Monday 9 August 2010

Amsterdam – dia 3

No domingo acordamos tarde pois havíamos ido dormir tarde no sábado. Já que estávamos na Holanda resolvemos ir ver um moinho. No final da linha do tram que passa perto do hotel tinha um moinho, uns 15 minutos de caminhada da estação. O dia estava muito bonito, com sol, e foi uma visita legal.

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Depois fomos até o centro almoçar num lugar perto da estação de trem. Era um café com um sanduíche bem gostoso. Era num lugar sem muitos turistas, e estava cheio de coffeeshops ao redor, chegava a ser engraçado. Depois passamos no flowermarket de novo pra comprar mais da torta de maçã pra comer no aeroporto. Aí fomos pro hotel pegar as coisas e fomos pro aeroporto. O aeroporto é bem legal! Não é gigante, mas é moderno e tem cadeiras próprias pra descansar, daquelas que reclinam, tem spa (das massagens mais caras que já vi na vida, 10 minutos eram 30 euros!!! fora da realidade), tinha uma sala pra meditação, internet etc. A única coisa engraçada é que a segurança é na entrada de cada portão de embarque. Normalmente a segurança é antes de chegar nas lojas e nos portões de embarque, mas lá não. Por algum motivo que não entendemos cada portão de embarque tem o seu detector de metal! Parece que os alemães e os franceses fazem piada dos holandeses como se eles fossem burros, que nem nós fazemos com os portugueses, e depois dessa entendi porque. Parece coisa de português mesmo.
O vôo como sempre atrasou, porque o tráfego aéreo pra Londres está sempre lotado.... Mas chegamos em casa antes das 8 da noite. Foi um passeio excelente!!

Anne Frank

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Eu li o livro do diário da Anne Frank deve fazer uns 10 anos. Uma das minhas irmãs havia lido o livro quando estava fazendo intercâmbio nos Estados Unidos, pois lá o livro faz parte do currículo. Ela levou pro Brasil e eu li. Gostei muito, e até hoje lembro de partes do livro. Então visitar a casa-museu onde a Anne Frank morou foi um Must pra mim!
Dica, comprem ingressos pela internet se não quiserem enfrentar uma fila quilométrica!
Pra quem não sabe quem foi Anne Frank, ela era uma menina judia que teve que se esconder dos nazistas na época da segunda guerra. Eles ficaram no esconderijo por mais de 2 anos, até que alguém os denunciou e eles foram levados a campos de concentração, onde todos morreram, com exceção do pai dela. Durante o tempo dela no esconderijo ela escreveu um diário contando do dia a dia dela e das descobertas dela, muitas típicas da adolescência. O diário foi encontrado e o pai dela, e baseado no desejo dela de um dia publicar um livro sobre o tempo dela no esconderijo depois que a guerra acabasse, conseguiu que uma editora o publicasse e foi um sucesso depois de um tempo.
O museu é situado na casa onde eles realmente se esconderam. Na verdade era na empresa do pai dela, que foi passada pro nome de um amigo, pois os judeus foram proibidos de ter negócios, e este amigo junto com mais 3, sendo duas mulheres, tocavam o negócio, levavam comida pra eles e os mantinham informados sobre o que acontecia no mundo, pois eles estavam isolados do mundo. O esconderijo era na parte de trás da casa. Pra chegar lá havia uma estante com livros na frente pra que ninguém suspeitasse. Uma vez passando a estante, chegava-se no esconderijo. Moravam 8 pessoas lá no total: Anne com a família dela, uma outra família com um menino, e mais um senhor. Os quartos era pequenos, ela dividia o quarto com o senhor. Havia um banheiro e uma cozinha, que também servia de quarto e sala de estar.
Todas as janelas eram cobertas por uma capa preta, pra que ningúem visse que havia gente dentro da casa, então mesmo de dia era tudo escuro lá dentro, e eles precisavam ser cuidadosos pra não fazer barulho durante o dia pra caso algum outro funcionário da empresa os escutasse (até hoje não se sabe quem os denunciou, pode ser que tenha sido algum funcionário). Eles se exercitavam dentro da casa e tudo, pois nao podiam sair na rua! A comida era racionada e eles dependiam do que os amigos traziam pra eles. Imagine viver assim por 2 anos.

Foi realmente uma visita muito interessante e eu acho que todo mundo deveria ler o livro e se um dia tiver chance visitar o museu, pois abre a mente das pessoas e como já comentei aqui é importante o mundo não se esquecer dos efeitos das guerras nas pessoas.
Se este livro não é parte do currículo no Brasil, deveria ser. Talvez assim a gente aprendesse algo de útil na disciplina de história.

Amsterdam – dia 2

No dia seguinte de manhã fomos no flower market. A Holanda é famosa por suas flores lindíssimas. Realmente eram bem bonitas, mas na primavera devem ser mais ainda. O mercado fica na beira de um canal e tomamos café da manhã num café ali na frente, chamado Studio 2. Comi um misto quente e a melhor torta de maçã que já comi!! Adorei!! O André comeu uma panqueca, que diz que é bem popular lá.

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André batendo fotos no mercado de flores


Depois fomos até uma ponte chamada Magerebrug. O dia não estava dos melhores, e choveu um pouco. Eu nem achei a ponte grandes coisa, mas é uma atração turística e o André queria ver. Depois fomos até o Dam Square, onde tem um palácio (estava em reforma e não entramos), lojas e muitos turistas. Estava tendo um campeonato de futebol de homeless e tinha um monte de gente assistindo.
Aí fomos caminhar pelo red light district. É a parte mais antiga de Amsterdam, e tem este nome porque a noite janelas são iluminadas com uma luz vermelha e prostitutas ficam de lingerie nas janelas esperando algum freguês. Pelo que eu li isso começou antigamente, com os marinheiros buscando companhia naquela parte da cidade e evoluiu até o que é hoje, um bairro bem diferente. Apesar das casas serem parecidas com o resto da cidade, lá tem museu erótico, lojas que vendem tudo quando é tipo de apetrecho, filmes pornográficos, shows pornográficos, onde aparentemente se faz de tudo. Prostituição é legalizada na Holanda, então não é nada demais pra eles. Durante o dia não tinha muita gente lá, e tinha algumas prostitutas nas janelas, mas 99% delas eram gordas e a maioria mais velha. De lá fomos caminhando até encontrar uma das casas mais antigas de Amsterdam, que hoje é um pub.

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Pub numa das casas mais antigas de Amsterdam

Eu adorei o interior e paramos pra tomar alguma coisa. O almoço foi bem tarde num restaurante que serve comida típica holandesa. Não tinha nada que eu gostava no menu, o que eu queria era o prato infantil, de frango com batata frita, mas como sou adulta não posso e fui obrigada a comer um frango que tinha tempero de pimentão, que eu absolutamente detesto, e passei o resto do dia passando mal. Pra mim comida é a pior parte das viagens, pois é raro ter algo que eu goste! Depois disso nós fomos pro outro lado do centro, pois logo era hora da visita no museu da Anne Frank, que vou comentar no próximo post. Depois disso começou a chover e fomos num bar pra eu tomar um chá, afinal ainda tava passando mal do estômago e depois ficamos matando tempo, pois queríamos retornar ao red light district quando fosse noite. Só que demorou um monte pra ficar escuro, já eram mais de 10 da noite! Jantamos num restaurante natureba que achamos e comi uma salada. O red light district a noite chega a ser engraçado, é absolutamente cheio de turistas de todas as idades (só não tem criança, por motivo, catraentes. Quanta diferença! Depois de uma caminhada por lá já eram mais de 11 da noite e voltamos pro hotel.

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Museu da maconha no Red Light District

Amsterdam

Fim de semana passado fomos para Amsterdam. Voamos na sexta-feira meio-dia. Vôo curto, de 40 minutos, como de Floripa até São Paulo. O nosso hotel era longe da cidade, e feito o check-in largamos as coisas e fomos pegar o tram. 20 minutos até o centro, mas passa rápido quando se tem coisas interessantes pra ver.
Descemos numa praça turística chamada Leidse Plein, com vários cafés e restaurantes, artistas de rua (eles estão sempre onde estão os turistas), essas coisas. O dia estava lindo e resolvemos fazer um passeio de barco pelos canais de Amsterdam. O barco saiu da frente do Hard Rock Cafe e o passeio durou 75 minutos e passou por vários canais de Amsterdam, e pelo porto.

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Foi muito legal, a gente via pessoas sentadas na beira dos canais, algumas em mesinhas de restaurantes, tomando alguma coisa e conversando, e vimos vários barcos com pessoas morando dentro. Aqui na Europa é bem comum pessoas quererem morar em barcos, que ficam atracados na margem e alguns tem até entrada e jardim como se fosse uma casa de verdade!
Depois do passeio fomos jantar, pois não havíamos almoçado. Eu havia achado na internet a dica de um restaurante com um bife muito gostoso, segundo a pessoa que escreveu o artigo, e fomos atrás deste lugar. Era um restaurante cheio de gente, de pessoas locais mesmo ao invés de turistada. Tanto que o menu é um quadro negro pendurado na parede, e só está escrito em holandês. Ainda bem que no artigo tinha o nome do prato que era pra pedir! Comi o bife, batata frita e salada. Estava tudo DELICIOSO!! por $20 euros por pessoa, incluindo bebida, valeu a pena!

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De lá caminhamos até o Vondelpark, um parque bem grande preferido pelos moradores e pelos turistas. Estava cheio de gente, muitos fazendo churrasco em churrasquerias descartáveis. O André falou que por onde ele andava ele sentia cheiro de maconha (eu não consigo reconhecer direito). È que na Holanda, apesar de ser ilegal, é tolerado, então muita gente lá fuma. Inclusive tem os chamados cofeeshops, que são lugares onde se vende maconha pra consumo. São todos regulados pelo governo e tem várias regras. Por exemplo, eles não podem vender bebidas alcólicas, pois não se deve misturar. Vimos vários destes por Amsterdam! Eles também vendem milkshakes e brownies com maconha dentro. Engraçado que perto destes coffeeshops encontra-se lojinhas onde vários tipos de comidas doces e salgadas (de pizza a donut) estao misturadas na vitrine. Eu olhei e pensei que nunca compraria nada nestas lojas, mas o André falou que é por causa do pessoal que fuma maconha, que diz que dá bastante fome depois.
Depois de uma caminhada no parque voltamos pro hotel pra descansar pro dia seguinte, que seria bem cheio.

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