Aproveitando meus últimos dias na Alemanha eu resolvi fazer uma viagem até a cidade de Halberstadt, na região de Sachen-Anhalt. O motivo desta viagem é que meus antepassados por parte de mãe saíram desta cidade no começo dos 1900 para imigrar para o Brasil, onde nasceu meu avô.
Sempre tive muita curiosidade com relação à descendência alemã, tanto é que aprendi alemão, então não podia deixar esta oportunidade passar.
Apesar da distância resolvi ir e voltar no mesmo dia, o que foi bem cansativo, pois foram 3 horas de viagem na ida e mais 3 na volta, tendo que trocar de trem, mas valeu a pena. O único problema é que eu infelizmente escolhi o pior dia da semana pra fazer esta viagem: segunda-feira. Nas segundas-feiras é tudo fechado. Eu não esperava isso pois aqui em Berlin domingo é que é tudo fechado. Por isso infelizmente não consgui ir até o arquivo da cidade procurar informações sobre os meus antepassados, e as pessoas com o mesmo sobrenome que moram em Halberstadt, que eu achei na internet, não tinham informação nenhuma sobre a história da família, então por enquanto vou me contentar com o que eu vi na cidade e o que a minha imaginação projetou quando estava caminhando pelas ruas de Halberstadt.
Chegando na estação de Halberstadt
Catedral vista da praça
Catedral vista de for a
Dentro da catedral
Eu ao lado da Frauliebkirche
Comecei a visita passando pelo centro de informações, que tem um mapa grátis com 3 roteiros para visitação, num tempo total de 3 horas. Existem várias igrejas na cidade, mas só consegui entrar em duas delas.
A primeira foi a catedral, ou Dom, em alemão. Fiquei surpresa com o tamanho dela, assim como o tamanho da cidade, pois achei que seria uma vila e na real são mais de 45000 habitantes. A catedral é muito bonita por fora e por dentro, com muitos detalhes nas paredes e no altar.
A catedral fica de um lado de uma praça chamada Domplatz, e no outro lado fica a igreja Liebfraukirche, que não é grandiosa como a catedral, mas é famosa por ter um painel muito antigo, do ano de 1200, que está pra ser renovado.
Fui também até a biblioteca da cidade ver se havia algum livro sobre famílias de Halberstadt mas não havia nenhum. A biblioteca inclusive está num lugar que era uma capela antigamente, então parte do prédio tem aquela curvatura que as capelas têm, o que deixa a sala de leitura bem charmosa.
Casinhas típicas alemãs, que parecem cenário de filme
Caminhando por um dos parques da cidade
Na frente de um monastério
Halbertadt tem muitas Fachwerkhäuser, aquelas casinhas típicas alemãs, algumas de madeira colorida e muitas inclusive parecem casas de boneca de tão pequeninhas que são as janelas e portas, e os enfeites todos, as flores, realmente muito bonitinhas!
Estas casas ficam na parte antiga da cidade, o Altstadt, comum na maioria das cidades alemãs. Fiquei várias horas caminhando pelas ruazinhas do centro antigo, imaginando que de repente meu tataravô deve ter passado pelas mesmas ruas ou de repente até morado em alguma daquelas casas.
Prédio da prefeitura
Casinha que parece de boneca
Casas da Vogtei, a rua mais antiga
Caminhei por um parque até chegar na igreja Buchardi, que é famosa por ter uma música de um compositor chamado John Cage, cuja música deve ser tocada da forma mais devagar possível, e o resultado é que a cada ano uma nota da música é tocada e a música inteira só vai ser finalizada em 300 anos.
Não longe dali encontrei o lugar onde mora uma das Wagenführ, mas esta mesma pessoa, já de idade bem avançada, demonstrou não ter interesse nenhum em ajudar, então nem insisti e resolvi continuar a caminhada.
Passei pelo prédio da piscina pública, que foi aberta em 1900 e funcionou até 1990. De repente meus parentes distantes iam nadar nessas piscinas nos dias de calor.
Caminhei então pela rua Vogtei, que é uma das ruas mais antigas da cidade, por onde passa o bonde. As casinhas nesta rua também são bem charmosas e antigas.
As 4 torres da Liebfraukirche
Eu caminhando pela cidade
Algum parente distante
Depois disso comecei a voltar devagar pra estação de trem. Desde a hora que cheguei na cidade, que foi meio-dia, até às 5:30 da tarde eu fiquei caminhando sem parar. Inclusie almocei um sanduíche que eu havia levado enquanto caminhava. A cidade tinha mais coisas interessantes pra ver do que eu havia imaginado. Gostaria de ter visto um parque famoso que tem vista bonita pra cidade, assim como ter visto o cemitério pra ver se achava algum Wagenführ por lá também. De repente num futuro distante eu volto e faço o que não consegui fazer.
Foi um dia muito cansativo, mas também de realização, não só minha, mas também dos familiares do Brasil que não puderam visitar a cidade de origem.
O vídeo da viagem está em http://www.youtube.com/watch?v=0aZQf28ZWTI&feature=youtube_gdata