Sunday, 29 May 2011

Barcelona III

No último dia em Barcelona fomos ver a praia e a vila olímpica. Em 10 minutos no metrô estávamos na praia. São várias praiazinhas uma do da outra. A faixa de areia é grande e a areia em si é dourada. Estava sol e calor, muito bom!! Infelizmente não pudemos pegar praia por questão de tempo, mas caminhamos pela orla, que tem vários restaurantes e barzinhos. É muito legal lá!

Dali pegamos o metrô de novo e fomos visitar o museu da história da cidade, pois haviam nos falado que era de graça no domingo, mas chegamos lá era só a partir das 3 da tarde, então desistimos e fomos ver uma igreja e depois almoçamos no Hard Rock Café. Todos os garçons lá eram brasileiros, incrível. E como sempre quando nos vêem acham que somos turistas vindos do Brasil e sempre contam a história deles morando fora e tal, como se pra gente isso fosse novidade.

Depois o André foi no museu do Picasso, mas como eu não tenho o menor interesse em ver museu de arte que eu não entendo eu voltei pro apartamento pra descansar. Nosso vôo era só às 9 da noite, então deu tempo de descansar bastante. Só na hora de pegar o metrô que deu confusão, pois estava lotado de torcedores do Barcelona indo comemorar o título em algum lugar e foi um sufoco!!

Eu gostei muito de Barcelona, tem de tudo: a parte antiga e interessante da cidade, a parte moderna, praia, clima parecido com o do Brasil, onde se pode andar de manga curta, faz calor de pegar praia, dá pra ficar sentado em barzinho na rua sem congelar com o vento, um lugar bem interessante pra morar. O problema é que a Espanha está no buraco atualmente, com desemprego (conheço vários espanhóis aqui em Londres que vieram pra cá porque não conseguem achar emprego lá, e muitos na área de tecnologia!) e outros problemas, então não seria uma boa idéia considerar como um lugar pra morar, pelo menos não no momento.

O vôo de volta a Londres foi tranquilo. Ao contrário da vinda, saiu bem no horário e não tinha crianças barulhentas. Se não fosse a turbulência teria sido perfeito Smile

Praia em Barcelona

Saturday, 28 May 2011

Barcelona II

No dia seguinte, depois de um café da manhã reforçado fomos no Parque Guell, mais uma obra de Gaudi. Seguimos a dica dos tios do André e começamos por cima do parque. Saindo do metrô caminha-se um pouco e aí tem algumas escadas rolantes que levam até a parte mais alta do parque. É mais fácil explorar o parque descendo do que subindo. Eu imaginava diferente, achava que seria maior e que seria tipo os parques da Inglaterra ou da Alemanha, com bastante grama, mas não, é mais areia mesmo ao invés de grama. Mas mesmo assim foi legal, o Gaudi era realmente muito talentoso. Gostei das casinhas que parecem ser de doce lá na entrada do parque.

Parque Guell

Então pegamos o metrô, depois o funicular, e depois o teleférico pra ir até o topo do Montjuic. Bem lá em cima tem um forte com vista pra cidade, pro mar e pro porto. É bem legal lá em cima. É bem quieto lá também. Barcelona é uma cidade incrivelmente barulhenta então foi bom ter um pouco de peace and quiet.

Montjuic

Descemos caminhando por jardins e fontes até chegarmos no estádio olímpico, onde foram realizadas as olimíadas. Pena que não deu pra entrar, mas de fora já deu pra ver que é muito legal! Os espanhóis capricharam e ficou muito legal e ainda é bem conservado. Pena que no Brasil não vai ser igual, pois lá não tem ninguém com competência e vontade de fazer algo assim. Ao invés de ser que nem em Barcelona, onde a cidade melhorou depois das olimíadas, vai ser que nem em Atenas, onde tudo foi abandonado às moscas depois.

Estádio Olímpico

Dali fomos passando pelo Museu de História Catalã, que é um prédio magnífico e bem grande. Eu adorei o prédio e se um dia voltar a Barcelona quero entrar lá. Esse prédio fica ainda numa parte elevada do Mountjuic e tem vista pra Praça de Espaniae pra fonte mágica (depois tem mais sobre essa fonte).

Museu de história da Catalunha

Já era 3:30 da tarde e eu estava morrendo de fome. Paramos pra almoçar num restaurante ali perto onde comi bacalhau com batata e uns croquetes de atum que estavam bem gostoso. Ali perto fica a Arena onde até ser proibido na região, eram realizadas as malditas touradas. Ainda quero que todos os toureiros morram e que todos os espectadores quebrem as duas mãos, malditos! Mas agora este arena é um shopping, mas não cheguei a entrar.

Depois do almoço voltamos para o apartamento, já era 5 da tarde. Descansamos um pouco e fomos no bar ali embaixo (o apartamento onde os tios do André estão é super bem localizado, bem central.) pra ver a final dos campeões: Barcelona contra Manchested United. O jogo foi no Wembley Stadium em Londres. Ainda bem que o Barcelona ganhou, não gosto quando os ingleses arrogantes ganham. O problema foi a barulheira depois, como todo torcedor latino não são capazes de torcer sem fazer baderna, era foguete e corneta o tempo inteiro antes do jogo, e depois do jogo ainda se somou carros buzinando, um inferno!

Vendo o Barcelona derrotar o Manchester United

Depois do jogo pegamos o metrô e voltamos na fonte mágica, onde a cada meia-hora depois das 8 da noite tem o show de águas sincronizado com música. Foi absolutamente fantástico, a coisa mais legal que eu vi lá, adorei!! O melhor que eu já vi! Alteamente recomendado, mas acho que só funciona no verão.

Fonte mágica

Terminado o show voltamos pro apartamento e fui direto dormir.

Friday, 27 May 2011

Barcelona I

No último fim de semana prolongado de maio viajamos para Barcelona. Nosso vôo sairia de Londres ás 6 da tarde na quinta-feira. Fui direto do trabalho para o aeroporto. Deu a maior tempestade aqui em Londres houve atrasos e cancelamentos. Nosso vôo atrasou 4 horas!! Ninguém merece ficar numa salinha esperando pra embarcar, foi um saco. Chegamos em Barcelona já era mais de meia-noite e não tinha mais transporte público. Tivemos que pegar um táxi até a casa dos tios do André, fiquei com vergonha de ter chegado tão tarde lá, mas paciência…

No primeiro dia em Barcelona fomos ver as principais atrações. Primeiramente fomos na Igreja da Sagrada Família. Já tinham me falado desta igreja, que era fantástica, maravilhosa, absurdamente linda etc etc. Realmente é uma obra muito interessante do Gaudi, mas pra mim é um templo, eu nunca iria´lá pra ver uma missa ou rezar, pois não é o que eu estou acostumada. Eu prefiro as coisas mais clássicas, preferi bem mais o vaticano, por exemplo. Mas a parte de fora, o lado da Natividade é muito bonito, com bastante detalhes, chega a ser impressionante. Dica pra quem vai: dá pra baixar o audio guide pela internet. É só procurar por La Sagrada Familia Audioguide e salvar o mp3. Economiza 4 euros que dá pra comprar um sorvete bem gostoso no passeio de Gracia.

La Sagrada Familia por fora e por dentro

Depois fomos até o Lá Pedreira, que é um prédio também construído pelo Gaudi. Este eu gostei mais, achei muito legal o prédio e todas as decorações e coisas diferentes que ele fez lá. Gostei também de ter visto o andar mobiliado com coisas antigas, lembrou alguns móveis de antigamente que eu via quando criança na casa da minha avó. Também gostei de ver a exposição com as coisas da natureza que inspiravam o Gaudi a fazer as obras dele, em tudo ele via alguma coisa pra usar nas coisas que ele criava, muita influência da natureza.

La Pedrera

Caminhamos pelo Passeio de Gracia e aí eu estava morrendo de fome. Almoçamos num restaurante do lado daquelas casas também famosas no Passeio de Gracia, a casa Battlo e a casa Amatller, ambas bem diferentes, mas cada uma com a sua beleza.

Casa Amattler e casa Battló

Tomamos um sorvete fantástico ali no passeio de Gracia, dos melhores que eu já comi! Chama-se Amorino e o logo é um anjinho. Fomos caminhando até a catedral, mas não entramos, aí fomos até a Praça Catalunia. Lá estava cheio de estudantes acampados protestando contra os cortes que o governo está fazendo na economia. Tem uns que devem estar lá há dias, pois não tomam banho, e apesar dos banheiros portáteis a maioria não usa, porque o cheio na praça é horrível! De lá fomos descendo a La Rambla, vendo o movimento e os caricaturistas desenhando as pessoas. Fiquei com vontade de ter um desenho também, da próxima vez vou fazer!

Fomos até o porto e como estava um dia muito bonito ficamos sentados no sol no trapiche que dá pro shopping.

 

Depois de passar o dia inteiro caminhando resolvemos voltar pro apartamento pra descansar um pouco. Eu estava morrendo de sono, pois tive um longo dia anterior e não dormi o suficiente então tudo o que eu queria era dormir. Fiz um sanduíche de janta, mas aí os demais chegaram e nos convenceram a dar uma saída. Fomos no Bairro Gótico onde comeram uns snacks (tipo tapas, esqueci o nome) e tomaram vinho, mas eu não estava com fome. Foi legal, mas não consegui ficar muito tempo, eu e o André voltamos pro ap perto da meia-noite. Aí finalmente fui dormir Smile

Sunday, 8 May 2011

Viagem da páscoa IX

No nosso último dia em Marrakech o André e a Jinny foram fazer um curso de culinária local. Como era de se esperar eu não quis ir, pois não gosto de cozinhar e não gosto de comida marroquina (tanto que acabei comendo na McDonalds todos os dias). O tempo estava absolutamente deplorável e eu passei o dia no hotel, fiz academia, usei a internet, li meu livro…

O plano era esperar a Jinny e o André terminarem o curso e iríamos visitar um museu. Segundo eles estariam de volta pelas 4. Só que isso não aconteceu, eles só acabaram chegando de volta ao hotel ás 7, fiquei puta, pois passei o dia esperando eles chegarem e aí não deu mais pra fazer nada a não ser sair pra jantar. Fomos num restaurante super recomendado, mas não tinha nada que eu gostasse (e eu me recuso a comer carne halal), então acabei comendo só uma entrada, umas esfihas que estavam gostosas até.

Nosso vôo saiu de Marrakech de manhã e foi tranquilo.

Eu estava bem receosa com a viagem pra Marrakech, mas gostei de ter ido, achei bem interessante ver um país do mundo árabe, que é uma cultura tão diferente da brasileira/inglesa, que são as que estou acostumada. Mas possivelmente será o único país da África que eu visitarei. Marrocos é dos países mais “ricos” da África (África do sul é mais rica, obviamente) e mesmo assim dá pra ver que é um país bem pobre, onde as pessoas ganham pouco e mal se sabe como elas sobrevivem. As pessoas que se dão melhor são as que trabalham no turismo, então eles dependem fortemente dos turistas pra manter a economia. O fato de ter tido um atentado não é boa notícia pra eles, pois muitas pessoas deixam de ir lá com medo, o que é compreensível, eu não teria comprado a passagem depois da explosão da bomba, por exemplo. Um garçon de um restaurante até se desculpou pela bomba, como se a culpa fosse dele, coitado, falou que o movimento caiu bastante.

Marrocos tem um rei, e o cara está sofrendo protestos como outros países do mundo árabe, mas não na mesma escala. Pelo que ficamos sabendo ele acabou de dar aumento pra funcionários públicos e está tentando controlar os ânimos do povo. Por mais interessante que eu tenha achado eu não gosto de ver pobreza, não gosto de lugares onde não existem regras para as coisas mais básicas, como trânsito, por exemplo, onde animais são tratados com uma crueldade indescritível e qualquer pessoa que se importe com eles é considerada louca, não me sinto bem em  lugares onde você pensa que seria bom que você pudesse fazer algo pra ajudar as pessoas pois você não gosta de vê-las nesta situação, mas na verdade você não pode, pois tem alguém cujo trabalho é fazer isso e essa pessoa não faz. Eu me sinto agoniada e até meio deprimida com essas coisas e é por isso que eu não devo voltar em lugares assim tão cedo, se é que algum dia vou voltar. Entendo que se interessa por lugares assim, mas não é meu tipo de coisa, então posso riscar isso da minha lista, pois já fui e já vi, não preciso ir de novo. Mas recomendo uma visita  a Marrakech. pois é interessante.

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Nosso hotel em Marrakech

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Viagem da páscoa VIII

No dia seguinte todos os demais fizeram uma day trip para um lugar chamado Atlas Mountains. Um guia os pegou no hotel de manhã e passaram o dia vendo alguns lugares do interior. Eu não tive vontade de ir. Marrakech já era o suficiente pra mim e depois de um café da manhã reforçado (o café da manhã do hotel era fantásticoÇ frutas frescas (me matei de comer melancia) pães, geléias, sucrilhos, iogurte, tinha uma pessoa pra fazer omelete com opções de vários ingredientes extras, e tinha também café da manhã de britânico com salsicha e bacon etc etc.) finalmente tive sorte com o tempo e aproveitei o sol pra ficar na beira da piscina. Eu tava de manga comprida e fiquei só deitada no sol, e começou a esquentar e tive que subir pro quarto pra trocar de roupa duas vezes, pois chegou a dar uns 26 graus e no sol ficou bem quente, então acabou que eu fui a única do grupo que consegui aproveitar a piscina e o sol em Marrakech, pois choveu e deu frio em todos os outros dias, incrível o azar que tivemos com o tempo.

Assisti parte do casamento real pela tv e depois os demais chegaram, lá pelas 4 da tarde, e saímos. Neste dia fomos de volta até a praça Djeema El Fna e nos Souqs, os mercados. A Djeema El Fna é a principal praça de Marrakech, sempre cheia de gente e coisas no mínimo inusitadas. Foi lá também onde explodiu a bomba no dia em que havíamos chegado e por isso não quisemos ficar muito tempo lá antes. O café onde a bomba explodiu é um café turístico que fica ali na praça e deu pra ver a força da destruição.

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Café onde a bomba explodiu

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Praça Djeema El Fna em Marrakech

Nesta praça existem vários mercadinhas vendendo comida e souvenirs e várias outras coisas. Existem também “encantadores de cobras”, uns caras que ficam sentados com umas cobras na frente deles e tocam um tambor e a cobra meio que dança, ou então eles levantam com a cobra e vão até os turistas pedir dinheiro. Minha mãe não ia querer ver de perto. Tem também uns caras que ficam com uns macaquinhos presos pelo pescoço com uma corrente, que eu morri de pena, pois eles ficam arrastando os coitadinhos sem dó, e ainda têm a audácia de vir nos turistas pra fazer o pobre do bicho fazer piruetas. Eu comecei a xingar o guri que veio com o macaco na minha direção. Odeio esse tipo de exploração, acho absolutamente deplorável qualquer tipo de exploração de animais. A noite têm os contadores de histórias nesta praça, mas as histórias são em árabe, então não dá pra entender nada, mas eles gesticulam bastante e diz que não precisa entender árabe pra achar a história interessante.

O idioma foi algo que complicou um pouco, pois eu obviamente não falo árabe e falo umas 3 frases em francês, além de palavras básicas, e os demais todos kiwis que não falam nenhum outro idioma além de inglês, então sobrou pro André traduzir tudo pra todo mundo, pedir informação, negociar etc. Muitas pessoas falam inglês, principalmente nos lugares turísticos, mas muita gente não fala nada de inglês, o que é compreensível. E andar pela Medina não é das tarefas mais fáceis, pois aquilo é um labirinto e mapas não ajudam, pois a maioria das ruas não têm nome, então você pega o mapa, vê um lugar turístico nele e tenta ir seguindo pelas ruas principais tentando ignorar as ruas pequeninhas até achar que já caminhou o suficiente pra perguntar pra alguém como se chega no seu próximo destino. As pessoas sempre dão informações, o problema é entendê-las.

Bom, ali da praça nós entramos nos souqs, os mercados onde se vende de tudo e onde se consegue barganhar os preços das coisas. Eu não sou fã de ficar negociando preço, quero um preço justo e eu pago isso e pronto. Lá digamos que algo que custe 30 Dirhams (1 libra = 12 Dirhams ) para os locais, eles pedem 200 dirhams para os turistas. Aí você vai negociando e se fizer um bom negócio consegue de repente pagar 50 Dirhams por aquela coisa (turista sempre acaba pagando mais que o pessoal de lá). Eu deve ter feito péssimos negócios, pois não negociei quase nada, pagava e pronto. A Jinny é a melhor, ela conseguiu os melhores preços em tudo o que comprou, podia ensinar a arte de barganhar realmente. Mas comprei pouca coisa, só 1 ou 2 enfeites pra casa e o tal óleo de flor de laranja então não fez tanta diferença pra mim.

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Souqs em Marrakech

Os mercados são uma loucura, vendem de tudo, são um labirinto de ruazinhas minúsculas, por onde passam motos!!! Você tá caminhando e do nada vêm motos das duas direções e você tem que tentar não ser atropelado, ainda bem que eles não andam rápido lá no meio do mercado. O mercado é gigantesco e é fácil se perder lá. É bem colorido, tem vários cheiros de comida, incenso, sabonete, couro, borracha, é uma mistura de tudo! Realmente é algo interessantíssimo que vale a pena ver.

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Sapatos marroquinos nos souqs

Viagem da páscoa VII

No nosso segundo dia em Marrakech fomos ver as atrações turísticas, que ficam na sua maioria na parte antiga da cidade, que é circundada por um muro e se chama Medina. Começamos pelo principal Mosque da cidade, que fica do lado da praça Djeema El Fna (voltarei a falar desse lugar depois). Só muçulmanos podem entrar na mesquita, pois senão as pessoas não conseguem rezar direito com a turistada batendo foto e sendo barulhenta, o que eu acho certo, então tivemos que nos contentar em bater fotos de fora. Dali fomos visitar as Sardinian Tombs, que são túmulos de reis e seus familiares que uma vez regiam a cidade. Durante a visita eu ficava andando perto de grupos de turistas com guias e o fato de eu entender alemão veio em meio benefício, pois eu escutava o guia e aí sabia para o que eu estava olhando e depoispodia então falar pros demais o que era cada coisa.

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Sardinian Tombs em Marrakech

Dali fomos visitar 2 palácios, um chamado Bahia Palace e um outro ali por perto também, cujo nome não me lembro. Ambos os palácios são bem grandes com vários quartos, e o rei tinha várias comcubinas e esposas, então os palácios eram cheios de mulheres e filhos e as partes mais bonitas dos palácios normalmente eram de uso exclusivo do rei. Os tetos dos quartos era todos decorados de forma diferente, com detalhes em madeira e pintados, um mais bonito do que o outro. Num dos palácios as paredes foram talhadas e pintadas a mão com uma decoração lindíssima. Estes palácios demoraram vários anos pra ficar prontos, pois cada rei queria que fosse o mai bonito já feito!

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Sala do trono em um dos palácios

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Courtyard no Bahia Palace

Depois fomos almoçar na cidade nova, pegamos um táxi, e acabamos almoçando na McDonalds de novo. Aí fomos nos jardins de Yves Saint Laurent, um estilista que adotou Marrakech por muito tempo durante sua vida e fez este jardim, que é muito bonito e tem cáctus por todos os lados.

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Jardim Yves Saint Laurent

Nosso meio de locomoção era táxi. Estávamos em 6 adultos, e os táxis lá levam 6 adultos!! Sinto de segurança é algo dispensável por lá. Ia eu e a Jinny no banco da frente e os 4 demais todos apertados no banco de trás. E como em tudo em Marrakech, o preço é negociável. Os taxistas sempre pedem 2x mais do que o preço normal, aí quando você fala que é caro e que vai procurar outro táxi ele baixa o preço e vai baixando até ficar um preço justo. E muitos taxistas tentam convencer turistas a pagar mais dizendo que têm família e que ganham pouco e isso e aquilo, o que provavelmente é verdade, mas não dá pra ficar pagando 2 x o preço o tempo inteiro. Os táxis são na sua maioria incrivelmente velhos, nunca na minha vida vi carros tão velhos, e vários tinham mau cheiro, não foi a forma mais agradável de locomoção que eu já peguei, mas era a melhor que tinha, ou então caminhar por muito tempo, pois nosso hotel era cerca de 15 minutos longe de qualquer lugar, mais as caminhadas entre os pontos turísticos, ia ser caminhada demais.

Fomos jantar num restaurante ali perto do hotel, um lugar mais moderno e turístico e comi uma massa, tava gostosa e bem mais barato que no hotel, onde eles metiam a faca e qualquer coisa era bem cara, preços de Londres praticamente!

Viagem da páscoa VI

Na quinta-feira saímos de Nice e fomos até Marseilles pegar o vôo até Marrakech. Neste dia eu vi que nunca conseguiria morar na França… O aeroporto era incrivelmente desorganizado, lembrava os do Brasil. Pra começar não se sabia onde ir pra fazer check-in com a empresa aérea que íamos voar, não haviam placas nem nada. O check-in abriu 2 horas antes do vôo e eu imaginei que teríamos tempo pra comer algo e descansar, só que me enganei. A fila pra segurança estava meio grande, mas isso é normal em qualquer lugar; o problema foi a fila da polícia. Pra começar até hoje não entendo porque precisa mostrar o passaporte pra sair do país. Você está indo embora, então não sei porque a polícia quer ver seu passaporte. Se é algum criminoso tentando fugir eles têm meios de ver isso sem ter que ver o passaporte de cada pessoa. A fila da polícia estava absurdamente gigante! Era uma sala pequena e sem ventilação, os oficiais da imigração eram os mais lerdos que eu já vi na vida!! A fila simplesmente não andava, e começaram a anunciar vôos e as pessoas nestes vôos ainda na fila. Aí estas pessoas começaram a passar pelo lado pra não perder o vôo, e eu ouvia que lá na frente estava dando briga entre os passageiros porque os que estavam pra embarcar queriam passar na frente dos demais. E não tinha absolutamente NINGUÉM do aeroporto pra organizar isso! Demorou muito até vir um guarda pra ver quem realmente precisava passar na frente na fila e ele começou a organizar um pouco. Quando chegou a nossa vez eu entendi o por que da demora. Os oficiais da imigração simplesmente ficavam conversando entre eles, pegavam um passaporte de demoravam séculos digitando algo no computador e vendo foto e vendo as folhas do passaporte. Um absurdo sem igual!! Nunca em nenhum outro país vi tamanha lerdeza e ineficiência. E na fila estava cheio de árabes indo pra Algéria, eles simplesmente furavam a fila como se fosse algo normal. ODEIO pessoas que não obedecem as regras do país onde estão, pra mim isso é um cúmulo! Os franceses pareciam não se importar com a demora, isso deve ser normal lá. Bom, uma vez que embarcamos e o avião já estava em pleno ar avisaram que provavelmente teríamos que descer em Casablanca porque não foi possível abastecer o avião em Marseilles porque as pessoas que fazem isso estava me greve. Francês está sempre em greve! Qualquer coisa e eles páram em greve. Eu ODEIO grevistas, é uma perda de tempo! Greve é coisa pra gente que não tem educação e precisa de um sindicato pra protegê-los, pois mal sabem ler, o que não é o caso de funcionários públicos, que são os campeões de greve. Não simpatizo com nenhum tipo de greve. Aqui em Londres os motoristas de metrô têm feito greve o tempo inteiro, e eu se pudesse demitia todos, declararia greve proibido para a categoria e contrataria pessoas que estivessem afim de trabalhar sem ficar reclamando. Se não gosta do trabalho, está dissatisfeito, procure outro! E ninguém nunca vai me convencer de que greve é necessário quando a pessoa tem escolha, o que é a grande maioria dos casos.

Por isso eu nunca moraria na França, pois não tenho paciência com esse tipo de coisa, um país cheio de funcionário público que só sabe reclamar, não sei como consegue ser desenvolvido.

Mas no fim das contas conseguimos descer em Marrakech. Ficamos esperando a Jinny no aeroporto, pois o vôo dela (vindo de Londres) chegaria praticamente no mesmo horário que o nosso. Quando saímos do aeroporto pra pegar um táxi percebemos um monte de policiais revistando pessoas e checando passaportes, e ninguém podia chegar perto do aeroporto. Eu achei estranho e quando perguntamos pro motorista de táxi ele falou que foi porque uma bomba havia explodido no centro de Marrakech. Algum terrorista explodiu uma bomba num café no lugar mais turístico de Marrakech e matou 15 pessoas, a maioria estrangeiros. Até agora não se sabe qual facção de malucos foi responsável, mas o destino de todos os terroristas deveria ser igual o do Bin Laden! Que se dane se ele não estava armado, se ele foi morto na frente da esposa, filha, neto, quem quer que seja. Terrorista merece morrer antes que mate pessoas que não têm nada a ver com a guerra deles! Parabéns pros Estados Unidos e que eles consigam se livrar de muito mais destes demônios!

Claro que depois dessa notícia eu não queria sair do hotel. Ficamos num hotel 5 estrelas na parte nova da cidade, pois eu não queria arriscar ficar num lugar onde não me sentisse confortável. O nosso hotel era bem legal e fomos recebidos com chá de menta pra beber e óleo de flor de laranja pra conhecer o aroma. É muito bom e acabei comprando um pra mim depois.

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Na recepção do hosso hotel em Marrakech

Bom, de qualquer forma nós acabamos saindo do hotel, mas fomos na parte nova da cidade, onde tudo parecia normal, tirando os policiais monitorando as ruas e os restaurantes, o que me fez se sentir mais segura. Acabei comendo numa Mc Donalds e caminhamos ali pela parte nova da cidade, onde tem alguns lugares mais modernos e lojas de marcas conhecidas. Depois encontramos o resto do nosso grupo. Estavam além de mim e do André: a Jinny e o Oscar, e o Hamish com a Louise, a namorada dele.

A minha primeira impressão de Marrakech foi de ser um lugar louco demais. Motos andam em qualquer lugar, inclusive na calçada no meio dos pedestres. Atravessar a rua é uma tarefa quase imposs[ivel, pois faixa de pedestres e sinal de pedestre não significa absolutamente nada. Tem que se meter na rua e rezar pros carros e motos não te atropelarem.

Mas depois de um longo e estressante dia finalmente voltei pro hotel e fui descansar tomando um banho de banheira.

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Cidade nova em Marrakech

Saturday, 7 May 2011

Viagem da páscoa V

No nosso último dia na França fomos dirigindo pro outro lado e passamos por Antibes, onde tem o Cape D´Antibe (será que foi daí que pegaram o nome do Caco Antibes do Sai da Baixo?), mas nem ficamos muito tempo ali, logo fomos pra Cannes.

Cannes é aquela cidade famosa pelo festival de cinema, o Festival de Cannes. Caminhamos pela orla da praia, que por sinal é toda dividida e a maior parte dela pertence a um dos hoteis ali na frente, e só hóspede pode utilizar as cadeiras e guarda-sóis, desde que paguem uma pequena taxa de cerca de 20 euros por dia.

A praia em si não é grande coisa, as de Floripa são mais bonitas, a promenade é legal e sempre tem bastante gente caminhando por ali. O teatro onde o festival acontece fica bem no meio da praia, mas não pareceu nada fantástco de fora. Caminhamos um tempão até achar um lugar pra almoçar, e acabou que paramos num restaurante italiano onde eu pedi um risoto e odiei! Não entendo porque ficar enchendo a comida de tempero forte, simplesmente estraga a comida e o resultado é que estava morrendo de fome depois de um tempo, pois meu almoço foi pequeno. Eu não achei Cannes nada demais pra ser sincera e tinha gente fumando e tudo quanto é lugar.

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Cannes

Dali fomos até Saint Tropez, na cidade. O lugar é incrivelmente CHEIO de turistas, pelo que lemos recebem 150.000 turistas por dia no verão e diz que o trânsito no verão é um inferno. A cidade em si é charmosa, mas nada espetacular. Acho que a maioria dos turistas vai por causa da fama que Saint Tropez tem. Lá paramos num café pra tomar algo e uma coca cola e um café custou 11 euros, absurdamente caro e desnecessário!! Nosso plano era ver uma das praias ali perto, afinal elas que fazem Saint Tropez ser famosa, mas pra tirarmos o carro do estacionamento demoramos uma eternidade. Nunca na minha vida vi um trânsito tão infernal, que não andava, um congestionamenteo dos infernos realmente. Nunca na minha vida eu volto naquela cidade de carro, e não aconselho ninguém a fazer isso, a não ser que vão de manhã cedo e saiam no máximo às 3:30 da tarde. Demoramos 3 horas pra chegar de volta e Nice, 1 hora a mais do que o normal.

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Saint Tropez

Eu realmente não entendo all the hype around Saiit Tropez e Cannes, afinal vi lugares bem mais bonitos e charmosos… mas cada um cada um.

Viagem da páscoa IV

No dia seguinte fomos pra Mônaco. No caminho pra lá paramos numa cidadezinha chamada Eze, que nos foi muito recomendada. Só que ela não era tão diferente das cidadezinhas que vínhamos vendo até agora, então a cidade em si não foi nada demais, mas a vista lá de cima é fantástica, bem pra riviera francesa. Muito bonito mesmo!

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Riviera francesa

Eu já havia estado em Mônaco no ano anterior na viagem que fiz com meus pais, e que por coincidência foi no último domingo de maio, bem no dia do Gran Prix de F1. Daquela vez as ruas estavam todas fechadas, pois a corrida é no meio da cidade, pelas ruas da cidade. Desta vez eu consegui ver o porto e tudo ali perto. Mônaco ainda é meu lugar preferido! Adoro a vista dos iates, que não me canso de ficar vendo, um mais bonito do que o outros, as lojas, os restaurantes, tudo é bonito em Monte Carlo!

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Monte Carlo

Subimos até o castelo onde a família real mora e lá em cima tem uma cidadezinha também, nem sabia. Tava tão quente que eu consegui tomar um sorvete sem ficar doente e aí caminhamos por um parque que tem entre o aquário e a catedral de Mõnaco, onde está enterrada a Grace Kelly. Estava cheio de gente fazendo picnic naquele parque, e eu e o André resolvemos fazer o mesmo. Compramos uns sanduíches e sentamos num banco com vista pro mar. Tudo em Mônaco é bonito e interessante, pelo menos pra mim :)

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Fomos até o Cassino de Mônaco também, mas não entramos. O prédio em si já vale a pena, mesmo sem entrar. Sempre fico pensando quem são as pessoas endinheiradas que têm os iates, jogam no cassino, fazem compras na Hermes. Mônaco é assim, meio fora da realidade. Só o fato de ter elevador público pra passar do nível mais baixo da cidade até o mais alto dá pra ter uma idéia de como as coisas são por lá.

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Cassino em Mônaco

De janta compramos uma pizza e pegamos uma garrafinha de vinho e nos sentamos na orla da praia em Nice pra jantar no pòr-do-sol.

Viagem da páscoa III

Segunda-feira deixamos Nimes e fomos em direção a Nice. No caminho paramos numa cidade que segundo o guia do lonely planet é a Paris do sul da França, com uma rua cheia de cafés com pessoas chiques e bem vestidas tomando alguma coisa. Chegando lá, devia ser umas 9:30 da manhã, a cidade estava vazia, o tempo estava ruim, aquela rua não era nada do que eu imaginava, e não conseguíamos achar lugar pra comer algo de café da manhã. Eu estava com sono, morrendo de fome e irritada, então o resultado é que eu odiei Aix en Provence, absolutamente odiei! Achei a cidade velha, suja e sem graça e não aconselho ninguém a ir lá.

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Aix en Provence, não vão lá a não ser que não tenha lugar melhor pra ir

Ainda bem que logo fomos seguimos viagem! No caminho pra Nice paramos numa cidade chamada St Paul, que eu também não tinha o menor interesse de ver e achei perta de tempo. Depois finalmente fomos até um lugar bonito chamado St Paul de Vence. Era mais uma das cidadezinhas charmosas da França, estava cheia de turistas e nós ficamos caminhando e batendo fotos. Pro almoço demos a maior sorte e paramos num restaurante com balcão fora e conseguimos uma mesa bem na beirada, com vista muito bonita. Comi uma salada niçoise bem gostosa. Gostei muito dessa cidade.

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St. Paul de Vence

Aí finalmente chegamos em Nice… Nice é uma cidade fantástica, muito bonita, grande, cheia de restaurantes e turistas, e o tempo estava muito bom, com sol. Deixamos as coisas no hotel e fomos caminhar na orla da praia. A praia em si não é da smais bonitas porque não tem areia, tem pedra no lugar de areia, mas a água é um azul muito bonito.

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Nice

Nosso hotel ficava 1 quadra da praia e do lado da parte antiga da cidade, onde tem todos os restaurantes e o mercado, localização super boa. De noite saímos pra jantar e comi um frango grelhado exatamente como eu queria, muito gostoso.

Sunday, 1 May 2011

Viagem da páscoa II

Nimes é uma cidade sem muitos atrativos. Tem um coliseo lá, não tão grande quanto o de Roma, mas é bonito também, e nos dias de hoje sempre tem concertos e shows lá. Eu não sou fá da história dos coliseos, é sempre envolvendo brigas e matanças, então pra mim não foi nada demais. No dia em que chegamos em Nimes, a noite, fomos caminhar pela cidade pra conhecer. O centro histórico não era grande, e vimos a maior parte das coisas interessantes lá. O motivo da nossa ida a Nimes é que ficava no meio do caminho entre onde estávamos e onde queríamos ir e o André tem um amigo que tem família lá e o plano era jantar com eles no dia de páscoa, mas acabou que não deu tempo.

Coliseo em Nimes

No dia seguinte, domingo de páscoa, saímos de carro pra visitar algumas cidades ali perto. Começamos com um lugar chamado Pont du Gard, onde tem o aqueduto mais alto do mundo, feito por quem, quem sabe? Pelos romanos, claro, incrível como eles estiveram em tudo… Lá tinha uma bandinha tocando e estavam tocando marchinhas de carnaval. Quando passaram pela gente vi que o maestro era brasileiro, mas os integrantes acho que era pessoas dali mesmo. Eles não tocavam muito bem.

 

Pont du Gard

Anyway, depois dali nós fomos até uma cidade chamada Avignon, bem bonitinha, com um centrinho histórico muito bonito. Lá tem um palácio usados por papas há muitos anos atrás, quando eles fugiram de Roma (não me lembro o por quê) e ficaram por lá por 70 anos. Nós pagamos 10 euros cada pra entrar no tal palácio, e foi um desperdício, Tirando a vista lá de cima da torre foi bem sem graça, salas vazias e de pedra,~não tenho interesse nesse tipo de coisa.

Avignon

Depois nós almoçamos ali perto, comi pato e tava bem gostoso, mas tadinho do pato :(

Dali fomos ver uma cidadezinha chamada Bonnieux, que fica na região da Provença, famosa pelos campos de lavanda. Infelizmente era ainda muito cedo no ano pra ter as lavandas, mas a cidadezinha era muito charmosa com as ruas de pedra, as casas medievais enfeitadas com flores, as galerias de arte etc.

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Bonnieux

Dali fomos ver uma vila chamada Saignon, também bem pitoresca. Ali paramos pra tomar um chá, o tempo estava bom. Escolhemos um lugar ao lado de um chafariz.

Foi um dia cheio, mas vimos muitos lugares bonitos. No caminho entre um lugar e outro dava pra ver aquelas mansões de cinema, com um caminho enfeitado por árvores altas, cedros, e bem cortadas de cada lado, até chegar na casa lá atrás, com certeza coisa de gente de muito dinheiro. Inclusive alguns destes lugares já foram utilizados como cenário de filmes, pois são bem pitorescos e lindíssimos.

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Saignon