Thursday, 31 July 2014

Alicante–Espanha–Dia 2

No dia seguinte eu acordei 7:30 da manhã e fui direto pegar um lugar na piscina. Peguei 2 espreguiçadeiras e um guarda-sol, ambos de frente pro mar. A única desvantagem do hotel onde ficamos (chamava-se Melia Alicante) é que o espaço da piscina (e a piscina em si) é pequeno, e se a pessoa não chega cedo na piscina fica sem cadeira e sem guarda-sol. Deixei minhas coisas ali e fui tomar café da manhã, que estava incluído no pacote. Foi dos melhores cafés-da-manhã que eu já tive em hotel. Tinham frutas frescas como melancia, melão, kiwi, pães, geléias, cereais, iogurte, ovos e salsisha, tinha inclusive paella e uns peixes pra agradar todos os tipos de hóspedes. Sei que os escandinavos comem peixe no café da manhã, e estava cheio da famílias loiras falando um idioma escandinavo, com certeza de algum país nórdico!
Ficamos na piscina (entrei rapidinho, mas a água estava muito fria!) até 1:30 da tarde (ainda bem que eu tinha pego guarda-sol, pois o sol ficou super quente depois das 11, como é de se esperar, e pudemos ficar na sombra) e fomos almoçar. Escolhemos outro restaurante onde eu comi outra paella, mas não estava tão boa quanto a do primeiro dia, possivelmente porque o restaurante era mais turístico. De sobremesa resolvemos tomar sorvete e encontramos uma sorveteria chamada Borgonesse onde acabei indo pra todas as sobremesas até o fim da viagem, que tem sorvete delicioso e barato. A Amorino, sorveteria também muito boa que experimentamos em Bbarcelona, fica na frente mas o sorvete é mais caro e o sabor é o mesmo.
Depois disso eu fui pra praia e a Jinny ficou no quarto pra evitar o sol (chinês não gosta de se bronzear). Na praia nadei um monte na água quentinha do mar e inclusive joguei vôlei de praia com umas meninas.
Depois voltei pro quarto pra um banho e fomos visitar o castelo de Santa Barbara, que fica em cima do morro que tem na parte antiga da cidade. Pega-se um elevador pra chegar até lá em cima e é melhor ir de noitinha mesmo pois durante o dia é muito calor. Dá pra entender porque os espanhóis fazem siesta, pois ninguém merece ficar caminhando pra lá e pra cá num calor de 35 graus.

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Nascer do sol em Alicante
Café da manhã
Eu e a Jinny tomando sorvete
Visitando o castelo de Santa Barbara


A vista de lá de cima é bem bonita e ficamos batendo fotos. Vimos também uma feirinha estilo espanhol vendendo artigos feitos em Alicante, mas não compramos nada.
De janta fomos num restaurante de tapas muito bem recomendado chamado Cervejeria Sento, que tem em 2 lugares no centro histórico: um é minúsculo e bem tradicional, mas impossível de conseguir lugar, e o outro é maior e mais moderno. Mesmo neste segundo tivemos que esperar um tempão por uma mesa. As tapas eram boas, mas não eram como as do dia anterior. Eram pequenos sanduíches de diversos sabores. Eu acabei comendo 2 e pra mim foi suficiente, pois tinham bastante gordura. Enquanto esperava a mesa e as tapas, tomei mais vinho espanhol. Óbvio que depois do vinho vem aquele sono, e quem diz que a gente foi pra boate como havíamos planejado...
Acabamos sentando num barzinho na pracinha do lado do hotel, na frente do porto, pra aproveitar o clima quente e sem vento que se encontra nos países quentes.
Terminei o dia menos branca.

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Vista de Alicante de cima do castelo de Santa Barbara
Uma feirinha espanhola em cima do castelo
Eu passeando pelo castelo
Eu caminhando pela beira mar de Alicante

Wednesday, 30 July 2014

Alicante–Espanha–Dia 1

Desde que eu cheguei na Inglaterra eu quis fazer uma viagem de verão em julho ou agosto. Por diversos motivos as pessoas que poderiam ter me acompanhado na viagem nunca estavam disponíveis nestes meses, e acabou que só depois de 6 anos na Europa eu consegui fazer uma viagem nestes meses. Este ano marquei com a minha amiga Jinny uma viagem de verão (= sol, praia e piscina)e depois de muita pesquisa para acomodar os requerimentos de cada uma, escolhemos Alicante, na Espanha.
Eu escolhi um hotel com piscina e do lado da praia, que ficava localizado do lado do porto, com ótimo acesso ao centro histórico de Alicante. Foi uma excelente escolha com a qual ficamos muito felizes.
Compramos um pacote que incluía os vôos de ida e volta. Pela primeira vez voei com uma empresa aérea chamada Monarch, que cai na mesma categoria da Easyjet e RyanAir por ter passagens mais baratas (entretanto qualquer outra coisa paga-se a parte. Se você quer levar mala vai ter que pagar a mais, se quiser escolher assento também vai ter que pagar a mais. Como eram poucos dias eu levei somente bagagem de mão). Na real escolhemos esta empresa aérea pelo horário dos vôos ser mais conveniente. Não voarei mais com eles se puder evitar. São a única empresa aérea que conheço que cobram pra fazer check-in online! O vôo saía as 7:20 da manhã lá do aeroporto Gatwick, e como ainda tínhamos que fazer check-in pegamos o trem as 5:30 da manhã de Clapham Junction, onde a Jinny mora e pra onde fui na noite anterior. Obviamente a fila do check-in estava imensa e tivemos que ir correndo pro portão de embarque uma vez feito o nosso check-in. Chegando lá adivinha: o vôo estava atrasado, e simplesmente não falaram nada. Ficamos esperando que nem uns otários por mais de uma hora até chamarem pro embarque. Como sempre as empresas aéreas fazem qualquer viagem um pesadelo, não importa o país!
Bom, pelo menos o vôo foi tranquilo e chegamos em Alicante 12:30 no horário local. Chegar do aeroporto até o hotel foi super simples, um ônibus por 20 minutos nos deixou na praça na frente do hotel.
Depois do check-in, arrumamos nossas coisas no hotel e fomos almoçar. Eu comi uma paella de frutos do mar deliciosa!
Depois do almoço caminhamos pelo centro antigo da cidade pra explorar um pouco e então eu me troquei e fui pra piscina pegar sol. Como estava morrendo de sono acabei tirando uma soneca bem gostosa na beira da piscina. Nada melhor do que férias pra descansar! Quando estou em casa acabo achando algo pra fazer ou limpar, então tenho que sair de casa mesmo pra relaxar.
Depois resolvemos caminhar pela praia. Caminhamos até chegar numa outra praiazinha menor e com menos pessoas, onde tomamos banho de mar com água refrescante, que não era fria. No caminho uns senhores espanhóis nos pararam e tentaram conversar conosco. Eu entendia o que falavam, mas não conseguia falar nada em espanhol. Ou saía português ou italiano (na real a maior parte do tempo saía italiano). Eles nos falaram de uma boate estilo Ibiza um pouco mais pra frente, que demos uma passada e parecia bem legal. Planejamos voltar lá na noite do dia seguinte.
Depois de um banho no hotel, saímos para jantar. Fomos num restaurante de tapas bem gostoso, onde comemos croquetes de bacalhau deliciosos, alcachofra grelhada com molho e eu tomei vinho.
Dormi que foi uma maravilha na cama espaçosa e firme, bem como eu gosto, e sem barulho nenhum o que foi surpreendente pra um hotel tão grande quanto aquele e no centro da cidade.

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A paella que eu comi de almoço
Praia de Postiguet, onde ficamos, com o castelo ao fundo, em cima do morro
Igreja de Santa Maria
Tapas e vinho de janta

Wednesday, 2 July 2014

Wimbledon

Em junho sempre acontece aqui em Londres o campeonato de tênis de Wimbledon, famoso no mundo inteiro. Eu nunca fui de acompanhar tênis, mas aqui na Inglaterra é um esporte do qual se fala muito, principalmente nesta época do ano. É uma coisa bem inglesa assistir o campeonato de Wimbledon. Claro que tem gente que diz que tênis é esporte de burguês e que as massas não tem acesso, mas é algo da cultura inglesa independente de quem participa.
Depois de quase 6 anos aqui eu, pela primeira vez, resolvi ir até lá pra ver do que se trata. 
Eu sabia que Wimbledon não era uma quadra só, mas não imaginava que seriam tantas. Na verdade o torneio acontece num complexo bem grande, com 19 quadras. Tem praça de alimentação, quiosques vendendo comidas e bebidas, tem um prédio pra imprensa, outro pros jogadores se trocarem e assim vai. É realmente um lugar bem grande. 
Existem 3 quadras principais: a chamada Central Court (quadra central), e as números 1 e 2. Pra essas quadras você precisa de ingresso específico, que explico como conseguir mais pra frente neste post. Pra entrar no complexo você compra um ingresso que eles chamam de Grounds only, em tradução livre Somente terreno. Com esse ingresso você tem direito a ver qualquer jogo em qualquer quadra, menos na principal, na 1 e na 2. Se você tem ingresso pra uma destas 3 quadras você não precisa do ingresso Grounds only e pode entrar direto no complexo. Como este não era o meu caso, eu fui pra um lugar que eles chamam The Queue (a fila), que é onde as pessoas sem ingresso ficam na fila pra tentar entrar no complexo de Wimbledon. Eu saí mais cedo do trabalho e cheguei lá às 2 da tarde. Não tinha ninguém nessa fila, o que foi bom. Se você entra no complexo antes das 5 da tarde o preço é £17, se você entra depois das 5 da tarde o preço é £14.
Uma vez lá dentro eu comecei a explorar o lugar e fiquei vendo jogos em várias das quadras. Vi o jogador Escocês pro qual todo mundo torce aqui, que ganhou o campeonato no ano passado, o Andy Murray, jogando duplas numa das quadras de graça de assistir. Ao mesmo tempo a Sharapova estava jogando na quadra principal contra uma alemã, mas obviamente que não tinha como ver pois a quadra fica no meio de algo como um estádio. Só dava pra ouvir a torcida.

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Jogo de duplas do Andy Murray
Assistindo um jogo de singles masculino numa das quadras
Um dos vários quadros de resultados das partidas espalhados
Alguma jogadora famosa (não conheço, mas estava dando vários autógrafos)

Atrás das quadras tem um morrinho de grama com uns laguinhos e cachoeiras artificiais, flores, bem bonito. Lá as pessoas se sentam com suas cobertas de picnics e comida e ficam vendo o jogo da quadra principal ser mostrado no telão, torcendo juntas (ou cada uma pro seu jogador preferido). Tem barraquinhas vendendo PIMs, uma bebida alcólica típica de verão aqui da Inglaterra, que é deliciosa, e as pessoas ficam bebendo isso e comendo morangos, ou nachos, conversando e torcendo. Nossa, era fantástico estar no meio daquilo. Como eu cheguei cedo tinha bastante lugar, mas a medida que vai entardecendo começa a chegar gente e no fim da tarde não tinha lugar nenhum pra sentar lá fora, de tanta gente.
Eu vi parte do jogo do Nadal de lá, mas eu quis também entrar numa das quadras principais. Na frente do telão tem um quiosque que revende ingressos de quem sai de uma das quadras principais por £5. Ou porque cansou ou porque ficou doente, não importa. Pra dar chance pra outras pessoas verem o jogo eles revendem o ingresso da pessoa que saiu e o dinheiro arrecadado acho que vai pra alguma caridade. Nesse quiosque a fila é imensa, pois todos querem ingresso pra quadra central, mas precisa-se ficar algumas horas na fila. Como eu estava sozinha eu tive que escolher entre passear pelo complexo ou ficar na fila sem saber se ia conseguir ingresso pra quadra central. Se estivesse com alguém podia revezar, mas infelizmente não foi o meu caso. Eu fiquei na fila duas vezes, mas acabei comprando ingresso pra um jogo de duplas femininas na quadra 2, que assisti da metade em diante. Na fila vêm atendentes oferecendo ingressos pras quadras 1 e 2, não tão prestigiadas quanto a quadra central.

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Jogo de duplas que eu assisti
Vendo o jogo do Nadal de Henman Hill


Formas de conseguir ingressos pras quadras principais (que eu sei):

1. Entrar no sorteio de ingressos pro torneio do ano seguinte, cujas inscrições são em Outubro do ano anterior. Se você é sorteado você pode comprar o ingresso.
2. Comprar pela internet, pagando um preço exorbitante. Pelo que vi a final masculina está a venda por mais de £3 mil!!
3. Ir pra fila (The Queue) o mais cedo que conseguir pra comprar os poucos ingressos disponibilizados por dia pras quadras principais. Normalmente as pessoas acampam por uma noite ou duas pra conseguir isso.
4. Como eu já expliquei acima, ficar na fila de revenda depois de já ter pago a entrada para o complexo. A partir das 3 da tarde que começam a revender ingressos, mas muitos dos jogos mais interessantes acontecem antes deste horário.
5. Ser membro de um clube de tênis (existem vários aqui em Londres), pois eles ganham ingressos pra esses torneios grandes.

Ao mesmo tempo que estava acontecendo o jogo da Sharapova o Federer estava jogando. Ele é o meu jogador preferido, sempre torço pra ele. Eu fui até a quadra onde ele estava jogando (de fora não tem como ver nada, é igual a um estádioc como já mencionei) e haviam várias pessoas lá esperando pra entrar. O que acontece é que pra comprar algo ou ir ao banheiro você tem que sair da área onde está aconcedendo o jogo, mas pra não distrair as pessoas e os jogadores (o que eu acho super correto) não é possível de transitar por ali entre games. Cada entrada tem um guardinha que só deixa as pessoas passarem quando acaba o game. Assim que acabou o game as pessoas que estavam esperando entraram e eu fiquei ali fora esperando. Aí olhei pro guardinha com cara de cachorro com fome perguntando se poderia bater uma foto. Ele deixou eu entrar pra bater uma foto do Federer, de longe. Me realizei!!! :D Não foi tão bom quanto teria sido assistir o jogo dele, mas foi o que eu consegui fazer e fiquei contente!

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Roger Federer

Escolhi um dia com tempo bom pra ir, o que ajudou, pois quando chove todos os jogos são suspensos, com exceção do da quadra central, que é a única que tem cobertura tráctil. Como aqui é Londres e em Londres chove bastante, em vários dias os jogos foram suspensos por causa da chuva.
A organização do evento é espetacular, como em todos os eventos que eu já participei em Londres. As pessoas que trabalham lá são extremamente simpáticas, educadas e disponíveis pra dar informação, como o carinha de chapéu na foto abaixo, que ficou explicando como funciona a fila de revenda de ingressos.

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Eu feliz tomando PIMs e no fundo a fila pros ingressos da quadra central

Baseado no tamanho deste post deu pra perceber que eu adorei ter ido pra Wimbledon. Realmente me identifico muito com a cultura inglesa, adorei ficar tomando PIMs e comendo morango e vendo os jogos espetaculares de jogadores tão talentosos. Quero muito voltar!