Wednesday 30 December 2015

Berlin I

O lounge do aeroporto de Krakow era pequeno mas muito bem abastecido, com salada e sanduiíches bem gostosos. Chegamos tarde em Berlin e fomos direto pro hotel. Nos hospedamos no Ibis do lado da estação principal. Por eu ter viajado bastante a trabalho ano passado eu acumulei pontos o suficiente pra termos um upgrade de quarto e foi bom termos um quarto maior com late check-out.
Foi muito bom estar em Berlin de novo. A estadia foi curta mas adorei ter revisto alguns dos amigos que eu fiz quando morei lá em 2013, principalmente a minha amiga Suzanne. No dia seguinte a nossa chegada de manhã visitamos o bairro de Prenzlauer Berg, onde morei por 4 meses em 2013. Foi legal ter visto a “minha” rua, o prédio onde eu morei e os lugares que eu ia ali perto. Bem na esquina tem uma academia bem legal agora! Infelizmente o café que eu gostava de ir, o Zuckerstück, estava fechado para férias, mas fui no shopping comprar algumas coisas na Rossman.
Nós almoçamos com a Dorotheia, a menina que me hospedou por uma semana quando eu chegue em Berlin aquela vez. Almoçamos num restaurante de comida típica de Berlin no bairro de Nikolaiviertel, bem perto do centro. Ela foi com o namorado dela, que não fala inglês, e o André por sua vez não fala alemão, então ficamos alternando entre os 2 idiomas para que todos entendessem a conversa. Foi bom pra praticar. A comida deixou muito a desejar devo dizer, e foi bem cara.
De tarde visitamos um mercado de natal que ainda estava em funcionamento, perto do Ku’Damm. Era bem grande e bonito, bem mais tradicional que Winter Wonderland. Agora entendi porque os alemães que conheci em Londres reclamam do Winter Wonderland, pois nem se compara com os verdadeiros mercados de natal da Europa continental… Estava MUITO frio, sensação térmica de –8, e eu tomei um chocolate quente pra me esquentar.
Chocolate quente no mercado de natal pra esquentar

Depois disso fomos pro hotel descansar e mais tarde fomos até Schöneberg, onde mora a minha amiga Suzanne e onde tem o bar Blues Garage, onde eu customava ir com ela nas quintas a noite pra ver jam session, que eu adorava. Foi muito legal, colocamos o papo em dia e jantamos comida tradicional alemã DELICIOSA, por menos da metade do preço do restaurante do almoço. O André gostou muito e entendeu porque eu gostava tanto daquele lugar.

Eu e a Sue no Blues Garage

Tentando não congelar no frio de -8

Tuesday 29 December 2015

Slovakia

No segundo dia nós resolvemos aproveitar o fato de que estávamos de carro e também de que a Slovákia fica menos de 2 horas de viagem pra conhecer outro país, mesmo que por algumas horas. Saímos de manhã e fomos contornando as montanhas Tatras, passando por várias vilas no caminho que vivem do turismo de inverno. Pela falta de neve algumas das pistas dentre as dezenas que vimos pelo caminho haviam feito neve artificial  e numa faixa pequena da montanha, bem embaixo, era possível esquiar. Haviam algumas pessoas esquiando nesse lugares, mas achamos que não valia a pena pra nós. Passamos pela vila da Zdiar, bem pequena e vazia pela falta de turistas, e fomos em direção a cidade de Poprad. Ficamos cerca de meia hora nessa cidadezinha, que sinceramente não tem nada demais e não demoramos a continuar viagem. Nesta hora havia bastante sol, diferente de Zakopane que estava nublado. Seguindo viagem pela paisagem ensolarada, do nada vimos uma nuvem gigante na nossa frente, bem na direção onde estávamos indo. Achamos que passaríamos a nuvem e logo sairíamos do outro lado, mas não foi o que aconteceu. Estávamos na verdade indo em direção a um vale que a nuvem estava cobrindo.
Lá embaixo estava tudo encoberto e visitamos a cidade de Spisska Nova Vez, Também não era grandes coisa, mas mais interessante que a cidade de Poprad. Caminhamos pelo centro por uns minutos e queríamos almoçar por lá, entretanto infelizmente não encontramos nenhum lugar que nos agradasse e que não tivessem cheiro insuportável de cigarro. Acabamos só comendo um strudel com chá num café ali no centro e resolvemos voltar logo pra Zakopane. Nossa opinião é que a Eslováquia é interessante pra quem quer fazer passeios ao ar livre e curtir o lado natureza, pois mesmo a capital (pelo que vi em fotos) não se compara com as demais cidades européias.
Uma vez lá fizemos uma massagem relaxante por um preço bem mais em conta que em Londres.


Cidade de Spisska Nova Vez, na Eslováquia

Monday 28 December 2015

Zakopane

No nosso primeiro dia inteiro em Zakopane nós fomos no centro de informações ver que tipo de coisa poderíamos fazer que não envolvesse neve, na falta da mesma. Acabamos visitando a montanha Kasprowy Wierch, uma das principais da cadeia das Tatras. Dirigimos até um estacionamento cerca de 10min do centro e de lá precisa-se caminhar por cerca de 20 minutos até a base da montanha ou pegar uma mini van. Da base da montanha pega-se um bondinho que sobe até o topo da montanha, que está a mais de 2 mil metros de altura. Lá em cima havia um pouco de neve, o que deixou a paisagem bonita, ainda mais com o sol brilhando.
Montanha Kasprowy Wierch

Na real havia mais gelo do que neve, e ficamos surpresos de certas áreas da montanha estarem abertas para acesso de quem não tinha o equipamento necessário pra caminhar no gelo, incluindo nós. Começamos a caminhar pela montanha e certas áreas bem do lado de uma descida super íngreme e sem rede de proteçao, eram gelo puro e era impossível caminhar sem escorregar. O certo era ter aquele acessório com pontas embaixo pra colocar no sapato pra caminhar no gelo, mas só percebemos isso depois de termos começado a caminhar. O jeito foi ir bem devagar e tentar colocar o pé em lugares “seguros” pra não despencar lá de cima e voltar até onde o bondinho nos havia deixado. A vista lá era bem bonita e foi um passeio legal.

Depois disso nós fomos fazer uma caminhada num ouro lado da montanha, que nos levou até uma cachoeira.
Trilha pelas montanhas Tatras

Pra ser sincera o caminho até lá, a trilha em si, foi mais interessante do que o final, pois não havia muito volume de água por ser inverno.

                                                     Trilha pelas montanhas Tatras

Diz que o melhor é ir a primavera, quando o degelo eleva o volume de água bastante. Logo começou a escurecer (inverno é uma droga por isso) e voltamos pro hotel pra descansar. Jantamos no restaurante do hotel, que era bem gostoso. Eu comi um pierogi russo, que é tipo um ravioli de batata com bacon e cebola, bem gostoso. Comi também o queijo Oscypek, típico daqui e muito gostoso, além de uns copos de vinho da casa.

No restaurante do Hotel Sabala, esperando a janta

Friday 25 December 2015

Festas de fim de ano

O natal este ano passamos aqui em Londres mesmo, com um casal de amigos que moram no sudeste de Londres. A menina é brasileira e o marido é argentino e é cozinheiro. Juntando ele com o André deu uma ceia brasileira/argentina deliciosa. Comemos um monte todos nós! Foi muito legal ter passado o natal com eles no dia 24 de noite.
Dia 25 nós viajamos pra Polônia. Nosso plano era esquiar nesta cidade famosa na Polônia por ser perto das Tatras Mountains, onde no inverno pode-se esquiar e no verão existem várias trilhas pelas montanhas, sempre com muitos turistas de várias partes do mundo. O que nós não esperávamos quando marcamos a viagem em setembro é que o começo do inverno não seria frio o suficiente para dar neve e o resultado é que não conseguimos esquiar. Foi minha segunda tentativa frustrada de esquiar aqui na Europa, pois lá por 2010 nós fomos até Insbruck na Áustria pra esquiar, mas eu estava tão doente que não pude quase sair do hotel. No fim de semana anterior a viagem nós vimos a previsão do tempo e decidimos então alugar um carro, que acabou sendo a melhor coisa que fizemos dadas as circunstâncias, pois ficamos livres pra ir e vir quando quiséssemos. Chegamos em Krakow dia 25 de noite, depois de escala em Berlin e atraso no vôo. Ao chegarmos no hotel às 9 da noite, o restaurante estava fechado e nós com fome. Eles no hotel foram legais e fizeram um sanduíche bem gostoso, que eu comi de janta, antes de sairmos pra dar uma volta pelo centro de Krakow. Eu imaginava que seria igual a Londres, onde no dia de natal quase nada é aberto. Fiquei surpresa em ver que o centro da cidade, onde tem a praça principal, estava com vários restaurantes abertos e tinha ainda um mercado de natal com várias barraquinhas vendendo comida. O André acabou pedindo Bigos, que é uma carne assada com batatas, que eu provei e estava deliciosa.

Praça central de Krakow no dia de natal

Caminhamos rapidamente pela praça principal e não demoramos a voltar pro hotel pra descansar depois de ter passado o dia viajando.
No dia seguinte fomos tomar café da manhã no Costa, que abriu em Krakow em algum momento depois da minha visita lá, pois da outra vez que estive na cidade não lembro de ter visto nenhum. Estava um dia de sol bonito e eram mais de 11 da manhã quando nos pusemos ao caminho e Zakopane.
A viagem durou cerca de 2 horas e por sorte não ficamos presos no trânsito legendário pra chegar ate Zakopane, que lemos em algum lugar ser principalmente ruim no verão. Uma vez instalados no hotel, localizado bem no centro de Zakopane, demos uma volta pelo centrinho onde tem a rua de pedestres que estava cheia de pessoas, lojas, restaurantes e cachorrinhos de roupinha passeando com seus donos, as coisinhas mais queridas!
Tomei uma sopa de verdade num restaurante lá, bem diferente das sopas horríveis feitas com creme de leite aqui na Inglaterra, e os preços lá são bem acessíveis quando se compara com Londres.

As casas em Zakopane são todas como se fossem casas de bonecas, com telhados pontudos e bem inclinados pra evitar o acúmulo de neve, e são em sua grande maioria de madeira com algumas partes trabalhadas na própria madeira, o que deixa a cidade bem charmosa. Com neve deve ser muito mais bonita ainda!
Vista do nosso hotel em Zakopane

Saturday 28 November 2015

Tradições de fim de ano

Este post é sobre as minhas tradições de fim de ano, coisas que eu gosto de fazer nessa época do ano e faço sempre.
O primeiro deles aconteceu semana passada, no rinque de patinação do museu de história natural aqui de Londres. Eu vou patinar ali todos os anos porque ganho desconto de 50% no ingresso por ter sido cliente no ano anterior. O rinque de Sommerset house é mais legal, mas o ingresso é duas vezes mais caro, então eu deixo pra ir lá quando vou com alguém que sabe patinar também, senão não vale a pena.
Este ano quem foi comigo foi a Pia, minha amiga da Noruega, que estava me visitando aqui em Londres.
Eu tirei a tarde de folga do trabalho e fomos passear pelo leste de Londres. Fomos até Liverpool street ver o Old Spitalfields market, e então caminhamos até Bricklane pra comer daquele bagel delicioso de salted beef, que eu estava querendo há tempo. Agora matei minha vontade e não preciso voltar tão cedo lá. Caminhamos pelas lojinhas charmosas do leste de Londres, que ainda têm personalidade e estilo, pois aquela área da cidade ainda não foi tomada pelas grandes cadeias de lojas, apesar de já estar acontecendo aos poucos.

Sanduiche

Bagel de Salted beef

De lá fomos até South kensington, onde fica o rink de patinação. Como já está friozinho e escurecendo às 4:30 da tarde, luzes de natal já estão por toda a cidade, clima perfeito pra patinar no gelo. Foi divertido, apesar de estar cheio demais por ser sexta-feira.
Uma coisa que eu não entendo é casal patinar de mãos dadas. Pode parecer romântico, mas a meu ver só duplas em competição de patinação deveriam fazer isso, pois senão é desastre na certa. Vários casais caíram durante seu passeio romãntico pelo gelo, e sei que vão me achar malvadinha por dizer isso, eu achei engraçado. Ano passado eu havia dito pra mim mesma que iria fazer aula de patinação no gelo (tem um lugar em Queensway que é aberto o ano todo), mas o ano passou e eu não fiz :( Falta tempo e também tenho outras prioridades pro dinheiro. Não dá pra ter tudo na vida.

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Patinando no gelo com a Pia

Outra tradição eu farei hoje, que é visitar o Winter Wonderland, o mercado de natal que tem em Hyde Park todos os anos. Vou encontrar o pessoal que trabalhava na Harvey Nichols comigo há uns anos atrás. Todos já saíram da empresa, mas nos vemos pelo menos uma vez ao ano e é sempre muito legal revê-los e colocar a conversa em dia. Eu até estou meio receosa de ir em lugar com multidão com esses ataques terroristas, entretanto da mesma forma que ninguém deixa de sair de casa no Brasil por ter medo de assalto ou pior, não posso deixar de sair de casa aqui pra fazer as coisas que eu gosto. Cada país com seus problemas... Minha amiga da Noruega tava falando dos problemas que eles estão começando a ter por causa da imigração de pessoas de países menos privilegiados pra Noruega. Quem sabe num outro post descrevo o que ela me falou, pois esse é pra contar das minhas tradições de fim de ano.

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A terceira tradição é sair num fim de semana pra fazer compras de natal. Oxford street seria o lugar perfeito pra isso, se não fosse um inferno essa época do ano. Pretendo fazer as compras de natal no fim de semana que vem, local ainda a decidir, mas escolha é o que não falta! Já aproveito e compro presentes pra levar pra minha família no Brasil.
A quarta tradição é enfeitar a casa com decoração de natal, que devo fazer também no fim de semana que vem. Não temos decorações grandes coisa, mas qualquer enfeite pra mim tá valendo, e tem sempre o Plínio, o passarinho de natal que já mostrei num post antigo, que eu inclusive comprei no Winter Wonderland uns anos atrás. Nesses mercados de natal europeus dá vontade de comprar tudo!
A quinta tradição é então celebrar o natal e ano novo. Nos anos que não podemos estar com a família nós procuramos alguém que também esteja sem companhia pro natal pra passar junto. Este ano passaremos dia 24 com uma amiga brasileira que também mora aqui em Londres com o marido e o filho pra uma ceia de natal brasileiroa. No dia 25 nós viajaremos pra Polônia pra esquiar, onde ficaremos 4 dias numa cidadezinha perto da montanha, pra no dia 29 voarmos pra Berlin pra passar o ano novo. Devo reencontrar alguns dos meus amigos que conheci quando morei lá em 2013. Pra ser sincera eu me arrependi de ter marcado essa viagem, pois eu queria mesmo era ir pra um lugar quente e o Caribe me pareceu uma boa opção, mas estava meio caro quando comecei a ver passagens. Se eu pudesse voltar no tempo teria começado a me organizar mais cedo pro fim de ano e comprado as passagens antes que tivessem encarecido. Paciência.
Uma vez em 2016 a minha tradição anual de visitar o Brasil acontecerá em janeiro, depois que os turistas todos já tiverem saído de Floripa. Quero aproveitar a companhia da família e ficar no sol e na praia o máximo que eu conseguir. Mal posso esperar! E assim vai-se vivendo a vida, com seus rituais que servem também pra nos dar ânimo de seguir em frente quando as coisas estão ruins.
Vamos que vamos em 2016!

O vídeo contêm a patinação e os meus amigos palhaços fazendo festa no Winter Wonderland.

https://www.youtube.com/watch?v=KAbnL3dvt6w&feature=youtube_gdata

Thursday 24 September 2015

Copa do mundo de Rugby

Este ano a copa do mundo de Rugby está acontecendo na Inglaterra. Eu fiquei conhecendo esse esporte quando morei na Nova Zelândia, pois lá Rugby é o esporte nacional, no qual eles são muito bons e os atuais campeões. Da mesma forma que no Brasil, quando se fala em Copa do Mundo todos imediatamente associam que estamos falando de futebol, lá na Nova Zelândia Copa do Mundo significa Rugby. Aqui na Inglaterra, como ambos os esportes têm tradição eles especificam de qual esporte estão falando quando mencionam Copa do Mundo.
Eu confesso que não entendo muito de Rugby, só entendo as regras básicas, como a bola tendo que ser passada pra trás, o scrum, sei quanto vale o Try (o gol) e o chute passando por dentro do gol, e sei que a maior parte dos jogadores são ridiculamente grandes e fortes. Nem todos precisam ser, normalmente os que chutam e passam a bola não são os maiores, mas mesmo assim não tem jogador franzino.
Apesar de eu não ser muito fã do esporte eu resolvi que gostaria de assistir um jogo da copa do mundo, e obviamente escolhi assistir um jogo da Nova Zelândia. Demorei a comprar o ingresso, então o jogo que assistimos não era dos mais interessantes pra fãs do esporte (não foi um jogão), pois a Namíbia, time que jogou contra a NZ, não é dos melhores times. Foi bom pra ver os All Blacks (apelido do time da NZ) marcarem bastante gols.
O jogo aconteceu no Estádio Olímpico, onde foi a abertura, encerramento e atletismo nas olimpíadas de 2012 aqui em Londres. Esse foi outro motivo pelo qual resolvemos assistir esse jogo em particular, pra conhecer o estádio.
Este estádio fica no leste de Londres, uma área que o governo está tentando revigorar, pois era muito pobre e com bastante criminalidade. Foi um dos motivos de construírem o parque olímpico lá, que também levou a construção de um shopping center muito grande do lado, tem boas estações de metrô e muitas construções modernas saindo praqueles lados.
Nosso plano era jantar no shopping de Stratford, que fica do lado do parque olímpico. O jogo começava às 8 e chegamos lá às 6. Estava absolutamente L-O-T-A-D-O. O metrô estava um inferno de cheio e o shopping pior ainda. Todos os restaurantes estavam lotados e acabamos comendo uma salada no Pret, uma loja que vende café, sanduíche e salada.
Fomos cedo pro estádio pra garantir que não perderíamos a famosa Haka, a coreografia e grito de guerra que os neozelandeses fazem sempre antes de jogarem Rugby. Eu acho meio injusto a NZ poder fazer isso e os demais times não, mas por ser antiga essa tradição continua, e acho que a maioria das pessoas não se importa de assistir por 30 segundos. Os Kiwis são sempre orgulhosíssimos da Haka.
Uma coisa que eu aprendi sobre os ingleses é que se a Inglaterra não está jogando eles sempre torcem pro time mais fraco (a não ser que seja França ou Argentina), e nesse caso não foi diferente: estava praticamente o estádio todo torcendo pra Namíbia. Haviam várias pessoas com bandeiras e roupas com a Silver Fern, o símbolo da NZ (incluindo eu e o André), mas ao nosso redor estava cheio de pessoas torcendo pra Namíbia.
A NZ não demorou nada a marcar, e em 10 minutos de jogo já estavam na frente. O primeiro tempo teve vários tries e gols da NZ e teve também a Mexican Wave, que é sempre muito divertida de participar e de ver. Engraçado que a NZ marcava e era como se o estádio ignorasse tal fato, mas o único try que a Namíbia marcou causou um alvoroço. Eu fiquei brincando os ingleses atrás de mim pois estavam torcendo pra Namíbia e ficavam tentando me irritar, aí eu falei que eu iria torcer pra Namíbia quando eles jogassem contra a Inglaterra hehehe
Cada tempo do jogo dura 40 minutos, com 10 de intervalo. Devo confessar que o segundo tempo foi chato, com poucos lances, tanto que muitas pessoas começaram a ir embora depois de uns 10 min do segundo tempo. Ficamos até faltar 10 minutos pra terminar a partida e o placar era 49 pra NZ 14 pra NAM. Como demoraríamos mais de 1h pra chegar em casa, já era 22h e tínhamos que trabalhar no dia seguinte, fomos logo pro metrô pra evitar a multidão de mais de 51 mil pessoas que estava no estádio. Os ingleses, como sempre, deram um show de organização com tudo muito bem sinalizado e pessoas dando informações sobre onde ir pra chegar no metrô, bastante presença policial também.
A estrutura cosntruída pras olimpíadas continua sendo aproveitada para diversas competições e eventos e regenerou aquela área de Londres. Realmente foi um investimento muito bem planejado e aproveitado pelos ingleses. Duvido que o mesmo vá acontecer no Brasil, infelizmente.
Foi um evento memorável pra mim, pois nos fez sentirmos próximos de um país pelo qual temos bastante carinho, a Nova Zelândia.

Vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=AIaP4q7Avtc&feature=youtube_gdata

 

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Monday 31 August 2015

Sarajevo, Bósnia – Dias II e III

A cidade de Sarajevo não é muito grande, sendo facilmente explorada em 1 dia. Fatos interessantes:

  • Tem cerca de 350 mil habitantes
  • Em 1984 sediou os jogos olímpicos de inverno
  • Em um raio de poucos quilômetros encontra-se mesquitas, ingrejas católicas, ortodoxas e sinagogas
  • É o segundo país mais pobre da Europa, com alto índice de corrpução entre as autoridades
  • As cidades em melhor condição são aquelas onde o turismo leva dinheiro
  • A parte nova de Sarajevo é uma das que mais está crescendo na Europa, com vários prédios novos sendo construídos
  • Sarajevo em vários shoppings bem modernos, coisa a qual até os habitantes fazem piada, pois a cidade nem é tão grande pra ter tanto shopping
  • A primeira guerra mundial começou com o assassinato do imperador da Austria, que ocorreu numa ponte no centro de Sarajevo

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Em cima: Mesquita de Gazi Husrev
Eu e André passeando por Sarajevo
Embaixo: Escola de Gazi Husrev
Marcas de bala numa casa
Praça com a igreja ortodoxa

Nos hospedamos num hotel bem no old town da cidade, chamado Hotel Old Town. O hotel não é grande coisa, mas a localização é fantástica, pois significa que é muito fácil ficar indo e voltando entre as caminhadas pela cidade.
A cidade é interessante, com suas mesquitas antigas, as ruazinhas de pedra cheia de lojinhas vendendo souvenirs, metais, tapetes persa, roupas, doces turcos (comemos bastante baklava) e tem também vários cafés e restaurantes.

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Mesquita do imperador
Prédio da biblioteca
Casa interessante em Sarajevo
Restaurante Dveri
Placa proibindo armas. Será que caso contrário as pessoas andariam armadas?

Visitamos a escola de ensinos islâmicos de Gazi Husrev Beg, que governou a Bósnia lá pelos 1500. Ele ficou famoso por ter construído várias estruturas pro desenvolvimento de Sarajevo, como a mesquita e a escola e as instruções que ele deixou para o funcionamento de ambos no futuro ainda são seguidas pelo que eu entendi.

Caminhamos também até um forte num morro atrás da cidade pra ver a vista e lá de cima em um mini canhão de onde eles atiram todos os dias durante o ramadã, indicando a hora de quebrar o jejum. A vista de lá de cima é bonita.

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Vista da cidade de Sarajevo
Loja vendendo tapetes persas

A comida é boa até, eu me enchi de burek, que é uma massa salgada com recheios a escolher: espinafre com queijo, carne ou batata. Eu acho tão gostoso que eu almocei aquilo todos os dias por ser algo pequeno e gostoso. Almoço e janta em restaurante sai caro (apesar de lá ser super barato pros padrões de Londres) e acabamos comendo demais, então eu comia só aquilo de almoço pra jantar algo com mais substância. Achamos um restaurante chamado Dveri que era bem gostoso com uma decoração bem legal.

Grande parte dos prédios destruídos foi renovado, entretanto ainda é possível ver marcas de bala e prédios destruído em várias partes da cidade, como em Mostar.

Entramos numa mesquita muito bonita chamada Mesquita do Imperador. Como eu resolvi entrar eu tive que seguir a regra, que dizia que eu deveria me cobrir, como aparece no vídeo. Agora eu nunca visitaria países como a Arábia Saudita onde mulher tem que se vestir sempre assim e é extremamente desrespeitada. Não quero ter nada a ver com culturas de desrespeito, quero longe de mim!

Terminamos o passeio visitando um memorial para crianças e jovens que morreram na guerra, onde tinha o nome e data de nascimento e morte de cada um. Enquanto eu estava no Brasil estudando aqueles jovens da mesma idade que eu morreram. Faz a gente apreciar a vida e a sorte de ter nascido e vivido num lugar sem guerras.

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Janta na última noite da viagem

Vídeo de Sarajevo

https://www.youtube.com/watch?v=GThQv2yyKIo&feature=youtube_gdata

Sunday 30 August 2015

Sarajevo, Bósnia–Dia I

Neste post vou falar de tudo o que vimos sobre a guerra e no seguinte falo dos passeios pela cidade de Sarajevo, apesar de termos feito essas coisas de forma intercalada durante nossa estadia.

Sarajevo.... o que posso dizer dessa cidade? A cidade é relativamente pequena, cerca de 350 mil pessoas. É uma cidade que por muito tempo viveu em paz com crenças diferentes. Num raio de poucos kilômetros acha-se mesquitas, igrejas católicas, ortodoxas e sinagogas. Todo dia tem o call of prayer e também toca o sino da catedral. Realmente um exemplo de tolerância... bom... nem sempre... infelizmente tem uma história extremamente trágica de intolerância que até hoje mancha a cidade.
Alguns grupos cristãos e alguns grupos muçulmanos se odeiam. Tanto, mas tanto, que cometeram crimes horríveis uns contra os outros. A cidade de Sarajevo ficou 4 anos cercada pelos sérvios (a história da guerra é extremamente complicada, com vários grupos envolvidos, cada um querendo um pedaço do bolo. O melhor é pesquisar sobre esse assunto quem quer saber exatamente o que motivou a guerra e quais os grupos envolvidos). Os sérvios estavam usando território como desculpa pra guerra, mas na real isso era um fator pequeno: eles queriam exterminar os muçulmanos. Isto é um fato, independente do que muitos possam falar. Nós visitamos a galeria do massacre de Srebrenica, onde mais de 8000 homens foram executados pelas forças sérvias. Eram civis que foram separados das suas famílias que estavam tentando fugir da guerra. Essa cidade de Srebrenica estava sobre proteção das Nações Unidas (UN) na época, entretanto a UN subestimou de forma absurda a seriedade do que estava acontecendo, e o resultado foi o genocídeo dessas pessoas, que foram colocadas em ônibus e levadas pra certas vilas onde foram executadas. Isso lembra algo que aconteceu no passado? 2 guerra e o genocídio dos judeus!!! Incrível como a história se repete de tempos em tempos. Pra mim a única utilidade prática da história é aprender com os erros do passado e nem isso o ser humamo é capaz de fazer!! Essa exibição do que aconteceu em Srebrenica mostra bem a diferença entre o lado humano da guerra (as pessoas sendo torturadas e executadas, separadas de suas familias pra sempre) e o lado onde cada um é uma estatística, com fotos dos líderes de governo de diversos países embaixo de uma tenda falando no celular num dos lugares onde as execuções aconteceram simplesmente falando em números e se achando importantes demais. Um líder que só recebeu críticas e não ganhou reconhecimento nenhum foi o Bill Clinton. Foi os Estados Unidos quem conseguiram acabar com a guerra. Eu achei a posição deles louvável realmente. Primeiro eles não quiseram se envolver pois era uma guerra civil, então quem teria que resolver a situação seria o governo da Iugoslávia. Entretanto a situação foi se deteriorando a ponto de que eles resolveram intervir e conseguiram acabar com a guerra, porque a UN realmente não estava dando conta, sabe-se lá porque. Quando eu era intercambista nos Estados Unidos, na minha aula de inglês tinham 2 meninas e um menino de Sarajevo, todo refugiados da guerra. Fiquei até curiosa pra saber o que andam fazendo hoje em dia, mas perdi contato.
A exibição do genocídio de Srebrenica é a atração turística mais interessante na minha opinião, pois assim se aprende os fatos do que aconteceu lá, ao invés de ter a visão de quem só vê as coisas de longe e se acha em posição de ser o dono ou dona da verdade.

Visitamos também o Tunnel of Hope, ou o Túnel da Esperança, que foi construído pelo povo de Sarajevo como forma de conseguir que comida e mantimentos chegassem até a cidade. Os sérvios simplesmente cercaram a cidade inteira e estavam atirando pra matar todos os habitantes da cidade, e não deixavam ninguém entrar ou sair, pois queriam que todos morressem de fome. A nações unidas conseguiram negociar com os sérvios e tomaram o aeroporto, que foi o que permitiu que alguns habitantes conseguissem escapar de Sarajevo. O túnel inclusive passava por debaixo do aeroporto. Em troca, as nações unidas teriam que ficar neutros durante a guerra, entretanto eu achei essa neutralidade meio estranha, pois durante a noite, se eles vissem alguém tentando cruzar a área do aeroporto pra chegar até as montanhas, região controlada pelo exército Croata e portanto uma área segura, eles acendiam as luzes para os soldados sérvios verem e atirarem nas pessoas, o que não me parece imparcialidade.

Na internet tem um mapa interessante que mostra como a cidade estava cercada. Essa parte preta que eu circulei fica bem dentro da cidade de Sarajevo e ficou conhecida como Sniper Alley, ou a Rua dos atiradores de elite, em tradução livre.

Essa parte da cidade estava cheia de atiratores sérvios, que ficavam nos prédios atirando em qualquer pessoa que passasse pelas largas avenidas na frente deles. O problema é que as pessoas tinham que passar ali pra conseguir água, comida, ir trabalhar ou ir pra escola, pois é uma área que liga o centro da cidade aos subúrbios.

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Sniper Alley

Muitas pessoas foram mortas ali. As pessoas que ali passavam pra seguir a vida acabavam na real arriscando morrer. Elas passavam ou correndo com os tiros vindo em sua direção, ou esperavam um veículo das nações unidas com soldados pra cruzarem com eles, usando o carro como escudo. No filme que assistimos na exibição de Srebrenica mostra adolescentes correndo essa rua pra chegar na escola. Se não me engano é perto da entrada pra Grbavica.

Hoje em dia as coisas estão mais calmas do que naquela época, mas existe muito ódio e sentimento de vingança entre muitos deles. Espero que não venham a tona e iniciem nova guerra, mas pesquisando na internet acha-se muitos blogs de sérvios falando mal de muçulmanos e vice-versa.

Sabem o que é pior na minha opinião? Que os líderes maiores responsáveis pela matança não foram punidos. Um morreu ainda em julgamento e o outro está vivo mas não pode ter uma punição porque o tribunal de Hague não consegue chegar num consenso sobre o termo pra definir que aconteceu, isso porque a Sérvia pressionou a comparsa Rússia pra votar contra o termo Genocídio, apesar de claramente ter sido isso o que aconteceu. Como sempre política suja, troca de favores e corrupção mandam no mundo. O próximo post será de turismo e sem tragédia.

Saturday 29 August 2015

Mostar, Bósnia

Como só tínhamos um dia em Mostar acordamos cedo pra aproveitar o máximo possível. A cidade de Mostar foi a mais afetada na guerra da ex Iugoslávia. É uma cidade bem pequena e tem muita coisa que não foi reconstruída/renovada depois da guerra. Eu com certeza não sou a melhor pessoa pra explicar sobre a guerra, mas algumas coisas que eu aprendi eu vou colocar no texto, quem tiver interesse que procure detalhes na internet.
Mostar tem uma ponte muito famosa que separa o lado leste do lado oeste da cidade. O lado leste é o lado dos muçulmanos e o oeste dos cristãos. Essa ponte era muito antiga e um símbolo da cidade, tendo estado lá por mais de 400 anos. Durante a guerra os croatas simplesmente a destruíram, junto com o lado leste da cidade, que ficou em cacos.
A ponte foi reconstruída depois da guerra com ajuda internacional (inclusive parte das pedras que formam a ponte reconstruída foram pegas de dentro do rio. Pelo jeito na construção original o material que não foi usado acabou sendo descartado dentro do rio) e continua sendo o símbolo da cidade, que agora atrai bastante turistas e salva a economia local.
A parte leste da cidade ainda tem muita casa em ruínas, que não foram reconstruídas. Qualquer lugar onde se anda por lá consegue-se ver alguma casa com marca de tiros ou abandonada.
O nosso passeio começou pela ponte velha (Stari Most). Como era cedo não haviam ainda tantos turistas e conseguimos ver um dos membros do "clube de mergulho" da ponte pular lá de cima dentro do rio. Durante o dia, principalmente quando tem bastante turista perto, algum dos membros do clube sobe no parapeito da ponte e fica lá sentado. Todo mundo se empolga e fica olhando com as câmeras prontas pra bater foto ou filmar. Eles sabem disso e propositalmente fazem poses como se fossem pular, mas nada acontece. Aí passa um outro deles recolhendo dinheiro dos turistas, enquanto outro toma o lugar do cara que vai mergulhar. A cena toda demora mais de 30min, até o cara finalmente mergulha lá de cima. Na margem leste do rio, quando estávamos almoçando nós vimos vários rapazes escalando uma plataforma de madeira e pulando no rio, que é onde eles treinam pra fazer parte do tal clube. Parece que qualquer um pode saltar, desde que pague uma taxa de 30 euros pro clube e faça uma aula de como saltar lá de cima.
Bom, saímos da ponte e caminhamos pela margem leste pelo mercado antigo, onde existem várias lojinhas de souvenirs, incluindo lojas de artesanato local, onde compramos algumas lembrancinhas. Segundo lemos  no guia, algumas das coisas que eles vendem nesse mercado são artes antigas ainda passada de pai pra filho, mas é difícil saber quais são tais lojas com tanta barraca de souvenir por lá.
Fomos caminhando até uma outra ponte que fica perto da estação de ônibus, que já não faz parte do old town. Lá pode-se ver alguns prédios construídos durante o império austro-húngaro, pois têm o estilo dos prédios em Vienna, mas em escala bem menor. Inclusive um dos prédios nesse estilo era uma piscina pública, sendo que o governo italiano deu dinheiro para restaurar depois da guerra. Infelizmente o prédio agora está abandonado.

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Ponte de Mostar
Homem se preparando pra pular da ponte
André atravessando a ponte de leste pra oeste
Vista bonita do rio e da cidade
Old town com as lojinhas

Cruzando a ponte caminhamos pela margem oeste de volta até o old town, e não tem nada de interessante pra turistas nesse lado. Chegando no old town vimos uma parte bem legal que desce pra uma área na beira do rio, com vista legal pra ponte antiga. Nessa área existem vários restaurantes bem calminhos na margem do rio.
Devo confessar que neste dia estava um calor dos infernos, foram 38 graus! Não importa onde estivéssemos estava MUITO calor. Nos sentamos num lugar pra almoçar desses restaurantes mais quietos e ficamos mais de 1 hora ali tentando fugir do sol extremamente forte. Depois do almoço visitamos uma galeria de fotos de um Neozelandês que foi fotografar a guerra. As fotos realmente nos deixam ver as circunstâncias das pessoas durante a guerra, com suas casas destruídas, muitas vezes isoladas e sem água ou comida.
Resolvemos então voltar pro hotel, pois já havíamos visto tudo o que queríamos ver na cidade e nosso plano era pular na piscina pra aliviar o calor. Chegamos no hotel e o ar condicionado da recepção foi tão bem vindo que mudamos de plano e resolvemos ir mais cedo pra Sarajevo. Pra não ter que repetir as condições de viagem do dia anterior nós marcamos o transfer do hotel, que custou 50 euros mas valeu a pena, pois a viagem foi super confortável, o motorista era muito legal e foi nos contando sobre a cidade de Mostar e as coisas interessantes que tem pra ver ali por perto. A paisagem da viagem é linda!

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Old Town de Mostar
Ponte temporária depois que a original foi destruída
Casa com marcas da guerra
Paisagem da viagem até Sarajevo

O rio de águas verdes cristalinas com as montanhas verdes no fundo fazem a viagem valer muito a pena! Tem um trem que sai de Mostar e vai até Sarajevo que passa por esse mesmo trajeto (ou bem parecido), só que esse trem só sai às 7 da manhã ou às 7 da noite. De manhã não teríamos como ver nada de Mostar, e às 7 já seria escuro e de noite não veríamos a paisagem. Mas se eu pudesse planejar a viagem de novo eu teria ficado mais uma noite em Mostar e teria pego o trem pra ir cedo no dia seguinte, não porque não gostei da viagem de carro, mas porque acabamos ficando tempo demais em Sarajevo.
Nosso motorista explicou que muitos árabes têm comprado terras na Bósnia, pois eles gostam da natureza, dizendo que no país deles só tem deserto e eles ficam maravilhados de ver o verde e o rio. A água na Bósnia é muito limpa e o ar da montanha é fresco, pois não existem indústrias ali perto. É um dos poucos lugares ainda não poluídos pelo bicho homem...
Conversando com o motorista (que por incrível que pareça não falava inglês, então a opção era russo, o idioma deles, ou alemão. Adivinha qual eu escolhi :) Foi ótimo poder praticar alemão de novo por tanto tempo!) ele me falou a mesma coisa que a moça da recepção do hotel, enquanto eu esperava o transfer chegar: A Bósnia está numa situação muito difícil, sem emprego e sem investimento, e a corrupção dos políticos e das pessoas no poder é imensa. Me lembrou bastante o Brasil pra ser sincera. A classe política de certos países não tem a menor preocupação com o povo ou com o crescimento do país, sabendo somente viver de troca de favores e cargos e poder. E a sociedade como um todo é extremamente invejosa de quem está se dando bem pelo seu próprio esforço, tanto que o motorisa teve que fechar o negócio dele que estava indo bem depois de uma multa gigantesca aplicada por um fiscal corrupto por ele não querer ser corrompido.
Chegamos em Sarajevo eram cerca de 7 da noite. Uma coisa que eu percebi é que o limite de velocidade em toda e qualquer estrada em Montenegro, Croácia e Bósnia é muito baixo. Não vi uma rodovia que tivesse limite maior do que 70km/h.

Vídeo de Mostar:

https://www.youtube.com/watch?v=xDBqPrk2MF0&feature=youtube_gdata

Friday 28 August 2015

Viagem de Montenegro à Bósnia

Este foi nosso último dia em Montenegro. Eu estava triste de ir embora, queria ter ficado mais naquela paraíso calmo de águas tranquilas com vista pra montanha, onde eu ficava de biquini o dia inteiro deitada no sol ou nadando no mar ou piscina. Aproveitei isso o máximo que consegui, ficamos nessa até as 11 da manhã e aí fomos arrumar as malas pra ir embora. Na volta nós resolvemos pegar o barco ao invés de dirigir pela baía toda como havíamos feito na vinda.

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Igreja no centrinho de Prcanj

Passamos pelo centrinho da vila de Prcanj, que eu recomendo que todos conhecam, pois é uma vila muito charmosa, e fomos até a vila de Lepetane de onde tem uma ferry até o outro lado da baía a cada 15 minutos. Cruzar a baía demora cerca de 10 minutos e logo estávamos a caminho de Dubrovnik pra devolver o carro. Nós tínhamos que estar na estação de ônibus de Dubrovnik às 3:45, pra pegar o ônibus pra Mostar às 4 da tarde. Estávamos na ferry ao meio-dia, então tínhamos quase 4 horas pra fazer isso, o que era tempo suficiente e planejamos até passear por Dubrovnik de novo um pouco.
Só que aí começou o pesadelo e nos mostrou que estávamos enganados... A fila pra imigração da Croácia estava um absurdo de grande. Se falei que na vinda pra Montenegro não pegamos fila, fomos negativamente compensados na saída. Ficamos mais de 1:30 naquela fila infernal. Graças a Deus o carro tinha ar condicionado, pois estava MUITO quente na rua.
Chegamos em Dubrovnik e até achar o lugar pra devolver o carro, pegar um táxi e chegar na estação de ônibus já eram 3:45. Só que não havíamos almoçado nada e a viagem até Mostar iria demorar, então o André foi correndo num supermercado do lado da estação comprar comida pra gente, enquanto eu confirmava de onde sairia o ônibus. Fiquei sabendo então que deveria pagar extra pra reservar assento (o que não era opcional) e pagar uma taxa extra na moeda local, a qual nós não tínhamos nem um centavo e que não aceitavam cartão. Montenegro usa euros, e a Bósnia usa outra moeda, então não queríamos pegar dinheiro da Croácia pois estávamos ali só de passagem, mas ou era isso ou não viajávamos. Tentei dirar dinheiro com meu cartão do banco na estação de ônibus, mas a máquina maldita iria cobrar £10 da minha conta e eu me recusei. No fim eu achei £5 na minha carteira e troquei pra moeda local, o que deu pra pagar a reserva de assento e mais a taxa pra colocar a mala no ônibus, coisas que não estávamos contando que teríamos que pagar. Por que não cobram tudo junto com a passagem?? Coisa de país pouco desenvolvido mesmo.
Bom, conseguimos terminar tudo isso pras 4 da tarde, que é quando o ônibus sairia. Só que chegou 4 da tarde e nada do ônibus aparecer. 4:10 e nada, 4:20 e nada, 4:30 e nada. O ônibus só apareceu as 4:45 e aí foi a maior confusão, todo mundo correndo pro ônibus e tentando colocar mala no bagageiro. Sei que o ônibus saiu com 1 hora de atraso.
Por que pegamos ônibus pra ir pra Bósnia ao invés de dirigir? Boa pergunta. A resposta é que 99% das empresas de aluguel de carro não permite que se leve carro até a Bósnia, e eu não sei o motivo. Só achamos a Herz que permitia isso a um custo extra de £150, o que é um abuso. Só que eu acabei me arrependendo porque a viagem de ônibus foi um inferno. Era super desconfortável e demoramos mais de 4 horas pra chegar em Mostar!
Por causa do jeito que os países foram divididos depois da guerra, pra viajar de Dubrovnik até Split, ambos na Croácia, vc precisa sair da Croácia e entrar na Bósnia e depois sair da Bósnia e entrar na Croácia de novo. A estrada que vai de Dubrovnik até Mostar tem que fazer trajeto parecido (sem passar por Split), então o resultado foi que tivemos que pegar fila e passar por imigração mais 3 vezes naquele mesmo dia! Foi um inferno que eu não quero repetir nunca mais! Inclusive pra entrar na Bósnia pela segunda vez eles recolhem os passaportes de todos no ônibus e ficamos lá um tempão esperando sem saber o que estava acontecendo. Depois de um tempo volta um cara com os passaportes e começa a chamar o nome de um por um pra ir lá pegar o passaporte, como aluno recebendo o boletim no colégio nos tempos de antes da internet.
Sei que chegamos em Mostar já era de noite. O ônibus parou na estação de ônibus e de lá pegamos um táxi até nosso hotel. O taxista desgraçado querendo nos enganar queria dar a maior volta na cidade e nós com o GPS falando pra ele que o caminho estava errado e mostrando no mapa.
A nossa recompensa pelo dia tão desagradável foi que nosso hotel era MUITO legal. Era novo, moderno, limpo, e no check-in falaram que tinha piscina, que eu nem lembrava de ter visto quando marquei. Assim que largamos as coisas no quarto fomos direto pra piscina nos refrescar e relaxar. Nem jantamos fomos direto dormir pra descansar da viagem.

Thursday 27 August 2015

Montenegro – Dia II

No segundo dia, empolgados com o sucesso do primeiro dia, pesquisamos praias na península de Luštica, que fica atrás da baía de Kotor e é muito procurada pelos turistas. Acabei escolhendo a praia de Oblatno, que tem também um beach club. Chegamos super cedo e conseguimos estacionar sem problemas. Na mini praia só tinha famílias com crianças pequenas e era de areia ao invés de pedra (talvez o motivo de ser famosa), mas era aquela areia escura que mais parece barro. Sinceramente não achamos grande coisa. O beach club era do lado, mas não estávamos afim de ir pra lá, então ficamos sentados na areia um tempo e eu caminhei até o fim do pier que tinha na frente do beach club e tinha vista bonita pra praia. A água era bem clarinha e convidativa pra um mergulho, entretanto estava muito gelada e assim que eu voltei pra onde estávamos o André e nossas coisas não estavam mais lá. Ele tinha mudade de lugar e me falou que os caras do beach club vieram dizer que não podíamos ficar onde estávamos sentados porque aquela área era reservada pro beach club. Como já falei, aqui na Europa o dinheiro compra espaço público de forma muito fácil, o que eu acho absurdo! Já não estávamos gostando muito da praia, depois dessa resolvemos ir embora. Fomos de volta pro nosso hotel e foi a melhor coisa que fizemos, pois o hotel tem piscina, praia (sim, reservada....) e uma vista maravilhosa pra baía e pras montanhas altas que a circundam. Ficamos o dia inteiro alternando entre nadar naquela água maravilhosa e pegar sol (eu fiz isso, o André fugiu do sol).

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Na praia de Oblatno, com a água bonita mas a praia feia
Na praia do nosso hotel, depois de um mergulho

Lá pelas 5 da tarde saímos pra tomar um banho e conhecer a cidade de Kotor.
Essa cidade, como as demais, tem um muro que a circunda, e é formada por vários prédios super antigos. A diferença é que em Kotor esse muro é muito grande e parte dele foi construído na monhanha que fica atrás da cidade, sendo que em cima tem uma fortaleza. Uma das atrações da cidade é subir até essa fortaleza. Acho que essa foi a subida mais cansativa que nós já fizemos: foram mais de 1300 degraus até lá em cima! A vista lá de cima é bem bonita e assistimos o pôr-do-sol de lá como havíamos planejado.
Como era de se esperar a descida foi bem mais fácil e então caminhamos com as pernas bambas pela cidade pra conhecer melhor o que ela tem a oferecer. Essa cidade tem história muito antiga, com vários povos a tendo conquistado ao longo dos anos, inclusive Veneza. O resultado é que na arquitetura dela pode-se ver elementos de vários desses povos.
A nossa recompensa pela subida difícil foi um jantar absolutamente delicioso no restaurante Bastion, que fica num cantinho da cidade, numa mini-praça do lado de uma das igrejas. O ambiente exterior é super tranquilo e comemos peixe e camarão frescos. Sendo mais espefícica eu comi atum com molho de camarão. O filet de atum tava bom até, mas o camarão deve ter sido dos melhores que eu já comi da minha vida! Fico com água na boca só de lembrar de como era gostoso!
A cidade de Kotor é legalzinha, mas como Budva, não dá pra comparar com Dubrovnik.

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Um dos cantinhos da cidade de Kotor
Cidade vista da subida até a fortaleza

Gostamos muito de visitar a baía de Kotor e consideramos voltar no futuro, pois é ótimo pra relaxar na praia. O tempo é bom, os preços são bons e a comida também.

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Vídeo de Montenegro:

https://www.youtube.com/watch?v=blJUdzPrIEU&feature=youtube_gdata

Tuesday 25 August 2015

Montenegro – Dia I

Quando visitamos a Croácia no ano passado e eu descobri que Montenegro e Bósnia eram poucas horas de viagem de carro de Dubrovnik, resolvi que gostaria de voltar praquela parte da Europa pra conhecer alguns lugares nestes 2 países. Em junho deste ano eu comecei então a planejar a viagem e resolvemos que a melhor época seria fim de agosto pra aproveitar o feriado do fim de verão aqui na Inglaterra.
Saímos com temperatura de 15 graus em Londres e pousamos em Dubrovnik com temperatura de 33 graus. Nem preciso dizer que estava felicíssima de estar no sol e calor, que perdurou a viagem inteira em todos os lugares que visitamos!
Alugamos um carro no aeroporto de Dubrovnik e dirigimos até Montenegro. Passamos pela alfândega e pela imigração de Montenegro sem problemas e sem filas. A viagem até a Baía de Kotor, lugar onde ficamos, durou cerca de 2 horas, incluindo algumas paradas para fotografia no caminho, pois a paisagem é muito bonita.
É possível pegar uma balsa de um determinado ponto da baía até mais adiante no outro lado pra não ter que contornar a baía inteira, entretanto queríamos ver o máximo possível então resolvemos dirigir o trajeto todo. No caminho até a cidade de Kotor passa-se por varias vilas, algumas charmosas, outras nem tanto. Perast é uma das mais bonitinhas que vimos. Fica bem na beira do mar e vista pra duas ilhas no meio da baía, uma com um monastério e a outra acho que é uma igreja. Várias pessoas vieram oferecer "taxi boats" para visitar as ilhas, mas estava ficando tarde e por isso nos contentamos com fotos à distância das ilhas. Caminhamos a beira-mar pra ver o centrinho da charmosa vila mas não nos demoramos muito.
De Perast seguimos viagem até Kotor, a cidade princial da baía, mas nem paramos pra ver pois já havia anoitecido, seguindo direto ao nosso hotel, que ficava na vila de Prcanj. Nos hospedamos num hotel chamado Splendido e eu simplesmente adorei a localização! Na primeira noite jantamos no hotel mesmo, pois estávamos cansados e com fome e não queríamos sair de novo pra procurar outro restaurante. Foi uma boa escolha pois o restaurante do hotel tem mesas bem na beira do mar e por ficar numa localização tranquila era bem silencioso, só com uma música de fundo leve. A comida estava razoável, o melhor mesmo foi estar naquela mesa com as luzes da cidade de Kotor ao fundo, a baía bem na nossa frente, luz de vela na mesa, tudo perfeito!

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Vila de Perast
Janta na beira da baía de Kotor, no nosso hotel em Prcanj

No dia seguinte nós dirigimos até a riviera de Montenegro, nos arredores da cidade de Budva. Eu havia pesquisado que uma das paisages mais legais era a ilha de Sveti Stefan, que fica 5km da cidade de Budva. Essa era uma ilha de pescadores que ficou abandonada por muitos anos, mas foi comprada por alguém que a transformou num hotel. Agora o acesso a ilha só é permitido para hóspedes do hotel. Demoramos cerca de 1:30 pra chegar lá, mas como saímos cedo eram cerca de 10 da manhã quando chegamos. Ficamos batendo fotos da ilha de cima do morro onde fica a estrada, e como achamos estacionamento (algo que não é fácil) resolvemos descer pra ver a praia que fica na frente da ilha. Achamos um lugar agradável e resolvemos ficar por ali mesmo, afinal o objetivo do dia era pegar praia por pelo menos metade do dia e aquela praia era muito bonita. Como a maioria das praias do Mediterrâneo/Adriático era praia de pedrinhas, mas com o sapato de praia que eu comprei ano passado na Croácia não me importei nem um pouco em caminhar por ali.
Nós resolvemos alugar duas cadeiras com guarda-sol pois era mais confortável do que ficar nas pedras e no sol. Custou 20 euros, o que não é barato, mas era melhor do que ficar no sol forte o dia todo.
Foi um dia fantástico de praia! O mar era limpo e a água refrescante, com vista pra ilha de Sveti Stefan. Do lado da praia tem um mini shopping com super mercado e tudo, e nosso almoço foi um sanduíche de atum delicioso de uma lanchonete do lado do super mercado.

Ficamos na praia até cerca de 5 da tarde e eu até gostaria de ter ficado mais, mas resolvemos sair pra conhecer a cidade de Budva, que é grande se comparada com as vilas e cidadezinhas da área e é onde tem o "agito da balada".
Fomos então conhecer o Old Town de Budva, que devo dizer não foi grande coisa. Assim, não é feio, mas comparado com Dubrovnik não tem tanta coisa interessante. Tem algumas igrejas e também um muro e um forte. A vista do mar de cima do forte é bem bonita.

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Ilha de Sveti Stefan
Ilha de Sveti Stefan e a praia reservada aos hóspedes. A praia do outro lado do pier é onde ficamos.
Caminhando pela fortaleza de Budva
Cidade de Budva


Jantamos num restaurante de frutos do mar na beira-mar de Budva, e a mesa era na areia literalmente do lado do mar, fiquei até com medo de cair dentro d´água uma hora! A comida estava gostosa e a noite agradável, o que fechou o primeiro dia da viagem com chave de ouro!

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Janta na primeira noite, em Budva. Muito agradável.

Sunday 10 May 2015

Bletchley Park

Logo antes de nos mudarmos de casa nós aproveitamos o último fim de semana na casa da mãe da minha amiga pra usar o carro dela e fazer um passeio para Bletchey Park. Neste lugar, durante a segunda guerra mundial, centenas (ou milhares) de pessoas trabalharam arduamente para tentar decifrar as mensagens dos nazistas e montar a estratégia dos aliados baseado no que eles descobrissem dos movimentos dos nazistas. Os alemães haviam construído máquinas super sofisticadas para criptografar mensagens, então os ingleses começaram a recrutar pessoas extremamente talentosas em universidades e na área militar pra ajudar nesse processo de quebrar o código secreto das mensagens. Uma dessas pessoas foi um homem chamado Allan Turing, um matemático super inteligente e talentoso, que inventou uma máquina para decifrar o código nazista. Esta máquina foi considerada o primeiro computador. Inclusive na faculdade de computação a gente estudou sobre ele e a invenção dele.

Recentemente um filme chamado The Immitation Game foi lançado, que conta a história do Allan Turing e da sua invenção. Este foi filmado grande parte em Bletchley Park. O filme é muito bom e recomendo assistir. Eu assisti na viagem pra Nova Zelândia e fiquei com vontade de conhecer o lugar e aprender mais sobre o que se passou lá, então quando descobri que Bletchey fica cerca de uma hora de onde estávamos morando nós pegamos emprestado o carro da minha amiga e fomos até lá com a Jinny.

O lugar é bem grande e dá pra passar o dia lá visitando e conhecendo tudo. Tem um parque grande com um lago bem bonito no meio e tem também uma casa bem bonita (uma mansão que pertenceu a alguém importante e depois foi vendida para os militares) e no momento tem uma exibição com o cenário usado no filme. Pelo parque pode-se visitar as cabanas de madeira onde as pessoas trabalhavam em diversas áreas para ajudar a decifrar as mensagens. Haviam matemáticos, tradutores, pessoas especialistas em comportamento humano, tudo o que ajudasse a decifrar as mensagens dos alemães. Dizem que o trabalho deles ajudou a encurtar a guerra por 2 anos, o que é realmente um resultado fantástico.

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Bletchey Park

O fim de Allan Turing foi bem triste. Ele era homosexual e naquela época isso era inaceitável, independente da sua contribuição para a sociedade. Ele foi condenado a fazer tratamento de hormônio ou a ser preso (imagina que escolha!), e acabou se suicidando. No museu principal do parque tem uma área dedicada a ele com uma carta do ex primeiro ministro Gordon Brown se desculpando sobre como o estado Britânico o tratou (claro que isso foi há muito tempo e as pessoas responsáveis não existem mais, mas foi um gesto bonito eu achei).
Mas ele não foi o único, vários outros homens e mulheres fizeram coisas brilhantes lá!

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Máquina inventada por Turing para decifrar o código nazista
Máquina alemã usada para criptografar mensagens
Allan Turing
Uma das salas das pessoas que ajudavam a decifrar os códigos

Muitas das pessoas que trabalharam em Bletchley Park nem sabia exatamente o que se passava lá, elas sabiam somente do trabalho delas, mas não tinham noção de que estava associado a decifrar mensagens nazistas. Todas eram obrigadas a jurar segredo e por muitos anos ninguém soube o que se passou em Bletchley Park. O resultado é que muitos dos que lá trabalharam não tiveram nenhum tipo de reconhecimento por muito tempo. Cumpriram seu dever sem esperar nada especial em troca, algo muito nobre. Agora que a história foi divulgada essas pessoas contam suas histórias e dão entrevistas que podem ser vistas no museu de Bletchley Park. Foram homens e mulheres heróis!

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Sunday 26 April 2015

De volta a Londres

Retornei a Londres no começo de abril para recomeçar. Como eu havia saído do meu emprego e tive que sair do flat que eu gostava porque o cara vendeu, cheguei em Londres com duas malas e comecei tudo de novo. Realmente não é tarefa fácil, ainda mais quando se está vivendo de maneira meio “cigana” por tanto tempo. Tudo o que eu queria era um canto pra mim com as minhas coisas, mas isso demorou a acontecer.
Durante o mês inteiro de abril fiquei focada na procura de emprego: currículo no jobsite, falando com recruiters, estudando pra entrevistas, no telefone com empresas, depois indo até as empresas. Pra se dar bem tem que estudar sobre a empresa e saber bastante sobre o que eles vão perguntar. Nesse período eu comecei a me questionar o que eu realmente gostaria de fazer e qual seria a progressão natural na minha carreira e acabei mudando o foco da minha procura um pouco. Uma coisa que não ajudou na busca é que eu não me toquei que chegaria logo antes da Páscoa, que é um feriado grande aqui. Por este motivo por duas semanas praticamente nada aconteceu, pois muitas pessoas que tomam decisão sobre recrutamento saem de férias. Quando se está a procura de emprego feriado só atrapalha…
Mas depois de cerca de 1 mês eu tive duas ofertas de emprego e acabei escolhendo uma que eu acho que vai acrescentar mais na carreira e que vai me possibilitar progredir.

Nos finais de semana eu ia passear com a minha amiga Jinny, que está morando bem perto da Tower Bridge, no leste de Londres. Ela me levou pra conhecer o mercado de flores famoso de Columbia road, um lugar que vende bagels deliciosos com recheio por 1 libra e várias lojinhas e lugares legais em Shoreditch, uma área bem trendy aqui de Londres.
Teve um domingo que fomos em Regent´s Park, um parque que eu vou de vez em quando e apesar do tempo estar nublado e frio (típico de Londres) as flores nos jardins estavam lindas. Realmente os ingleses são jardineiros de mão cheia!

Regents

Regents Park

O André chegou da Nova Zelândia no começo de maio e eu fui buscá-lo no aeroporto. Ele veio todo chique de classe executiva com as milhas dele e falou que realmente a experiência é outra. Logo antes dele chegar, depois que eu já tinha aceitado o emprego, mas antes de começar a trabalhar eu fiquei super ocupada procurando um lugar pra morar. Escolhi algumas áreas com boas opções de transporte e fiquei procurando casa pra gente. Realmente Londres é um lugar péssimo pra isso. As casas e apartamentos são ridiculamente caros (o lugar mais caro do mundo pra se morar!) e na sua grande maioria sao velhos e mal cuidados e muito pequenos, alguns com somente um guarda-roupa das 2 portas pra um casal!! Tem uns que tem um preço bom e são modernos, mas em área  muito ruim, com vizinhança indesejável.  Tem uns que tem tudo o que você quer pelo preço que você quer mas só estão disponíveis daqui ha 5 ou 6 semanas. Pra quem quer/tem que se mudar o mais rápido possível não dá pra esperar tanto assim.

Sei que acabei em Ealing (o primeiro bairro onde morei quando cheguei em Londres há quase 7 anos atrás) e depois de ter visto uns flats razoáveis por um preço bom o problema era o tempo de contrato de aluguel. Ninguém aceita contrato por menos de 1 ano, o que significa que por 1 ano você não pode se mudar, mesmo que seja numa emergência. Portanto quando vi um apartamento de 2 quartos, moderno, bem localizado e que cujo dono aceitava contrato de 1 ano com a possibilidade de sair depois de 6 meses eu peguei na hora! Como sempre lidar com imobiliária é bem desagradável. Paga-se uma fortuna pra eles não fazerem muita coisa e demorarem pra dar resposta com relação a tudo. Me estressei bastante… Apesar de eu querer me mudar o mais rápido possível pra não ter que começar o trabalho tendo que passar 3hs o transporte público por dia não houve tempo hábil pra se mudar antes da metade de maio, portanto na minha primeira semana de trabalho eu chegava na casa onde estávamos absolutamente exausta. Não sei como muitas pessoas passam a vida produtiva tendo que ficar tanto tempo da vida dentro de trem…

Mas finalmente a primeira semana de trabalho terminou e no fim de semana passado nos mudamos pra casa nova, que acabou de ser renovada, então é tudo novo e moderno, inclusive os móveis. Pegamos minhas coisas do depósito então finalmente tenho minhas roupas todas aqui comigo e as coisas do André chegam dentro de 1 mês. A semana seguinte de trabalho também foi cansativa, mas hoje finalmente posso descansar. Já fui pra academia na qual vou me matricular amanhã e já estamos instalados aqui, começando a rotina. Segunda-feira é feriado (agora estou comemorando o feriado!) e então vai dar pra descansar bastante e comprar umas coisinhas pra casa. A casa é super bem localizada, perto de shopping e supermercado, e com duas estações de trem e metrô há 10 minutos de caminhada.

E pra completar tem vários parques bem perto, um com um parquinho que eu adorei (quem lê meu blog deve ter percebido que adoro parquinhos!). Óbvio que fui lá dar uma olhada hehehe

Parque

Estamos bem felizes aqui! Logo o André vai começar a trabalhar também e assim vamos resumir nossa vida em Londres.

Sunday 22 March 2015

Lagoinha do Leste–Floripa

Hoje fiz uma coisa que eu queria fazer há bastante tempo: a trilha da Lagoinha do Leste.
Floripa tem muitas praias bonitas, mas o diferencial desta praia é que ela é somente acessível através de trilhas. Existem duas trilhas que levam a esta praia: a da praia do Matadeiro, que dura cerca de 3 horas, e a do Pântano do Sul, que dura cerca de 1:15.
O dia amanheceu nublado mas sem previsão de chuva, então resolvemos que seria um dia bom pra fazer essa caminhada. Durante o dia acabou que o sol saiu algumas vezes, mas não estava muito calor (cerca de 24 graus hoje).
Começamos lendo na internet como chegar na trilha, mas as informações são meio escarsas e não muito específicas. O melhor que conseguimos achar é que a trilha sai da rua Manuel Pedro de Oliveura, que fica 400m antes de chegar na praia doPântano do Sul.
Dirigimos até a praia do Pântano no Sul e lá achamos um lugar pra estacionar na ruazinha que dá pra praia. Estes lugares são poucos, então quem não consegue achar uma vaga tem que deixar o carro num estacionamento pago (R$10), pois caso estacione no acostamento será multado.

Não existe placa alguma indicando a rua onde se encontra a trilha. Nós só a encontramos por causa do GPS, mas a rua é uma subida na esquerda da avenida. Lá pela metade desta rua, do lado esquerdo, tem uma entrada pra mata e placas indicando que é o começo da trilha. A placa informa que a trilha leva 45 minutos.
Começamos então a subir. Havia chovido na noite anterior e por isso havia lama na trilha, bastante pedras além da subida ser bastante íngreme. A trilha passa literalmente pelo meio do mato, fazendo-se necessário às vezes desviar de galhos e no caminho tem bastante mosquito.
Subimos por cerca de 40 minutos pela trilha selvagem, até virmos a primeira e única placa durante o trajeto, numa bifurcação. A placa está logo abaixo:
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Placa no fim da subida.
Esta placa é absolutamente inútil, pois não indica pra que lado é o mirando e em nenhum lugar tem a palavra “praia”, muito menos distâncias ou tempo de caminhada. Resolvemos ir pra direita pra ver se o mirante era lá e depois de alguns metros vimos umas pessoas sentadas, para as quais perguntamos do mirante e a resposta foi que que há muito tempo realmente havia um mirante, mas agora é só mato e pedaços de madeira. De uma ponta consegue-se ver um pouco da vista pra praia do Pântano so Sul.
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Vista da praia do Pântano do sul
Voltamos então até a bifurcação e pegamos o caminho da esquerda, que por eliminação deduzimos que levaria até a praia. Encontramos várias pessoas fazendo a trilha, então não ficamos com medo de nos perder.
A descida não foi nada fácil, pois era muito íngreme e nosso tênis estava sujo de lama da subida, então as pedras estavam muito escorregadias.
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Fotos da trilha, e o estado do meu tênis e calça no fim dela

Depois de cerca de 25 minutos descendo finalmente chegamos na praia. A placa no começo da trilha que indicava 45 minutos está totalmente incorreta. Nós fizemos a trilha de forma segura, mas não andamos devagar e demoramos 1:15 pra chegar na praia.


Chegando na Lagoinha do Leste
A praia tem uma faixa de areia bem branca e larga, muito bonita, e o mar é típico do sul da ilha: bem agitado com ondas boas pro surfe e água gelada. Na direita da praia tem um morro bem alto, que é o que dá acesso a trilha pro ponto de vista mais bonito, mas nós estávamos cansados da caminhada e resolvemos não subir até lá, mas a vista lá de cima pelo que vi em fotos é linda.
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Praia da Lagoinha do Leste
Morro a direita da praia com acesso ao ponto de vista
Restinga atrás da praia

Sentamo-nos na areia pra comer um lanche que havíamos trazido (é uma praia deserta, sem restaurante. Parece que na temporada tem umas barraquinhas que vendem coisas pequenas) e ficamos tentando curtir a praia, entretanto o vento estava insuportável. Sentei-me de costas pro mar pra tentar comer meu lanche sem recheio de areia, mas tava difícil. Alguém então nos sugeriu caminharmos por uma trilha que vai pelas dunas até a lagoa que fica atrás da praia, mas não havia placa nenhuma, então entramos no primeiro acesso que encontramos pelas dunas e caminhamos por uns caminhos até chegarmos numa restinga. Lá havia lugar embaixo de árvores onde estendemos nossas cangas e ficamos protegidos do vento pra terminar nosso lanche e descansar. A restinga era muito bonita e se eu tivesse trazido biquíni eu teria tomado banho lá. Era bem calminho lá e sem vento, mas não era perfeito: tinha muito mosquito. Tinha tanto que eu vesti um casado com capuz pra que eles não me atacassem tanto.
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Eu tentando me proteger dos mosquitos
Depois de um tempo ali nós resolvemos voltar, pois não conseguimos relaxar como gostaríamos por causa dos mosquitos. Resolvemos nem ir até a lagoa. Começamos então o longo caminho de volta, que já sabíamos ser íngreme e escorregadio. Eu estava com medo de cair ou torcer o pé, então eu fui bem devagar, mas tinha gente fazendo a trilha descalça e até vi uma mulher carregando uma criança, que realmente não entendo como ela conseguiu passar por alguns lugares com aquela criança! Os surfistas fazem a trilha levando prancha.
Mas a pior parte foi a descida no final. Os mosquitos estavam impossíveis, nos comendo vivos. Havia nuvens deles na mata e nós precisávamos ficar balançando os braços que nem loucos pra que eles não nos atacassem, ao mesmo tempo que tentávamos nos equilibrar descendo por lugares altos e escorregadios. Não foi nada agradável.
Nem acreditei quando terminamos a trilha…

Na volta pro centro pegamos um trânsito horrível. O acesso ao sul da ilha é realmente um lixo, e eu não entendo porque alguém moraria no sul da ilha se tivesse que pegar esse trânsito todos os dias. Demoramos 1:30 pra chegar no centro, sendo que na ida haívamos feito o mesmo trajeto em 30min.
Não quero desencorajar ninguém a fazer esse passeio, mas confesso que eu não gostei tanto quanto eu imaginava que eu ia gostar, em grande parte por falta de infra estrutura das estradas e de sinalização na trilha, e também por causa do vento e dos mosquitos. Foi bom eu ter feito a trilha, mas eu nao retornaria.
Recomendo o seguinte pra quem quiser fazer esta trilha: Ir de manhã cedo, usar calça comprida e bastante repelente, além de protetor solar (boné e óculos de sol se for um dia de muito sal), levar comida e bastante água, ver a previsão do tempo pra ter certeza que não vai chover e que não haverá vento sul. Volte na trilha antes de escurecer e não volte no fim da tarde pra evitar o trânsito. Ou pra quem gosta é possível acampar lá, coisa que eu nunca faria.
O que eu posso recomendar é uma visita ao restaurante Arantes, na praia do Pântano do Sul, que serve comida típica da ilha. Comemos um pastel de camarão muito bom lá.


Eu e minha irmã no restaurante Arantes

Saturday 28 February 2015

Piha–Nova Zelândia

Nos 4 anos que eu morei em Auckland eu NUNCA pensei na Nova Zelândia como um lugar com bom tempo. Pra ser bem sincera o que eu mais lembro é de muita, mas MUITA chuva. Meus amigos que aqui ficaram me falaram que os verões têm sido muito melhores do que os passados, e eles estão certos. Somando ao fato de que agora estou acostumada com o tempo de lixo da Inglaterra, Auckland está realmente parecendo um lugar com tempo razoável (agora entendo porque os ingleses consideram isso aqui como um paraíso tropical, o que é forçar a barra a meu ver).
Hoje, assim como vários dias da semana passada, o tempo estava perfeito, sol brilhando e nenhuma gota de chuva (ontem foi assim até umas 2 da tarde, quando começou a cair a maior tempestade de verão, coisa que eu também não lembrava nunca de ter visto em Auckland). Por isso resolvemos aproveitar o dia o máximo. Começamos visitando o Auckland Domain, o maior parque da cidade, que eu sempre gostei muito. É um parque que tem várias opções: tem uma parte que parece uma floresta, tem gramados gigantes super bem cuidados, tem a estufa de plantas tropicais e a de plantas de clima frio, tem o museu de Auckland e tem vários jardinzinhos pelo parque. Tinha pessoas correndo, outras jogando cricket, famílias fazend picnics e outras pessoas como eu e o André, só passeando aproveitando o sábado de sol.
Depois disso fomos tomar um brunch em Parnell com um casal de amigos do André no Mink Cafe, um cafe bem legal que eu às vezes ia com o pessoal do meu trabalho.
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Eu no Wintergarden no Auckland Domain
Depois disso resolvemos ir até a praia de Piha, que fica cerca de uma hora de Auckland. Eu já havia ido nesta praia diversas vezes quando morava aqui, mas escolhemos ir nela por ser muito bonita e de fácil acesso. Não fomos lá pra pegar praia, mas sim pra fazer trilhas. Pra ser sincera Piha é mais uma praia pra se ver a paisagem do que ficar torrando no sol perigoso daqui, ainda mais com aquela areia vulcânica preta que torra os pés de quem anda descalço, e o mar é gelado e extremamente agitado, o que faz ser muito perigoso nadar nele. No geral é uma experiência totalmente diferente do que ir na praia no Brasil.
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Piha beach
Começamos fazendo uma trilha até a cachoeira de Kitekite (Kitekite Falls), onde o acesso é logo antes de se chegar na praia de Piha. Dá pra deixar o carro num estacionamento e acessar a trilha super bem sinalizada, que passa por uma floresta. A trilha demora cerca de meia hora até a cachoeira, que é bem alta mas tem pouco volume de água. Embaixo forma-se uma lagoa e as pessoas vão nadar lá. Ficamos sentados nas pedras na frente da cachoeira pra descansar da caminhada. Depois de descansados voltamos pro carro e seguimos em frente pra acessar a trilha Rose (Rose track), que também dá acessoa a White beach, uma praia deserta bem bonita.
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Kitekite Falls
Tem duas maneiras de acessar esta trilha e nós escolhemos a mais rápida, pois a mais longa nós já havíamos feito no passado. Pra acessar a trilha que escolhemos deve-se estacionar o carro no último estacionamento ao lado direito da praia (pra quem está de frente pro mar) e caminhar pela areia até o fim da praia. Lá, bem escondida, está o começo desta trilha, que demora cerca de 20 minutos. Ela é meio íngreme em alguns lugares mas não é difícil de chegar até o ponto de vista principal. Durante a subida a vegetação em alguns lugares permite vistas lindas da praia de Piha. Uma vez lá em cima a vista da White beach é fenomenal! Recomendo muito esta trilha.
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Caminhando pela praia pra chegar no começo da trilha
Começo da trilha escondida no canto direito da foto
Vista da praia de Piha da Rosetrack
André comemorando chegar no lookout point
A vista bonita de recompensa

Depois de termos passado o dia inteiro caminhando voltamos cansados pra casa pra uma boa macarronada.


White beach – Piha

Tuesday 24 February 2015

Tawharanui Regional Park–New Zealand

A Nova Zelândia é um país que sabe aproveitar suas belezas naturais. Existem centenas de parques e reservas muito bem cuidados e com infra estrutura que permite que as pessoas possam usufruir da beleza destes lugares. Quando eu morava aqui eu sempre fazia um passeio destes, o tempo permitindo (o que admito não é fácil acontecer num fim de semana, que é quando eu podia fazer tais passeios).

Ontem nosso passeio foi pra um parque/reserva cerca a uma hora de Auckland. O lugar chama-se Tawharanui Regional Park (Uma palavra maori. wh tem som de f, então diz-se “Tafaranui” mesmo). No caminho nós paramos num restaurante que o André havia ido com um amigo uma vez e gostado muito, pra gente comer um brunch. Estava muito gostosa a comida e o ambiente era bem agradável.

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Nós comendo brunch
Ovelhas pelo caminho, afinal estamos na Nova Zelândia
Praia que fica dentro da reserva que visitamos

Dali foi cerca de meia hora até o parque, que é todo cercado pra evitar que certos animais predadores entrem na reserva e ataquem pássaros sendo preservados, entre eles o Kiwi. Ao chegar na borda do parque um portão abre automaticamente pro carro entrar e então dirige-se até um estacionamento que fica perto da praia. Cachorros não são bem vindos nesta reserva pois podem atacar algum daqueles pássaros em extinção, mas logo na entrada tem um lugar onde os donos dos cães podem deixá-los enquanto visitam o parque.

Logo antes de chegar no estacionamento passamos por um rebanho de ovelhas que estavam bem tranquilas mastigando grama do lado da estrada e de vez em quando se aventuravam no meio da estrada. Aqui o trânsito é civilizado e é raro encontrar alguém que dirija como louco, portanto as ovelhas na estrada do parque não são um problema.

Resolvemos fazer uma trilha de cerca de uma hora, que ia até um ponto de vista na parte leste do parque. Estava um dia quente de sol e nos enchemos de protetor solar usamos chapéu (e o certo é usar manga comprida). O sol aqui na Nova Zelândia é extremamente perigoso por causa do buraco na camada de ozônio. Não tem como se bronzear aqui, pois ficar no sol é pedir pra ter câncer de pele, cuja incidência aqui é das maiores do mundo, senão a maior. Mas o fato de ter sol deixou o passeio mais bonito, pois as cores do mar, do céu e da vegetação são realçadas e a paisagem fica lindíssima. No caminho vimos umas vaquinhas pastando bem tranquilas, que so nos olharam enquanto batemos fotos delas com aquele cenário lindo ao fundo.

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Trilha para o ponto de vista

Depois de cerca de uma hora caminhando por uma trilha muito bem cuidada e sinalizada, chegamos ao ponto de vista e ficamos admirando a paisagem. Por ser dia de semana não haviam muitas pessoas nessa reserva e por isso a trilha estava deserta, o que foi bom pois pudemos ficar no ponto de vista o tempo que quisemos pra admirar a vista.

Depois que voltamos até a praia principal extendemos nossas toalhas embaixo da sombra de uma árvore e fizemos um mini picnic. O André chegou a entrar na água do mar, mas é muito gelada pra mim. Relaxamos até virem umas nuvens de chuva e então levantamos acampamento e voltamos pra Auckland.

Foi um dia muito legal aproveitando o que a Nova Zelândia tem a oferecer de melhor.

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