Saturday, 28 February 2015

Piha–Nova Zelândia

Nos 4 anos que eu morei em Auckland eu NUNCA pensei na Nova Zelândia como um lugar com bom tempo. Pra ser bem sincera o que eu mais lembro é de muita, mas MUITA chuva. Meus amigos que aqui ficaram me falaram que os verões têm sido muito melhores do que os passados, e eles estão certos. Somando ao fato de que agora estou acostumada com o tempo de lixo da Inglaterra, Auckland está realmente parecendo um lugar com tempo razoável (agora entendo porque os ingleses consideram isso aqui como um paraíso tropical, o que é forçar a barra a meu ver).
Hoje, assim como vários dias da semana passada, o tempo estava perfeito, sol brilhando e nenhuma gota de chuva (ontem foi assim até umas 2 da tarde, quando começou a cair a maior tempestade de verão, coisa que eu também não lembrava nunca de ter visto em Auckland). Por isso resolvemos aproveitar o dia o máximo. Começamos visitando o Auckland Domain, o maior parque da cidade, que eu sempre gostei muito. É um parque que tem várias opções: tem uma parte que parece uma floresta, tem gramados gigantes super bem cuidados, tem a estufa de plantas tropicais e a de plantas de clima frio, tem o museu de Auckland e tem vários jardinzinhos pelo parque. Tinha pessoas correndo, outras jogando cricket, famílias fazend picnics e outras pessoas como eu e o André, só passeando aproveitando o sábado de sol.
Depois disso fomos tomar um brunch em Parnell com um casal de amigos do André no Mink Cafe, um cafe bem legal que eu às vezes ia com o pessoal do meu trabalho.
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Eu no Wintergarden no Auckland Domain
Depois disso resolvemos ir até a praia de Piha, que fica cerca de uma hora de Auckland. Eu já havia ido nesta praia diversas vezes quando morava aqui, mas escolhemos ir nela por ser muito bonita e de fácil acesso. Não fomos lá pra pegar praia, mas sim pra fazer trilhas. Pra ser sincera Piha é mais uma praia pra se ver a paisagem do que ficar torrando no sol perigoso daqui, ainda mais com aquela areia vulcânica preta que torra os pés de quem anda descalço, e o mar é gelado e extremamente agitado, o que faz ser muito perigoso nadar nele. No geral é uma experiência totalmente diferente do que ir na praia no Brasil.
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Piha beach
Começamos fazendo uma trilha até a cachoeira de Kitekite (Kitekite Falls), onde o acesso é logo antes de se chegar na praia de Piha. Dá pra deixar o carro num estacionamento e acessar a trilha super bem sinalizada, que passa por uma floresta. A trilha demora cerca de meia hora até a cachoeira, que é bem alta mas tem pouco volume de água. Embaixo forma-se uma lagoa e as pessoas vão nadar lá. Ficamos sentados nas pedras na frente da cachoeira pra descansar da caminhada. Depois de descansados voltamos pro carro e seguimos em frente pra acessar a trilha Rose (Rose track), que também dá acessoa a White beach, uma praia deserta bem bonita.
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Kitekite Falls
Tem duas maneiras de acessar esta trilha e nós escolhemos a mais rápida, pois a mais longa nós já havíamos feito no passado. Pra acessar a trilha que escolhemos deve-se estacionar o carro no último estacionamento ao lado direito da praia (pra quem está de frente pro mar) e caminhar pela areia até o fim da praia. Lá, bem escondida, está o começo desta trilha, que demora cerca de 20 minutos. Ela é meio íngreme em alguns lugares mas não é difícil de chegar até o ponto de vista principal. Durante a subida a vegetação em alguns lugares permite vistas lindas da praia de Piha. Uma vez lá em cima a vista da White beach é fenomenal! Recomendo muito esta trilha.
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Caminhando pela praia pra chegar no começo da trilha
Começo da trilha escondida no canto direito da foto
Vista da praia de Piha da Rosetrack
André comemorando chegar no lookout point
A vista bonita de recompensa

Depois de termos passado o dia inteiro caminhando voltamos cansados pra casa pra uma boa macarronada.


White beach – Piha

Tuesday, 24 February 2015

Tawharanui Regional Park–New Zealand

A Nova Zelândia é um país que sabe aproveitar suas belezas naturais. Existem centenas de parques e reservas muito bem cuidados e com infra estrutura que permite que as pessoas possam usufruir da beleza destes lugares. Quando eu morava aqui eu sempre fazia um passeio destes, o tempo permitindo (o que admito não é fácil acontecer num fim de semana, que é quando eu podia fazer tais passeios).

Ontem nosso passeio foi pra um parque/reserva cerca a uma hora de Auckland. O lugar chama-se Tawharanui Regional Park (Uma palavra maori. wh tem som de f, então diz-se “Tafaranui” mesmo). No caminho nós paramos num restaurante que o André havia ido com um amigo uma vez e gostado muito, pra gente comer um brunch. Estava muito gostosa a comida e o ambiente era bem agradável.

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Nós comendo brunch
Ovelhas pelo caminho, afinal estamos na Nova Zelândia
Praia que fica dentro da reserva que visitamos

Dali foi cerca de meia hora até o parque, que é todo cercado pra evitar que certos animais predadores entrem na reserva e ataquem pássaros sendo preservados, entre eles o Kiwi. Ao chegar na borda do parque um portão abre automaticamente pro carro entrar e então dirige-se até um estacionamento que fica perto da praia. Cachorros não são bem vindos nesta reserva pois podem atacar algum daqueles pássaros em extinção, mas logo na entrada tem um lugar onde os donos dos cães podem deixá-los enquanto visitam o parque.

Logo antes de chegar no estacionamento passamos por um rebanho de ovelhas que estavam bem tranquilas mastigando grama do lado da estrada e de vez em quando se aventuravam no meio da estrada. Aqui o trânsito é civilizado e é raro encontrar alguém que dirija como louco, portanto as ovelhas na estrada do parque não são um problema.

Resolvemos fazer uma trilha de cerca de uma hora, que ia até um ponto de vista na parte leste do parque. Estava um dia quente de sol e nos enchemos de protetor solar usamos chapéu (e o certo é usar manga comprida). O sol aqui na Nova Zelândia é extremamente perigoso por causa do buraco na camada de ozônio. Não tem como se bronzear aqui, pois ficar no sol é pedir pra ter câncer de pele, cuja incidência aqui é das maiores do mundo, senão a maior. Mas o fato de ter sol deixou o passeio mais bonito, pois as cores do mar, do céu e da vegetação são realçadas e a paisagem fica lindíssima. No caminho vimos umas vaquinhas pastando bem tranquilas, que so nos olharam enquanto batemos fotos delas com aquele cenário lindo ao fundo.

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Trilha para o ponto de vista

Depois de cerca de uma hora caminhando por uma trilha muito bem cuidada e sinalizada, chegamos ao ponto de vista e ficamos admirando a paisagem. Por ser dia de semana não haviam muitas pessoas nessa reserva e por isso a trilha estava deserta, o que foi bom pois pudemos ficar no ponto de vista o tempo que quisemos pra admirar a vista.

Depois que voltamos até a praia principal extendemos nossas toalhas embaixo da sombra de uma árvore e fizemos um mini picnic. O André chegou a entrar na água do mar, mas é muito gelada pra mim. Relaxamos até virem umas nuvens de chuva e então levantamos acampamento e voltamos pra Auckland.

Foi um dia muito legal aproveitando o que a Nova Zelândia tem a oferecer de melhor.

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Monday, 23 February 2015

Auckland–Nova Zelândia

Estou em Auckland, na Nova Zelândia, pela primeira vez em mais de 6 anos desde que eu fui embora. Eu morei 4 anos nesta cidade e foi uma experiência muito legal. Aqui fiz muitos amigos, aprendi muito profissionalmente, meu inglês ficou fluente, conheci muitos lugares lindos e tive experiência de vida muito importante. Naquela época eu ainda não tinha blog, o que é uma pena, pois gostaria de ter relatado as experiências e viagens que eu fiz naqueles 4 anos. Conheci a Nova Zelândia inteira, desde Cape Reinga, o extremo norte da ilha norte, até o sul da ilha sul. Vi praias e montanhas lindas, esquiei, fiz passeio em fiords e caminhei por geleiras. A beleza natural deste país é realmente espetacular. Conheci também Fiji e a Austrália, ambos aqui pra esses lados do mundo.

Auckland é a maior cidade do país e também a mais populosa, com mais de um terço da população morando aqui. Quando cheguei em 2004 com minhas economias e sonhos pra começar a vida num país desenvolvido não sabia se daria certo ou não. Deixei muita coisa pra trás no Brasil pra arriscar a vida aqui, mas não me arrependo. No começo foi bem difícil, moramos numa casa super pequena, cujos móveis se limitavam a geladeira, fogão, cama, televisão e computador. Não tínhamos nem mesa pra fazer as refeições, que eram feitas na caixa onde veio a televisão. Nosso carro era velho, comprado com mais de 180 mil quilômetros, mas nunca nos deixou na mão em 2 anos. Aos poucos fomos fazendo amigos, trabalhando e ganhando dinheiro, comprando coisas pra casa, viajando e tendo experiência de vida no exterior, até que chegou a hora de passar pra próxima etapa, que foi a Europa, onde comecei este blog.

A visita a Auckland tem sido muito boa. Já revi muitos dos amigos que ainda tenho aqui. A maioria agora já construiu sua família e está bem estabelecida, então todos têm muitas novidades e coisas pra contar. Tem sido ótimo revê-los.

Tem sido bom também rever os lugares onde eu costumava ir quando morava aqui, os restaurantes que eu ia, as casas onde morei, os parques que eu gostava de ir, e também tem sido bom ver as mudanças na cidade nestes últimos 6 anos, com tantas coisas novas, como praças e restaurantes.

Uma coisa que não mudou foi o tempo, que continua intercalando chuva muito forte com sol também muito forte. As temperaturas continuam amenas pra meus padrões de verão (25 graus).

Consigo ver as vantagens de se morar aqui se comparado ao Brasil ou Londres, entretanto continuo achando que as desvantagens são maiores (na minha opinião) e por isso apesar de eu estar feliz de estar aqui visitando, não tenho intenção de voltar a morar aqui. Assim consigo valorizar o que o país tem de bom e não reclamo das coisas que me incomodam, pois é por pouco tempo, exatamente a mesma situação de quando visito o Brasil.

Kia Ora

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