Sunday 8 May 2011

Viagem da páscoa VIII

No dia seguinte todos os demais fizeram uma day trip para um lugar chamado Atlas Mountains. Um guia os pegou no hotel de manhã e passaram o dia vendo alguns lugares do interior. Eu não tive vontade de ir. Marrakech já era o suficiente pra mim e depois de um café da manhã reforçado (o café da manhã do hotel era fantásticoÇ frutas frescas (me matei de comer melancia) pães, geléias, sucrilhos, iogurte, tinha uma pessoa pra fazer omelete com opções de vários ingredientes extras, e tinha também café da manhã de britânico com salsicha e bacon etc etc.) finalmente tive sorte com o tempo e aproveitei o sol pra ficar na beira da piscina. Eu tava de manga comprida e fiquei só deitada no sol, e começou a esquentar e tive que subir pro quarto pra trocar de roupa duas vezes, pois chegou a dar uns 26 graus e no sol ficou bem quente, então acabou que eu fui a única do grupo que consegui aproveitar a piscina e o sol em Marrakech, pois choveu e deu frio em todos os outros dias, incrível o azar que tivemos com o tempo.

Assisti parte do casamento real pela tv e depois os demais chegaram, lá pelas 4 da tarde, e saímos. Neste dia fomos de volta até a praça Djeema El Fna e nos Souqs, os mercados. A Djeema El Fna é a principal praça de Marrakech, sempre cheia de gente e coisas no mínimo inusitadas. Foi lá também onde explodiu a bomba no dia em que havíamos chegado e por isso não quisemos ficar muito tempo lá antes. O café onde a bomba explodiu é um café turístico que fica ali na praça e deu pra ver a força da destruição.

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Café onde a bomba explodiu

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Praça Djeema El Fna em Marrakech

Nesta praça existem vários mercadinhas vendendo comida e souvenirs e várias outras coisas. Existem também “encantadores de cobras”, uns caras que ficam sentados com umas cobras na frente deles e tocam um tambor e a cobra meio que dança, ou então eles levantam com a cobra e vão até os turistas pedir dinheiro. Minha mãe não ia querer ver de perto. Tem também uns caras que ficam com uns macaquinhos presos pelo pescoço com uma corrente, que eu morri de pena, pois eles ficam arrastando os coitadinhos sem dó, e ainda têm a audácia de vir nos turistas pra fazer o pobre do bicho fazer piruetas. Eu comecei a xingar o guri que veio com o macaco na minha direção. Odeio esse tipo de exploração, acho absolutamente deplorável qualquer tipo de exploração de animais. A noite têm os contadores de histórias nesta praça, mas as histórias são em árabe, então não dá pra entender nada, mas eles gesticulam bastante e diz que não precisa entender árabe pra achar a história interessante.

O idioma foi algo que complicou um pouco, pois eu obviamente não falo árabe e falo umas 3 frases em francês, além de palavras básicas, e os demais todos kiwis que não falam nenhum outro idioma além de inglês, então sobrou pro André traduzir tudo pra todo mundo, pedir informação, negociar etc. Muitas pessoas falam inglês, principalmente nos lugares turísticos, mas muita gente não fala nada de inglês, o que é compreensível. E andar pela Medina não é das tarefas mais fáceis, pois aquilo é um labirinto e mapas não ajudam, pois a maioria das ruas não têm nome, então você pega o mapa, vê um lugar turístico nele e tenta ir seguindo pelas ruas principais tentando ignorar as ruas pequeninhas até achar que já caminhou o suficiente pra perguntar pra alguém como se chega no seu próximo destino. As pessoas sempre dão informações, o problema é entendê-las.

Bom, ali da praça nós entramos nos souqs, os mercados onde se vende de tudo e onde se consegue barganhar os preços das coisas. Eu não sou fã de ficar negociando preço, quero um preço justo e eu pago isso e pronto. Lá digamos que algo que custe 30 Dirhams (1 libra = 12 Dirhams ) para os locais, eles pedem 200 dirhams para os turistas. Aí você vai negociando e se fizer um bom negócio consegue de repente pagar 50 Dirhams por aquela coisa (turista sempre acaba pagando mais que o pessoal de lá). Eu deve ter feito péssimos negócios, pois não negociei quase nada, pagava e pronto. A Jinny é a melhor, ela conseguiu os melhores preços em tudo o que comprou, podia ensinar a arte de barganhar realmente. Mas comprei pouca coisa, só 1 ou 2 enfeites pra casa e o tal óleo de flor de laranja então não fez tanta diferença pra mim.

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Souqs em Marrakech

Os mercados são uma loucura, vendem de tudo, são um labirinto de ruazinhas minúsculas, por onde passam motos!!! Você tá caminhando e do nada vêm motos das duas direções e você tem que tentar não ser atropelado, ainda bem que eles não andam rápido lá no meio do mercado. O mercado é gigantesco e é fácil se perder lá. É bem colorido, tem vários cheiros de comida, incenso, sabonete, couro, borracha, é uma mistura de tudo! Realmente é algo interessantíssimo que vale a pena ver.

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Sapatos marroquinos nos souqs

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