Wednesday 15 February 2017

Trilha de Naufragados

Estando de férias no Brasil, resolvemos eu e o André fazer uma trilha. Quando morávamos aqui em Floripa nunca fizemos nada desses passeios, então agora como turistas nós aos poucos estamos conhecendo melhor nossa cidade natal.
Em 2015 fiz a trilha da Lagoinha do Leste com minha irmã (http://grazineurope.blogspot.com.br/2015/03/lagoinha-do-lestefloripa.html) e desta vez a escolhida foi a trilha até a praia de Naufragados.
8:30 já estávamos indo em direção a Caieira da Barra do Sul, extremo sul da ilha de Floripa.
Do centro, demoramos 1 hora até chegar lá, com trânsito leve. Algumas áreas do trecho estão tendo asfalto renovado, e isso atrasa um pouco.
Foi legal ver a paisagem diferente no sul da ilha, com morros, casas simples onde se criam galinhas, roseiras plantadas perto do muro das casas, parecia até o interior de SC em alguns lugares.
Ao lado do ponto de ônibus final da Caieira existem estacionmentos seguros onde dá pra deixar o carro. Pagamos R$10, preço que inclui uma ducha fria no fim da trilha.
A entrada da trilha é exatamente ao lado do estacionamento, e é bem fácil de seguir. Lembre-se de ir sempre pela esquerda pra chegar até a praia, pois na bifurcação o lado direito vai até o farol. A trilha é bem sinalizada e conservada (diferentemente da trilha da Lagoinha do Leste, entretanto me falaram que agora a melhoraram bastante, inclusive recriaram o deck pra ver a vista, que estava destruido quando fui no começo de 2015) e de nível fácil a maior parte do tempo.
Bem no começo da trilha tem um morro íngrime, e mesmo sendo fit nós chegamos ofegantes lá em cima. A mata é muito bonita e ajuda a nos proteger do sol durante o trajeto.
Cruza-se 2 riozinhos pelo caminho, passando por cima de pedras.
A trilha demorou cerca de 50 minutos pra chegar até a praia..
Logo na chegada percebe-se que existe uma mini comunidade ali, com algumas casas de madeira e até uma igrejinha. Existem 2 ou 3 restaurantes de aparência bem simples, mas não chegamos a experimentar.
Quando chegamos a praia estava vazia. Éramos os únicos lá. Sentamos numa sombra ali na areia mesmo e fiz um lanche que eu havia levado. O André entrou na água um pouco enquanto eu fiquei sentada na sombra. Ao contrário da minha visita a Lagoinha do Leste, era possível ficar sentado na praia sem ser atacado por mosquitos e nem comer areia levada pelo vento ao tentar comer maçã. De repente o fato de que usei repelente ajudou, e também por termos chegado lá de manhã cedo, quando não tinha vento ainda.

Areia branquinha na Praia de Naufragados

Resolvemos caminhar até o fim da praia, no lado esquerdo, de onde tem uma trilha que leva até o farol. Esta trilha não é sinalizada, então uma vez no lado direito da praia perguntamos pra um homem que estava por ali onde era o começo da trilha e ele e nos indicou o lugar. Esse cara mora naquela praia, numa barraca pequena erguida perto das ruínas de uma casa. Uma vida bem diferente da minha...
O visual daquele lado da praia é muito bonito, ainda mais num dia de sol com a praia vazia.
O começo da trilha pro farol a partir da praia é numa pedra bem perto do mar. A pedra está na horizontal e parece uma mesa bem grade. Suba nessa pedra e nas próximas e logo vê-se a trilha. Começamos a subir por ali, mas devo confessar que estava complicado por 2 motivos:
1. era perto do meio-dia e o calor estava muito forte (sensação térmica de 40 graus). A vegetação nessa área é rasteira, então não tinha nada pra nos proteger do sol. Fiquei meio assim por causa de cobras também.
2. a trilha não estava bem cuidada nessa área, com algumas partes de difícil acesso. Eu estava de tênis e calça e mesmo assim algumas partes achei difícil de passar.
Acabou que fomos só até logo depois da curva, de onde tem-se a vista pro farol e pras ruínas do outro lado da costa no lado direito, e vista da praia no lado esquerdo. Essa vista da praia é lindíssima; foi a que mais gostei.
Na volta, uma vez que chegamos novamente na praia, caminhamos por dentro da água pra aliviar o calor. A essa hora já haviam chegado barcos de turistas, então a praia tinha bem mais pessoas.
Poderíamos ter pego um barco pra voltar pra Caieira, mas resolvemos caminhar. Saímos de lá era 12:30, e no caminho de volta cruzamos com muitas pessoas fazendo a trilha, muitos levando cadeiras de paia e guarda-sol. Tinha até uma mulher com uma bebê no colo. Coragem fazer trilha carregado assim.
A vegetação mais uma vez nos protegeu do sol quente, mas estava tão calor que a ducha fria no estacionamento foi muito bem-vinda.
Eram 2 da tarde quando saímos dali e no caminho de volta paramos no restaurante Rancho Açoriano, em Sto. Antônio de Lisboa. Por ser um dia de semana não haviam muitas pessoas, então conseguimos uma mesa no pier, bem de frente pro mar, com vista pras montanhas ali ao redor, incluindo o Cambirela. Comemos bolinho de siri e camarão a milanesa com guaraná, enquanto admirávamos a vista.
Mais fotos da vista linda da praia de Naufragados

Uma vez de volta ao centro (eram 3:30 da tarde e não pegamos trânsito nenhum) acabamos indo até o mercado público passear.
Foi um programa típico de férias, onde aproveitamos a ilha como turistas, mas com conhecimento de manezinhos.

Como todos os sites e blogs sobre essa trilha já recomendam, reforço pra levar: protetor solar, repelente, bastanta água, um lanche.


https://www.youtube.com/watch?v=GVV69YNnaLQ