um lugar calmo.

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Eu em na frente da Opera House de Oslo
Prédios modernos em Oslo. São chamados de Barcode esses aí
Palácio real de Oslo
Parlamento de Oslo

Monday 5 May 2014

Escócia–Highlands III

No nosso último dia o plano era ir direto até um lugar chamado Fort Augustus, que é uma vila que fica logo no começo do Lago Ness. Mas como tínhamos tempo sugeri que voltássemos até perto de Fort William, onde estávamos no dia anterior, pra ver se conseguíamos ver alguma coisa das coisas que não havíamos visto no dia anterior, já que o tempo estava melhor. Não tinha sol, mas as nuvens malditas do dia anterior haviam dispersado, então tudo melhorou.

No caminho passamos por um castelo famoso, cenário de vários filmes, chamado Eilean Donan. É possível visitar o castelo por dentro, mas o bonito é admirar o castelo com o cenário em volta, e foi o que fizemos.
Valeu a pena termos ido sul novamente pra tentar ver algumas coisas, apesar de ter acidionado 1:30 de viagem. Fomos até um ponto de vista um pouco antes de chegar em Fort William e conseguimos ver a tal Ben Nevis, a montanha mais alta, com as suas montanhas "vizinhas".
Depois de fotos fomos então em direção até Fort Augustus, que em si não tem nada de espetacular, mas fica bem no começo do Lago Ness. Este lago não tem nada de espetacular. É famoso por causa do tal monstro do Lago Ness, mas a paisagem em si não é tão bonita quanto as demais que vimos na viagem, com tantos outros lagos e montanhas. Inclusive está é cheio de turistas e por isso os preços são inflacionados. Uma das coisas que eu queria ver eram as ruínas do Castelo de Urquhart, que fica no Lago Ness. Chegamos lá e estava cheio de ônibus de turistas e não dava nem pra tirar foto da paisagem, pois cercaram tudo e tinha que pagar mais de 7 libras pra ver as ruínas e "apoveitar o café, a loja de souvenir, o museu e o filme do castelo", como disse a senhora rude que nos atendeu. Ficamos p* da vida e resolvemos não pagar. Uma coisa é pagar pra ver o castelo de perto e por dentro, agora cobrar pra bater foto de paisagem é um cúmulo na minha opinião! Subimos num morrinho atrás do ticket-office e batemos fotos dali mesmo, como várias outras pessoas estavam fazendo.
Fomos então em direção a Inverness, o destino final da viagem. Eu nem esperava ver nada na cidade, pois já havia lido que não tem muita coisa pra fazer ou ver, o que se comprovou. Eu e a Jinny fizemos o tour da cidade, vimos todas as atrações (nada espetacular) em menos de uma hora, e ficamos visitando lojas de cashmere pra ver preços e comprar algumas coisas. Acabei comprando uma blusa de cashmere e um cachecol de tartan bem quentinhos.

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Castelo Eilean Donan
Cadeia de montanhas Ben Nevis
Ruínas do castelo de Urquhart, no lago Ness


Terminamos de fazer tudo e ainda eram 5 da tarde. Com 3 horas de luz do dia ainda, resolvemos fazer outro passeio. Fizemos o roteiro que o livro que eu havia pegado sobre a Scottish Highlands sugeria que fizéssemos, mas que ignoramos, que é dirigir pelo lado leste do Lago Ness, que tem vista bem mais bonita. Começamos passando por uma vila chamada Dores, 15 minutos de Inverness, onde tem uma "praia", de pedrinhas. A vista realmente é bem mais bonita, mas estava ventando bastante. Fomos caminhando por uma trilha entre a praia e um campo bem grande, bonito e verde, cheio de ovelhas. A paisagem era bem bucólica e tranquila. Vimos um senhor assando salsisha numa fogueira feita atrás de uns arbustos pra se esconder do vento, com duas menininhas, nem aí pro frio e de camiseta brincando num balanço de árvore. Vimos pessoas com cachorros, que estavam nadando no lago, também nem aí pro frio. Vendo isso entendemos porque a garçonete na hora do almoço falou que o dia estava bonito, enquanto que para nós era um dia feio e nublado. Pra falar a verdade, bem nessa hora do dia saiu um pouco de sol. Continuamos dirigindo até uma vila chamada Foyers, e lá fizemos uma curta trilha até uma cachoeira, no meio de um penhaso de pedras e árvores. Era tudo tão bonito e tão tranquilo, que eu passei a gostar do Lago Ness. Jantamos no restaurante de um B&B bem isolado, perto da cachoeira, e eu queria ter ficado uns dias ali lendo, relaxando, fazendo caminhadas por aquelas paisagens lindas, vivendo a vida!

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Cidade de Inverness
Eu no Lago Ness
Campo na frente do Lago Ness
Cachoeira de Foyers
Paisagem verde bonita em Foyers


Mas nada que é bom dura, e nossa viagem acabou. Acordamos às 4:30 da manhã no de terça-feira pra pegar o vôo pra Londres as 6:30, e fui direto pro trabalho.
Eu simplesmente adoro a Escócia. Gosto de tudo que é Escocês: a comida, a cultura, as roupas, a música, a paisagem, tudo. Me identifico muito com o país e é um lugar que eu pretendo voltar sempre que eu tive oportunidade!

http://www.youtube.com/watch?v=EIn3-2IAp9k&feature=youtube_gdata

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Sunday 4 May 2014

Escócia–Highlands II

No dia seguinte acordamos cedo e após o café da manhã seguimos viagem em direção ao norte, para um lugar chamado Fort William. Esta cidade é das maiores da região, mas não tem nada de interessante. Como tudo nesta área do país, o que conta são as paisagens ao redor das cidades. Ali perto fica a maior montanha do Reino Unido, chamada Ben Nevis. Fomos até o centro de informação pra ver como chegar até esta montanha, ou vê-la. A senhora foi bem gentil e nos passou um ponto de vista, além de outros lugares ali perto que pudéssemos visitar. O tempo estava absolutamente ABOMINÁVEL neste dia, com muita chuva e nuvens quase até o chão (exagero, mas era o que parecia). O resultado é que não vimos nada de montanha nenhuma no tal ponto de vista ou em lugar nenhum, pois estava tudo coberto por nuvens.

Dirigimos então até um lugar chamado Glenfinnan, que tem também paisagens bonitas e foi onde filmaram a ponte por onde passa o Hogwarts Express, do filme do Harry Potter. Eu sempre me empolgo com coisas do Harry Potter e sugeri visitarmos o lugar. No centro de informação nos deram um mapinha com duas opções de trilha para termos uma vista do trilho do trem tipo a do filme, e escolhemos fazer a mais curta. Entretanto nos enganamos, e acabamos fazendo a mais comprida. Quer dizer, eu fiz. Quando eu fiz a minha mala pra viagem, eu levei bota de caminhada (trekking boot), que são boas pra fazer caminhadas na montanha e são à prova d´água, e também meu casaco quente impermeável, além da minha sombrinha. Adivinha se algum dos meus amigos tinha qualquer coisa disso? É claro que não, estavam os 2 de tênis de tecido tipo All Star, e um deles não tinha nem um casaco quente impermeável! Estavam ambos dividindo uma sombrinha minúscula. Ficaram os 2 na chuva enquanto eu fiz a caminhada. Não quis nem saber se tiveram que me esperar. Tive que esperar por eles a manhã inteira de sábado, agora foi a vez deles me esperarem. A trilha não foi muito fácil na chuva, e fui bem devagar, pois o caminho era por pedras, e como estavam molhadas podiam ser escorregadias. A caminhada ia subindo um morro, e a trilha subia e descia, e claro que de um lado era penhasco, então fui bem cuidadosa. Estava eu sozinha na trilha, na chuva, ninguém por perto, comecei a pensar em desistir, mas logo vieram um casal e um adolescente na direção contrária, e eu perguntei pra eles se faltava muito pra chegar no ponto de vista do trilho do trem e se era bonito. Eles falaram que eu estava chegando e que era pra continuar que valia a pena. Bem nessa hora começou a tocar meu telefone, que tem o ringtone do filme do Harry Potter. Eles começaram a rir com a coincidência. Foi engraçado.
Insisti e acabei chegamondo no ponto de vista do viaduto por onde passa o trem. Foi bem legal a aventura, mas não fiquei muito lá por causa da chuva. Este trem faz uma viagem entre Fort William e Mallaig, e foi votado por diversas vezes a viagem de trem com a paisagem mais bonita do mundo. Um dia eu até gostaria de voltar e fazer tal viagem.
A paisagem dessa trilha é maravilhosa, com montanhas ao redor de um lago. Mesmo com chuva era bonita, com sol então deve ser de outro mundo!
No caminho de volta ao carro nós vimos duas vassouras do estilo Harry Potter encostadas numa parede. Não deu outra e batemos fotos pulando com a vassoura, que ficaram engraçadíssimas, pois parecia que a gente estava voando de vassoura.

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Viaduto do trem do filme do Harry Potter
Eu e Jinny voando nas vassouras


Continuamos viagem, desta vez em direção até uma das ilhas escocesas chamada Skye. A viagem foi bem cansativa, mais de 3 horas. Paramos pra almoçar num pub num lugar no meio do nada, bem remoto, e depois fomos fazer um giro (digo giro porque a estrada era circular) pela parte norte desta ilha, que duraria mais de 2 horas. Foi bastante tempo dentro do carro, e eu não estava confortável, pois o meu amigo não sabe dirigir de acordo com as condições. Apesar da chuva e da estrada muitas vezes ser pequena demais pra 2 carros passarem em duas mãos, ele fazia questão de dirigir a 100Km/h. Nem preciso dizer que NUNCA mais saio de carro com ele pois passei muito medo.
Uma das paisagens que gostaríamos de ter visto chama-se The Storr, que é uma montanha que no tipo tem vista pro mar e um lago, e umas formações interessantes. Do estacionamento até lá em cima eram mais ou menos 40 minutos de caminhada, mas com a chuva estava tudo enlameado, e o vento não estava ajudando. Caminhamos por cerca de 20 minutos morro acima e os meus amigos desistiram, obviamente por não estarem com o equipamento adequado, e desta vez resolvi não ir sozinha, pois as nuvens estavam encobrindo o todo da montanha, então resolvi voltar com eles pro carro e seguir viagem. Paramos em mais 1 ou 2 lugares pra bater fotos e pegamos uma rua rural que passava pelas montanhas. Foi uma das vezes que mais fiquei com medo, pois a visibilidade estava horrível, a estrada tinha uma faixa só, e carros iam nas duas direções. Como a estrada estava vazia o meu amigo ia bem mais rápido do que qualquer pessoas sã e normal iria em tais condições, então não aproveitei tanto quanto eu gostaria. Bem em cima da montanha estava cheio de carros e tinha inclusive polícia, ambulância e cachorros farejadores. Com certeza alguém que se perdeu fazendo trilha. Espero que tenha sido final feliz.

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Na trilha a caminho do Man of Storr (que não completamos)
Paisagem pela Iha de Skye
Cidadezinha de Uig
Ambiente inóspito e perigoso com o tempo ruim


Fomos até uma cidadezinha bem na ponta da ilha, chamada Uig, que não tem nada de interessante, e voltamos até a principal cidade da ilha, que chama-se Portree. A cidadezinha tem um certo charme, principalmente o porto, com casinhas coloridas no estilo nórdico. Comi um fish and chips num restaurante ali no porto e foi o peixe mais fresco que comi aqui no Reino Unido. Estava muito bom.
Foi mais uma hora de viagem até o hotel, que ficava na Ilha de Skye mesmo, e não era nada bom, mas como foi por uma noite só não foi o fim do mundo.
O tempo faz muita diferença neste tipo de viagem, mas paisagem era tão bonita que mesmo assim conseguimos aproveitar um pouco.