Monday, 17 October 2016

Eslovênia - Dia 3

No nosso último dia em Ljubljana o plano era pegar uma bicicleta no hotel e ir até o parque Tivoli, um parque bem grande que dizem ser muito bonito. Acordamos cedo novamente, mas ao abrir a janela tudo o que se via era neblina. Mudamos de plano e resolvemos subir até o castelo de Ljubljana. Como não adiantava fazer nada na rua, pagamos pra entrar no castelo medieval, que na real era um castelo bem moderninho, que não tinha nada de muito medieval. O ingresso custou 7.50 e dava direito a ver 4 atrações: a vista da torre, um filme sobre o castelo virtual (que não vimos), um museu de história Eslovena e um museu de marionetes. O que mais gostamos foi o museu de marionetes, que foi bem interessante e tinha umas marionetes até meio assustadoras, mas muito bem feitas.
Museu de marionetes

 A vista da torre do castelo era mais ou menos. A essa hora a neblina havia baixado um pouco e conseguimos ver a cidade, mas não foi das vistas mais bonitas que já vi. O museu de história Eslovena foi ok, era moderno no sentido de ter tecnologia ajudando na apresentação das coisas. Até gostaria de ter passado mais tempo na parte que fala da história mais recente do país, mas tivemos que voltar ao hotel pra fazer check-out às 11 da manhã.
Visitando o castelo de Ljubljana

Nosso vôo de volta pra era às 4:30 da tarde e eu marquei um táxi pras 2:30 da tarde, então tínhamos cerca de 3 horas pra matar. Finalmente o sol apareceu, e caminhamos até o tal parque Tívoli, que era realmente bem legal. Obviamente vimos uma parte bem pequena dele somente, mas foi bom passear por uma área cheia de verde, quieta, com paisagem de outono bonita, no sol de outono.

Um dos restaurantes charmosos de Ljubljana, este perto da universidade
Uma das praças de Ljubljana
Parque Tivoli no outono

Quando eram 12:30 voltamos pro Old Town e almoçamos numa lanchonete chamada Klobasarna, que vende as melhores salsichas da cidade. Quem disse isso foram as pessoas no tripadvisor e enquanto estávamos comendo ali na mesinha na rua (eu cheia de cobertor, pois na europa as pessoas - tirando eu - gostam de sentar-se na rua sempre que dá mesmo que esteja frio, então os restaurantes sempre têm um cobertorzinho e alguns até aquecimento nas mesas da rua) passaram guias turísticos com seus grupos e eles pararam bem ali onde estávamos e explicaram que essa lanchonete era ótima pra comida típica eslovena, vendendo as melhores salsichas da cidade. Nosso almoço custou menos de 15 euros pra nos 2 comermos bem, mas obviamente era super simples: salsicha, mostarda, um pedaço de pão.
Dali fomos até um outro restaurante na beira do rio, e foi a parte mais relaxante da viagem: ficamos sentados vendo a banda passar, eu tomando chá e comendo brownie, até a hora de pegar o táxi pra ir pro aeroporto. O táxi que pré-marquei era da empresa Goopti, e super recomendo, pois são eficientes, educados e mais barato que pegar um táxi normal. Pagamos 22 euros pra nos 2, bem mais conveniente que o ônibus, e nos permitiu aproveitar Ljubjana por uma hora extra.
A viagem pra Londres foi tranquila, e a mágica das mini-férias acabaram assim que pisamos em Londres e voltamos a realidade da vida normal. Gostamos muito de Ljubljiana e teria sido legal passar mais tempo lá só pra experimentar os restaurantes do centrinho, isso que eu não sou fá de turismo gastronômico, mas todos os menus pareciam ótimos lá.
Último almoço, na lanchonete Klobasarna
Tchau Eslovênia, gostamos muito

Vídeo da viagem: https://www.youtube.com/watch?v=vSakbmFLIk0&feature=youtube_gdata

Sunday, 16 October 2016

Eslovênia - Dia 2

Domingo acordamos às 7 da manhã pra tomar café às 7:30 e sair do hotel logo depois das 8. Caminhamos pelo rio que cruza a cidade, e vimos que estavam montando o mercado de pulgas de domingo, que vai das 8 até às 2 da tarde. Pra ver o mercado de pulgas acho bom chegar mais tarde, pois às 8:20 poucos stands estavam prontos, a maioria ainda estava montado.
Caminhando por Ljubljana cedo num domingo

Caminhamos até a estação de ônibus central (é uma construção pequena na frente da estação de trem) e lá compramos um ticket pro ônibus que nos levaria ao lago Bled. Dica: Não existe um controle do número de assentos vendidos pra um determinado horário, então eu recomendo entrar na fila na plataforma que o ônibus sai (acho que era a número 7) e seja dos primeiros a entrar no ônibus. É possível comprar ticket com o motorista também, então o que aconteceu é que muita gente que já tinha comprado o ticket pro ônibus das 9 não pode entrar no ônibus porque já estava cheio. Quando protestaram com o motorista a resposta dele foi: "Not my problem". É um ônibus a cada hora até Bled, e a viagem dura 1:20, passando também por várias cidadezinhas no caminho pra pegar passageiros locais.
Chegamos em Bled e tudo o que víamos era neblina. A previsão do tempo errou feio: falava que ia dar sol e 17 graus. Não vimos nada de sol e a temperatura não passou dos 14. O resultado é que eu não estava com roupa quente o suficiente, então estava extremamente mau humorada de estar passando frio e de não conseguir ver as montanhas lindas que estão ao redor porque o tempo estava um lixo.
Eu me surpreendi, pois achei que o lago Bled era mais selvagem, mas na beira sul dele está cheio de hotéis e restaurantes.
Dica: em Bled, recomendo caminhar ao redor do lago bem devagar no sentido horário, pois a paisagem é linda! É ótimo pra bater fotos, levar um picnic, relaxar.
Infelizmente não foi o que fizemos. Eu queria visitar a ilha que fica no meio do lago, então pegamos uma daquelas gôndolas onde o carinha vai remando até lá. Espera-se até ter gente o suficiente pra encher a gôndola, paga-se 14 euros (caro!), demora 30 minutos pra chegar na ilha, e mais 30 pra voltar, do ponto mais ao sul do lago. Essa gôndola dá pra pegar de vários pontos do lago, alguns mais próximos da ilha, mas não sei se influencia o preço. A gente fica 40 minutos na ilha e lá dá pra visitar a igreja que tem no meio. Como eu estava com frio, acabou que fiquei dentro do café que tem na ilha tomando chá pra me esquentar, e depois passamos cerca de 15 minutos passeando pela ilha, que é minúscula. A ilha em si é legalzinha, mas logo começou a encher de gente e perdeu o charme de se estar num lugar quieto pra aproveitar a paisagem. Não quisemos visitar dentro da igreja ou do museu.
Na volta foram mais 30 minutos na gôndola, o que poderia ter sido uma atividade relaxante com a vista do lago e da ilha, se não fossem as crianças enchendo o saco brigando umas com as outras.
Caminhamos então até o castelo que tem lá em cima de um morro. Queríamos ver a vista de lá de cima, e eu queria ver se dava pra gente almoçar no restaurante que tem lá, que dizem ser muito bom e com vista muito bonita. Eu havia telefonado na semana anterior pra fazer reserva, inclusive porque aí o preço de visitar o castelo está incluído no preço da refeição, mas eles estavam lotados. Eu pensei que de repente poderia haver alguma desistência, mas não chegamos a checar, porque precisa-se pagar 10 euros pra entrar na área do castelo. Eu achei que daria pra pelo menos ver a vista lá de cima sem precisar pagar, porque sinceramente, estou cansada de visitar castelo medieval. Já vi trocentos. Não me interessa mais... Além disso chegaram ônibus e mais ônibus com excursão, então haviam dezenas de turistas como nós. Resolvemos não entrar no castelo. Foi uma pena, pois teria sido uma forma legal de ter comemorado o aniversário do André um almoço lá...
Visita ao lago Bled

Acabamos almoçando num restaurante logo na descida do castelo, que tinha um pátio legalzinho, mas a comida não era nada demais. Eu tomei mais um chá e o André comeu um bolo de creme típico daquela área do país.
Eram 2 horas quando começamos a caminhar ao redor do lago. Foi a parte mais agradável da visitae ainda bem que a neblina foi embora, mas infelizmente depois de um certo ponto começamos a apressar o passo pra pegarmos o ônibus das 3:30 de volta a Ljubljana. Meu racionínio era que se pegássemos esse ônibus estaríamos de volta ao hotel perto das 5, daria pra descansar um pouco, tomar banhho, tomar o vinho que o André ganhou, e sair pra jantar pra comemorar o niver dele sem estarmos muito cansados. O próximo ônibus depois disso era às 4:30, e sempre tem o risco de estar cheio... Foi aí que comecei a me morder de arrependimento de ter perdido tanto tempo indo na ilha ou subindo até o castelo, pois realmente o legal de visitar Bled é andar ao redor do lago, pois a paisagem é lindíssima. Caminhar rápido ajudou a espantar o frio, e mesmo assim conseguimos bater fotos. Acho que vale a pena passar mais dias em Bled, pois existem outros lugares bonitos ali perto pra se visitar. Tem um outro lago, menos turístico, tem também desfiladeiros bonitos, que infelizmente não tivemos tempo de ver.
Vista linda do lago Bled

Conseguimos pegar o ônibus e às 5 da tarde estávamos de volta no Old Town de Ljubljana. Passamos por um restaurante chamado Julja, que segundo o tripadvisor é dos melhores da cidade, e conseguimos fazer reserva pra janta. Havíamos tentado ir nesse mesmo restaurante no dia anterior, mas estava cheio, e não estavam mais aceitando reservas.
Meu plano deu certo, pois conseguimos descansar, tomar banho, tomamos vinho, e às 7 estávamos de volta ao restaurante pra janta de aniversário do André (nosso hotel era 5 minutos de caminha de lá).
Eu comi confit du canard (pato) com polenta (adoro que lá em Ljubljana tem polenta em tudo quanto é lugar) e o André comeu vitela com batatas. Não sei o prato dele, mas o meu estava delicioso, de dar água na boca! Era um restaurante de um nível mais alto, e isso foi refletido no preço, que com gorjeta saiu 60 euros, mas valeu a pena! E ainda demos sorte que a mesa que reservaram pra gente era bem na janela, onde pudemos ficar observando as pessoas passando na rua durante o jantar.
De sobremesa o André estava sonhando com um Tiramisu que ele tinha visto num restaurante ali perto, chamado Marley & Me. Depois da janta fomos ali pra ele comer o tiramusi, mas pra nossa surpresa, apesar do restaurante estar bem vazio por ser domingo a noite, eles falaram que só vendem sobremesa pra pessoas que jantam lá. Decepção....
Acabou que fomos num outro lugar, mais perto ainda do nosso hotel, que vende bastante tipos de sobremesas, como bolos e sorvete. Era um lugar bem legal, com uma decoração diferente, bem cozy e quircky. Não tinham tiramisu, então o André acabou comendo um bolo de nozes com chocolate, que eu provei e estava bom, mas não sou fã de bolo então me contentei em observar a criança grande se esbaldando com um pedaço de bolo hehehe
Janta de aniversário do André

Saturday, 15 October 2016

Eslovênia - Dia 1

Para comemorar o aniversário do André este ano resolvemos fazer uma viagem. O lugar escolhido foi Ljubljana, na Eslovênia. O j é pronunciado como i, então a pronúncia é Liubliana.
Eu estava querendo visitar este lugar desde o ano passado, mas por diversos motivos não consegui marcar a viagem pra essa mesma época do ano em 2015, então resolvi não deixar passar de 2016. Tínhamos a oportunidade e os meios financeiros.
Neste post vou dar algumas dicas de como eu teria feito algumas coisas diferentes para aproveitar ainda mais a viagem, dicas que eu gostaria que alguém me tivesse dado antes de eu ter ido.
Primeira dica: a melhor época do ano pra se viajar pra lugares da Europa que não sejam no sul (tipo Portugal, Espanha, Grécia) é no verão: fim de junho, Junho, Julho, Agosto, começo de Setembro; não adianta discutir. Isso porque no resto do ano o tempo é normalmente uma droga, e é uma questão de sorte pegar dias com sol.
Infelizmente neste verão o fato do André ter passado a maior parte do tempo longe, e o fato de ter várias visitas em Londres significou que não foi possível fazermos viagens no verão, mas agora aprendi a lição e as nossas férias de verão terão prioridade.
Nosso vôo saiu de Londres 12:55 de sábado. Infelizmente o único vôo direto pra Ljubljana sai de Stanstead, um aeroporto no norte de Londres, que pra nós fica ridiculamente longe. Foram 1:30 pra chegar naquele aeroporto e £30 a mais pro ticket (por pessoa) do trem até lá. É o aeroporto de onde empresas budget tipo Ryan Air e Easyjet saem. Com a Easyjet eu já voei várias vezes, normalmente saindo de Gatwick, mas com a Ryan Air me recuso a voar. Como eu queria muito voar direto acabou que Easyjet de Stanstead era a melhor opção. Foi interessante ver a diferença das pessoas que utilizam o aeroporto de Stansted. Estou acostumada com Heathrow, onde são turistas estrangeiros e ingleses com mais dinheiro que viajam, mas lá em Standsted o aeroporto é bem mais simples e era muitas famílias inglesas e mochileiros, pois as passagens são bem mais baratas saindo de lá. Pra uem quiser economizar é necessário lembrar de incluir o dinheiro pro trem até lá como parte dos gastos.
Chegamos em Ljubljana eram 4 da tarde horário local, e fomos direto pegar o ônibus que nos levaria até o centro da cidade. Compra-se o ticket direto com o mototista e custou cerca de 4 euros por pessoa. Foi 1 hora dentro do ônibus, que passou por cidadezinhas pequenas pra pegar passageiros locais. O ônibus nos levou até a estação de ônibus central da cidade. Lá pegamos um táxi até o nosso hotel, que ficava super bem localizado, bem no Old Town de Ljubliana. Dava até pra ir caminhando da estação de trem-ônibus até lá em cerca de 20 minutos, mas mesmo só com mala de mão valeu pagar 10 euros pro táxi pra chegar mais rápido e com mais comodidade.
O nosso hotel chama-se Adora e fica numa casa daquelas antigas e típicas de lá. Fomos muito bem atendidos e inclusive deram pro André uma garrafa de vinho de presente pelo aniversário dele. Largamos as coisas no quarto e fomos explorar a cidade.
O Old Town de Ljubljana é pequeno e super charmoso. É daqueles lugares que você realmente se sente feliz em visitar, pois ainda tem seu próprio caráter, as lojas, cafés e restaurantes não são daquelas grandes empresas que se vê em tudo quanto é capital européia, elas têm charme e são autênticas. Ficamos passeando pelas ruazinhas de paralelepípedos e vendo as vitrines, admirando cada canto daquele lugar tão charmoso. Aquela área da cidade é cheia de restaurantes e cafés super agradáveis, a maioria com mesas na rua, onde as pessoas sentam e ficam aproveitando a tranquilidade e a atmosfera do lugar, vendo a banda passar.
Pra nós a principal atração foi ficar caminhando pelo centrinho, então não vou enumerar nenhum prédio ou algo que eu recomende que "não se pode perder", mas como pontos de referência nós fomos até a Triple Bridge, depois até a Dragon Bridge, e de lá voltamos até perto do nosso hotel de novo, onde jantamos num restaurante chamado Druga Violina.
Antes da viagem eu havia pesquisado vários restaurantes que a gente pudesse comer lá no centrinho, e este era um deles. Eu adorei a comida lá: era simples, mas muito bem feita. Comi um frango grelhado, polenta (!!!:)), tomei um drink e de sobremesa um apfelstrudel. O André também comeu bem e tomou vinho. O preço foi 25 euros. Mal pude acreditar!! Na noite anterior, em Londres ainda, fomos num restaurante ali perto da Oxford Street (nunca faço isso, detesto passar lá, tem sempre muita gente, mas eu havia acabado de sair de uma reunião da minha empresa e o André estava saindo do trabalho, então resolvemos comer por ali, pois não tínhamos comida em casa e não queríamos comprar pois estaríamos fora pelos próximos dias), onde eu comi uma salada de frango grelhado, ruim por sinal, e um copo pequeno de vinho. O André também tomou vinho e comeu uma pizza. Pagamos 40 libras!!! É exatamente por isso que eu detesto comer fora em Londres, é sempre um absurdo de caro e raramente a comida é boa. Se eu pagasse 40 libras e a comida fosse tão boa quanto a do restaurante de Ljubljana ainda vá lá, mas não é o caso. Inglês realmente não sabe preparar comida que dê vontade de comer...
Mas voltando ao restaurante em Ljubljana, outro motivo que eu gostei de ter gastado meu dinheiro lá é que não só eles usam ingredientes produzidos localmente, eles empregam pessoas com alguma deficiência. Eles fazem coisas simples, como trazer o menu, tirar os pratos depois que a gente come, secar talher etc, tudo sob supervisão. Eu prefiro gastar dinheiro em lugares que contribuem pra sociedade também de outras formas, e que dêem prioridade para produtores locais.
Depois da janta voltamos pro hotel e fomos dormir cedo, pois nosso plano era acordar cedo no domingo pra visitar o lago Bled, uma das maiorias atrações da Slovênia, se não a maior.
Cidade de Ljubljana e suas ruas e lojas charmosas