Saturday 1 March 2014

A bit of culture

Hoje faz exatamente 1 mês que eu voltei pra Londres, e resolvi que todo fim de semana, quando possível, quero ver um lugar diferente da cidade. Já vi todas as atrações turísticas, daquelas principais, e agora quero continuar a ver as atrações interessantíssimas, mas que não estão ao alcance dos turistas simplesmente porque eles não sabem que elas estão lá, ou sabem, mas não têm tempo de visitá-las.

No sábado passado eu fui ver uma exposição da Biblioteca Britânica (British Library), sobre a época Georgiana, que foi entre 1700 e 1800. A exposição explicava todas as mudanças que aconteceram na sociedade britânica naquela época. Achei super interessante tudo o que eu aprendi. As construções típicas daquela época estão espalhadas por todos os lugares da Inglatera: A meia-lua de casas na cidade de Bath (http://grazineurope.blogspot.co.uk/2008/12/bath.html) e a rua Regent´s street em Londres são bons exemplos da arquitetura Georgiana. Havia um arquiteto muito famoso naquela época chamado Sir John Soane, e ele modelou a façada de dezenas de construções em Londres, incluindo a do banco de Londres. Foi na época Georgiana que as pessoas começaram a dar valor em mobiliar a casa com artigos bonitos, o que fez com que surgissem lojas de móveis e artigos para casa, onde as pessoas com meios faziam a compra do mobiliário das casas. As condutas de interação em sociedade também começaram a evoluir: as pessoas queriam mostrar ser bem educadas, que se interessavam por cultura, música, e foi quando surgiram os primeiros jornais de veiculação diária ou semanal. As primeiras revistas de celebridades surgiram nessa época e as pessoas tinham curiosidade em saber o que os famosos estavam vestindo e que lugares eles frequentavam. O teatro, ballet e esportes como boxe cresceram bastante e as pessoas de certa classe social (e não só a realeza) assistiam a estes eventos.

Esta biblioteca fica do lado da estação de King’s Cross, e do lado fica um dos prédios que na minha opinião é dos mais bonitos de Londres, um hotel recentemente reformado. Eu sempre gosto de ir lá pra admirar o prédio!

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O St. Pancras Renaissance Hotel

Dali fui caminhando pelos arredores, uma área que não vou frequentemente, mas que eu acho interessantíssima. Comecei a caminhar pelas ruazinhas desertas até chegar num parque, também deserto, e fiquei admirando os prédios que eu via nas ruas.

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Algum cemítério antigo

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Explorando as ruas e parques perto de Kings Cross

Neste sábado eu fui lá pra mesma área, mas fui visitar outros lugares. Comecei pelo Museu Britânico (British Museum). Este é um lugar bem turístico e por este motivo estava bem cheio. Eu queria visitar os andares superiores do museu, que eu ainda não tinha conseguido ver nas duas outras vezes que eu estive lá. É um museu muito grande e por isso é difícil ver tudo um dia só, se a pessoa quer realmente aprender algo. Vi algumas coisas interessantes, mas como eu já visitei dezenas de museus pelas minhas viagens pela Europa, desta vez não vi nada que tenha me chamado a atenção em especial, mas eu aprendi sobre a época dos samurais no Japão, onde vi uma coisa que achei engraçadíssimo sobre um costume de peregrinação na época dos samurais, onde toda a sociedade peregrinava, inclusive crianças e idosos, e a lei dizia os enfermos podiam mandar seus cachorros no lugar. hahahahahaha

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Saindo dali eu fui correndo viitar o museu do Sir John Soane, aquele arquiteto sobre o qual eu havia aprendido na semana anterior na minha visita na British Library. Ele era professor de arquitetura, e ele e sua esposa receberam uma herança, que usaram para comprar uma casa num lugar bem legal perto de Holborn, chamado Lincoln Inn Fields. Ele colecionava obras de arte, modelos de gesso, livros, e transformou sua casa num museu;biblioteca que podia ser visitado por seus alunos, para que eles pudessem observar e estudar sua coleção antes e depois das aulas. Ele fez clarabóias para experimentar com luz nos vários ambientes da casa. Hoje o museu é gratuito, e foi interessantíssimo ver aquele labirinto de cômodos cheio de coisas pelas paredes. Cada cômodo tinha um nível de luz natural, e ele inclusive fez uma cripta, com sarcófago e tudo. Gostei muito deste lugar.

Saindo dali fiquei caminhando sem rumo pelas ruas de Londres, e passei por lugares que eu já tinha ido há bastante tempo atrás, e tambem por lugares que eu nunca tinha visto.

Num certo ponto achei que havia sido teletransportada para a Rússia, ao me deparar com um prédio gigante estilo socialista.

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Eu realmente adoro caminhar pelas ruas de Londres e ficar vendo as casas, as ruelas, os parques… não me canso de fazer isso e de imaginar quem passou pelas ruas e quem morou/mora nas casas que eu vejo.

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