Eu estava querendo visitar este lugar desde o ano passado, mas por diversos motivos não consegui marcar a viagem pra essa mesma época do ano em 2015, então resolvi não deixar passar de 2016. Tínhamos a oportunidade e os meios financeiros.
Neste post vou dar algumas dicas de como eu teria feito algumas coisas diferentes para aproveitar ainda mais a viagem, dicas que eu gostaria que alguém me tivesse dado antes de eu ter ido.
Primeira dica: a melhor época do ano pra se viajar pra lugares da Europa que não sejam no sul (tipo Portugal, Espanha, Grécia) é no verão: fim de junho, Junho, Julho, Agosto, começo de Setembro; não adianta discutir. Isso porque no resto do ano o tempo é normalmente uma droga, e é uma questão de sorte pegar dias com sol.
Infelizmente neste verão o fato do André ter passado a maior parte do tempo longe, e o fato de ter várias visitas em Londres significou que não foi possível fazermos viagens no verão, mas agora aprendi a lição e as nossas férias de verão terão prioridade.
Nosso vôo saiu de Londres 12:55 de sábado. Infelizmente o único vôo direto pra Ljubljana sai de Stanstead, um aeroporto no norte de Londres, que pra nós fica ridiculamente longe. Foram 1:30 pra chegar naquele aeroporto e £30 a mais pro ticket (por pessoa) do trem até lá. É o aeroporto de onde empresas budget tipo Ryan Air e Easyjet saem. Com a Easyjet eu já voei várias vezes, normalmente saindo de Gatwick, mas com a Ryan Air me recuso a voar. Como eu queria muito voar direto acabou que Easyjet de Stanstead era a melhor opção. Foi interessante ver a diferença das pessoas que utilizam o aeroporto de Stansted. Estou acostumada com Heathrow, onde são turistas estrangeiros e ingleses com mais dinheiro que viajam, mas lá em Standsted o aeroporto é bem mais simples e era muitas famílias inglesas e mochileiros, pois as passagens são bem mais baratas saindo de lá. Pra uem quiser economizar é necessário lembrar de incluir o dinheiro pro trem até lá como parte dos gastos.
Chegamos em Ljubljana eram 4 da tarde horário local, e fomos direto pegar o ônibus que nos levaria até o centro da cidade. Compra-se o ticket direto com o mototista e custou cerca de 4 euros por pessoa. Foi 1 hora dentro do ônibus, que passou por cidadezinhas pequenas pra pegar passageiros locais. O ônibus nos levou até a estação de ônibus central da cidade. Lá pegamos um táxi até o nosso hotel, que ficava super bem localizado, bem no Old Town de Ljubliana. Dava até pra ir caminhando da estação de trem-ônibus até lá em cerca de 20 minutos, mas mesmo só com mala de mão valeu pagar 10 euros pro táxi pra chegar mais rápido e com mais comodidade.
O nosso hotel chama-se Adora e fica numa casa daquelas antigas e típicas de lá. Fomos muito bem atendidos e inclusive deram pro André uma garrafa de vinho de presente pelo aniversário dele. Largamos as coisas no quarto e fomos explorar a cidade.
O Old Town de Ljubljana é pequeno e super charmoso. É daqueles lugares que você realmente se sente feliz em visitar, pois ainda tem seu próprio caráter, as lojas, cafés e restaurantes não são daquelas grandes empresas que se vê em tudo quanto é capital européia, elas têm charme e são autênticas. Ficamos passeando pelas ruazinhas de paralelepípedos e vendo as vitrines, admirando cada canto daquele lugar tão charmoso. Aquela área da cidade é cheia de restaurantes e cafés super agradáveis, a maioria com mesas na rua, onde as pessoas sentam e ficam aproveitando a tranquilidade e a atmosfera do lugar, vendo a banda passar.
Pra nós a principal atração foi ficar caminhando pelo centrinho, então não vou enumerar nenhum prédio ou algo que eu recomende que "não se pode perder", mas como pontos de referência nós fomos até a Triple Bridge, depois até a Dragon Bridge, e de lá voltamos até perto do nosso hotel de novo, onde jantamos num restaurante chamado Druga Violina.
Antes da viagem eu havia pesquisado vários restaurantes que a gente pudesse comer lá no centrinho, e este era um deles. Eu adorei a comida lá: era simples, mas muito bem feita. Comi um frango grelhado, polenta (!!!:)), tomei um drink e de sobremesa um apfelstrudel. O André também comeu bem e tomou vinho. O preço foi 25 euros. Mal pude acreditar!! Na noite anterior, em Londres ainda, fomos num restaurante ali perto da Oxford Street (nunca faço isso, detesto passar lá, tem sempre muita gente, mas eu havia acabado de sair de uma reunião da minha empresa e o André estava saindo do trabalho, então resolvemos comer por ali, pois não tínhamos comida em casa e não queríamos comprar pois estaríamos fora pelos próximos dias), onde eu comi uma salada de frango grelhado, ruim por sinal, e um copo pequeno de vinho. O André também tomou vinho e comeu uma pizza. Pagamos 40 libras!!! É exatamente por isso que eu detesto comer fora em Londres, é sempre um absurdo de caro e raramente a comida é boa. Se eu pagasse 40 libras e a comida fosse tão boa quanto a do restaurante de Ljubljana ainda vá lá, mas não é o caso. Inglês realmente não sabe preparar comida que dê vontade de comer...
Mas voltando ao restaurante em Ljubljana, outro motivo que eu gostei de ter gastado meu dinheiro lá é que não só eles usam ingredientes produzidos localmente, eles empregam pessoas com alguma deficiência. Eles fazem coisas simples, como trazer o menu, tirar os pratos depois que a gente come, secar talher etc, tudo sob supervisão. Eu prefiro gastar dinheiro em lugares que contribuem pra sociedade também de outras formas, e que dêem prioridade para produtores locais.
Depois da janta voltamos pro hotel e fomos dormir cedo, pois nosso plano era acordar cedo no domingo pra visitar o lago Bled, uma das maiorias atrações da Slovênia, se não a maior.
Cidade de Ljubljana e suas ruas e lojas charmosas
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